Saúde mental é algo que vem de dentro, isso é inegável. Mas também não podemos nos esquecer de que, quando gostamos do que vemos no espelho, isso faz um bem imenso e se reflete em nossa qualidade de vida.
Existem alguns cuidados indispensáveis ao tratar do tema, bem como alguns conceitos que precisamos rever. Afinal, quem disse que a vaidade e a autoestima são dois fatores antagônicos ― onde um está, o outro não está?
Prepare-se para mergulhar neste universo. Vamos conversar, sim, sobre como o autocuidado (que pode ou não incluir uma ajudinha da estética) produz bem-estar, autoestima e contribui para a saúde mental.
Afinal, o que é saúde mental?
Você já deve ter percebido como problemas de saúde mental como depressão, ansiedade, estresse e tantos outros estão cada vez mais comuns.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, um bilhão dos habitantes do mundo viviam com depressão. Isso equivale a 1 em cada 8 pessoas.
E esses dados dizem respeito a apenas um dos transtornos mentais. Eles não abrangem a ansiedade, por exemplo, que tem crescido muito.
Diante disso, como conquistar a saúde mental? Nós precisamos entendê-la para, então, sabermos como nos cuidar.
Para a OMS, saúde mental não é apenas a ausência de doenças ou desordens mentais. Ela é um estado de bem-estar emocional e psicológico.
Esse estado de bem-estar permite que a pessoa se torne capaz de usar suas habilidades cognitivas e emocionais, levando uma vida funcional que atenda suas necessidades individuais e também da sociedade.
Qual é a importância da saúde mental?
Quando pensamos na saúde mental (ou em sua ausência), logo pensamos no sentimento de bem-estar ou em seu contrário, o sofrimento.
Mas a verdade é que, além do sofrimento, a ausência de saúde mental afeta uma série de fatores da nossa vida.
Uma pessoa com uma boa saúde mental tem maior capacidade para se relacionar com outras pessoas de forma equilibrada.
Isso a blinda contra relacionamentos abusivos, ajuda a impor limites fundamentais para o respeito, além da capacidade de solucionar conflitos de forma satisfatória.
A saúde mental nos capacita a lidar com o estresse do dia a dia. Afinal, a pressão é inevitável, imprevistos acontecem e as boas condições emocionais e psicológicas nos ajudam a retomar o equilíbrio mais rapidamente.
Finalmente, a saúde mental nos ajuda a tomar decisões. Nós conseguimos avaliar racionalmente as opções, escolhemos uma delas e a tirarmos de nós a pressão de acertar sempre.
Mas afinal, o que isso tem a ver com procedimentos estéticos? Vamos chegar lá. Continue a leitura!
Qual é a relação da autoestima com a saúde mental?
Neste ponto, começamos a desvendar esta relação entre os cuidados com a própria aparência e a saúde mental.
O elo entre essas duas pontas é justamente a autoestima, ou seja, um senso de valor próprio, a partir da leitura física e psíquica que a pessoa faz de si mesma.
Portanto, uma pessoa satisfeita consigo mesma, tanto no que diz respeito ao seu corpo, sua beleza, quando às suas características emocionais e mentais, é uma pessoa com uma boa autoestima.
Por outro lado, a pessoa com baixa autoestima não se vê como suficiente ou completa. Ela critica a si mesma o tempo inteiro, sente-se insegura, carente, com medo, como se fosse inferior aos outros.
Segundo a médica psiquiatra Danielle Admoni, é muito incomum que a baixa autoestima esteja relacionada a transtornos mentais.
A princípio, a pessoa se sente triste por se perceber em uma posição inferior aos outros. Isso se aprofunda com um senso de incapacidade e outras crenças negativas sobre si mesma.
Como já falamos, a saúde mental depende de uma série de fatores, é um quebra-cabeças intrincado. Portanto, o que pretendemos não é fazer uma redução simplista de um problema complexo dizendo: “faça procedimentos estéticos e resolva essa questão”.
Nosso objetivo é mostrar que, justamente por ser composta por vários fatores, a construção da autoestima pode ser um fator que contribui para o bem-estar, enquanto a baixa autoestima é um obstáculo a mais para quem já está frágil.
Como cuidar da autoestima?
Preparada para as dicas de milhões? Então, descubra agora como cuidar da sua autoestima:
1. Saúde mental começa de dentro para fora
Nós já vimos que alguns fatores genéticos nos predispõem a ter saúde ou transtornos mentais, não é mesmo? Então, é algo que não podemos controlar.
Porém, existem outros fatores que estão totalmente sob seu controle. Um deles é o cuidado com a saúde.
É um erro pensarmos que corpo e mente atuam de forma separada. Eles fazem parte um do outro e são afetados mutuamente.
Por isso, quando você tem hábitos saudáveis, atitudes que beneficiam seu corpo, eles também beneficiarão sua mente.
Quer um exemplo? Sua alimentação. Tudo o que você come é processado no seu intestino e faz com que o número de bactérias neste órgão aumente.
Se você alimenta bactérias boas por meio de uma alimentação saudável, elas retribuem esta bondade produzindo substâncias relacionadas ao bem-estar, como a serotonina.
