Constrangimento. É assim que as pessoas que sofrem com a hiperidrose descrevem o que essa condição causa em suas vidas.
Embora não ocasione nenhum problema sério de saúde, a hiperidrose é um transtorno na vida de pelo menos 3 em cada 100 brasileiros.
Em um país tropical, onde mesmo as pessoas sem sudorese excessiva podem suar bastante em determinadas épocas do ano, o problema se torna pior.
Mas afinal, existe tratamento para hiperidrose? Isso é o que você vai descobrir neste post. Então, continue a leitura!
Em primeiro lugar, o que é hiperidrose?
A hiperidrose é uma condição médica caracterizada pela transpiração excessiva.
Como você sabe, o nosso organismo produz suor como uma ferramenta para regular a nossa temperatura corporal.
Assim, se a temperatura começa a aumentar demais, como em dias de calor ou durante a prática de atividade física, ele liga esse mecanismo.
No entanto, quando a pessoa tem hiperidrose, o corpo produz suor em excesso, muito além desta necessidade de regulação da temperatura.
Então, a pessoa pode estar em um ambiente normal, com temperatura agradável e, mesmo nessas condições, começar a suar demais.
Outras vezes, a sudorese é desencadeada por eventos estressantes, mas inevitáveis, como a realização de uma prova, uma entrevista de emprego, uma apresentação em público, uma reunião importante, prejudicando a pessoa.
A pessoa pode suar demais em qualquer parte do corpo. No entanto, o problema é mais comum nas palmas das mãos, solas dos pés, axilas e rosto.
Existem dois tipos principais de hiperidrose:
Hiperidrose primária ou idiopática
Esta é a forma mais comum de hiperidrose. Nesses casos, não existe uma causa médica conhecida para o problema.
Geralmente, a hiperidrose primária afeta ambos os lados do corpo de maneira igual. Ela tende a começar ainda durante a infância ou na adolescência.
Hiperidrose secundária
Diferentemente da anterior, a hiperidrose secundária tem uma causa identificável. Assim, ela pode ser resultado de uma condição médica subjacente ou é um efeito colateral de um medicamento.
Geralmente, a hiperidrose secundária começa na idade adulta. Ela pode afetar todo o corpo.
Quais são as consequências da hiperidrose?
Como já falamos, a hiperidrose geralmente não causa problemas médicos sérios. Em alguns casos, o acúmulo de suor em certas dobras do corpo provocam assaduras, tornando a pele vulnerável a infecções.
Certamente, isso traz um desconforto físico. Pode haver algum ardor, sensibilidade ao atrito até mesmo com a própria roupa, entre outros transtornos.
Porém, nenhum desses efeitos é tão prejudicial à pessoa com hiperidrose do que o impacto emocional causado pelo constrangimento.
Assim, quando começa a suar em excesso, a pessoa se sente extremamente envergonhada. Isso a deixa ainda mais nervosa, piorando o quadro.
Por sua vez, esse constrangimento torna a pessoa ansiosa em relação a situações semelhantes à que causou a sudorese excessiva, levando a um quadro de estresse crônico.
Inclusive, devido a este quadro, alguns pacientes evitam um hábito indispensável para uma boa saúde ― a prática de exercícios físicos.
É possível tratar a sudorese excessiva?
Antitranspirantes potentes
Esses antitranspirantes contêm substâncias como o cloreto de alumínio que, entre outros efeitos, bloqueia os dutos das glândulas sudoríparas. Assim, eles impedem que o suor chegue à pele (total ou parcialmente).
Os antitranspirantes convencionais podem ser úteis para controlar uma sudorese leve. Porém, para os casos mais graves, muitas vezes o paciente precisa de formulações prescritas.
Medicamentos
Assim como existem medicamentos que desencadeiam a hiperidrose, também é possível encontrar remédios com efeito contrário.
Então, em alguns casos, o médico pode prescrever anticolinérgicos, que bloqueiam os sinais químicos que permitem que certas glândulas sudoríparas produzam suor.
Os médicos costumam prescrever esse tipo de medicamentos quando o objetivo é tratar a hiperidrose generalizada.
No entanto, apesar do benefício ― o controle do suor ― esses medicamentos causam efeitos adversos como boca seca, constipação e problemas de visão.
Toxina botulínica
Atualmente, a toxina botulínica é considerada um dos procedimentos mais eficazes para o tratamento da hiperidrose.
Afinal, diferentemente dos desodorantes ou remédios, que exigem uso diário, o paciente só precisa aplicar periodicamente a toxina botulínica.
O Botox é uma neurotoxina que, ao ser aplicada em uma região, bloqueia os nervos que executam algum tipo de ação sobre músculos ou glândulas.
Portanto, o Botox bloqueia os nervos que estimulam a produção de suor, fazendo com que os sintomas não apareçam nas axilas, mãos e pés.
Os médicos costumam indicar a toxina botulínica para o tratamento da hiperidrose severa nessas regiões. Seu resultado dura entre 6 e 12 meses.
Iontoforese
A iontoforese é um procedimento pouco conhecido, mas que pode tratar a hiperidrose das mãos e pés.
Trata-se de um equipamento que utiliza água para conduzir uma corrente elétrica leve através da pele. Este estímulo bloqueia temporariamente a ação das glândulas sudoríparas.
Cirurgia para hiperidrose
Existe ainda a cirurgia para hiperidrose. Os médicos costumam indicá-la em casos graves, em pessoas que não responderam a outros tratamentos que já mencionamos.
O nome do procedimento é simpatectomia torácica endoscópica. Durante sua realização, o médico interrompe a transmissão de sinais de nervos que estimulam a transpiração excessiva.
Outra opção é a curetagem, um procedimento definitivo em que o cirurgião remove as glândulas sudoríparas das áreas que apresentam transpiração excessiva.
Como funciona o tratamento para hiperidrose com Botox?
E você, sofre com a hiperidrose? Conhece alguém com este problema? Então, que tal encaminhar este post pelo WhatsApp? Afinal, esta pessoa pode estar ansiosa por uma solução e essa é uma forma de ajudá-la.
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