Então, quem come de maneira saudável tem menos chances de desenvolver um transtorno mental do que a pessoa que se alimenta mal. Não é um fator que define 100% do quadro, mas ajuda muito.
O mesmo poderíamos falar sobre outros fatores, como beber água em quantidade proporcional ao seu peso corporal, dormir entre 6 a 8 horas por noite (e à noite), tomar um pouco de sol…
Quando você cuida do corpo, sua saúde mental agradece!
2. Pratique exercícios
No tópico anterior, nós falamos sobre alimentação, bactérias do intestino e serotonina. Desta vez, vamos falar da endorfina.
Nós sabemos que, para muitas pessoas, não é nada agradável se exercitar. Quem vai por disciplina, começa o treino na força do ódio.
Porém, se você já se desafiou a fazer isso, sabe muito bem que, à medida que o treino vai chegando ao final, essa sensação começa a mudar.
E não é só porque o treino está acabando, mas porque o cérebro liberou, durante o exercício, quantidades de dopamina, de endorfina e outros hormônios relacionados ao bem-estar.
É por isso, inclusive, que costumamos sair de um treino mais dispostos do que entramos. Apesar do esforço, a sensação de cansaço diminui.
Então, para cuidar da autoestima e da saúde mental, pratique exercícios. Comece com uma atividade que você gosta e, se você não gosta de nenhuma, é porque ainda não experimentou todas.
3. Pratique o autocuidado
Você não se sente melhor depois daquele banho quentinho? Depois de hidratar o seu corpo com calma? De fazer aquele ritual de skincare?
O mesmo acontece com procedimentos estéticos. Alguns deles são evidentemente corretivos, ou seja, alteram algumas características que não gostamos ou que desejamos melhorar em nós mesmas.
Temos vários exemplos desses procedimentos: preenchimento labial, rinomodelação, cirurgias plásticas para melhorar o contorno corporal, aumentar os seios, harmonização facial…
Outras vezes, os procedimentos são simplesmente preventivos. A toxina botulínica, por exemplo, pode ser aplicada tanto para amenizar rugas que já existem quanto para evitar que elas se formem. Trata-se do Botox preventivo.
O fato é que, ao fazer procedimentos preventivos, você cuida da sua “eu do futuro”, coloca sua energia em preservá-lo e, desta forma, demonstra que merece atenção e proteção.
Ao fazer procedimentos que resolvem alguns incômodos, você se torna mais satisfeita com sua própria imagem, deixa de se preocupar com esses detalhes e tem mais energia para focar no que realmente importa.
Sim, a imagem que temos de nós mesmas impacta em nossa autoestima. Como já falamos, essa não é a solução para tudo, mas contribui de forma positiva e deixa de ser um obstáculo à nossa satisfação pessoal.
Você tem tabus quanto a procedimentos estéticos?
Quando paramos para analisar profundamente essa questão, percebemos que muitas pessoas têm uma série de tabus relacionados à saúde mental.
É um preconceito velado, mas que se você tomar consciência dele, pode percorrer outro caminho, um caminho muito mais feliz.
Na sociedade, as pessoas costumam intercalar seu comportamento em extremos ― algumas vezes, em um lado. Outras vezes, do lado oposto.
Para que você entenda melhor, vamos dar exemplos. Houve momentos da História em que não se respeitava as diferenças individuais.
Assim, pessoas que tinham corpos ou traços diferentes, características fora do padrão, eram abertamente discriminadas. A sociedade não as aceitava e elas, muitas vezes, não se aceitavam também.
Agora, vivemos em um momento em que se celebra a aceitação. Existem algumas vozes divergentes, mas o desrespeito à individualidade do outro costuma causar mais indignação do que apoio.
Porém, aceitar-se não significa que você deseja permanecer com aquela característica para sempre. Significa se amar daquela forma, mas ter o direito de mudar, caso queira.
Portanto, quem tem um corpo fora do padrão pode e deve se amar, mas também tem o direito de mudá-lo, desde que seja por sua própria vontade.
O que talvez as pessoas não tenham entendido é o fato de que uma pessoa que decide mudar suas características não faz isso porque não se ama, se sim justamente porque se ama, porque deseja ser uma versão que ela considera melhor.
Portanto, não há motivos para deixar de fazer um procedimento com o qual você sonha só porque algumas pessoas dizem que quem tem autoestima não precisa mudar nada em si mesmo. Isso é um engano.
E fique tranquila! Quando você procura profissionais sérios e competentes para esses procedimentos, eles jamais consentirão em fazer qualquer intervenção exagerada.
Eles sabem exatamente como identificar uma paciente normal que deseja apenas fazer algumas melhorias estéticas de uma pessoa com um transtorno dismórfico que necessita de apoio de profissionais de saúde mental.
Então, se você tem vontade de mudar, o corpo é seu! A vida é sua! Tome a decisão que fará você mais feliz e celebre seu poder de decisão e sua autoestima.
Quer conhecer alguns procedimentos estéticos para dar um up na autoestima? Confira nosso post completo sobre este assunto!
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