Você está realmente bem? Como mulheres, somos sempre incentivadas a consultar o ginecologista anualmente, fazer exames de controle, mas a verdade é que o cuidado com a saúde feminina vai muito além disso.
Nas últimas décadas, as mulheres conquistaram uma série de direitos. Elas entraram no mercado de trabalho, se desenvolveram acadêmica e profissionalmente, chegaram a postos de liderança…
Porém, ao mesmo tempo, tanto o estresse deste ritmo moderno quanto a mudança de hábitos nos transformou em campeãs em um ranking nada desejável.
Atualmente, as mulheres são duas vezes mais ansiosas que os homens. Elas também estão à frente deles em casos de depressão. Elas já se igualaram a eles no consumo de álcool e enfrentam problemas de fertilidade.
Esses são apenas alguns dados que mostram como é importante que a mulher passe a enxergar a própria saúde de forma sistêmica e, mais que isso, entenda a importância de cuidar dos vários aspectos relacionados ao seu bem-estar.
E você, também sabia que o cuidado com a saúde feminina vai muito além da visita anual ao ginecologista? Então, continue aqui no post para compreender melhor este assunto!
Cuidados com a saúde mental feminina
Ainda não se sabe, ao certo, por que as mulheres estão mais sujeitas a problemas de saúde mental do que os homens.
Algumas pesquisas sugerem que as mulheres possuem alguns marcadores genéticos e inflamatórios que fazem com que o cérebro feminino reaja de forma diferente às situações de estresse.
Desta maneira, o estresse desencadearia uma reação inflamatória com mais facilidade, tornando a mulher sujeita ao desenvolvimento ou agravamento de uma depressão.
Outras pesquisas mostram que, embora isso realmente possa acontecer, a maior incidência de transtornos mentais entre as mulheres também está ligada a fatores hormonais.
O fato é que os transtornos mentais geralmente têm causas multifatoriais. Assim, embora nem sempre seja possível evitá-los completamente, uma série de cuidados reduz muito as chances de desenvolvê-los.
É importante que a mulher entenda que a conquista da saúde não depende do uso de remédios, embora eles existam para solucionar esses e outros problemas.
No entanto, mais do que tomar remédios para curar uma doença, é importante preveni-las por meio de um estilo de vida saudável, que atenda as necessidades do nosso organismo.
Então, uma alimentação saudável, prática frequente de exercícios, sono de qualidade, hidratação satisfatória e evitar substâncias que fazem mal ao organismo são as bases de uma boa saúde, tanto física quanto mental.
Saúde feminina e função reprodutiva
Outra preocupação cada vez mais frequente se refere à saúde reprodutiva feminina. Durante muitos séculos, as mulheres sequer conseguiam controlar quantos filhos teriam.
No entanto, há 60 anos, a pílula anticoncepcional chegou ao mercado e permitiu o controle da natalidade. Nas décadas seguintes, a quantidade de filhos que cada mulher tem foi reduzida drasticamente.
Porém, atualmente, vivemos uma situação contrária a essa. Muitas mulheres, quando tentam engravidar, têm extrema dificuldade para atingir este objetivo.
Vale a pena destacar que não são apenas as mulheres que lutam com problemas relacionados à fertilidade. Afinal, homens também são inférteis. Inclusive, especialistas costumam se referir ao “casal infértil”.
No Brasil, 1 a cada 5 casais têm dificuldade para engravidar e precisam de ajuda médica para realizar este sonho. Os fatores que dificultam a geração de uma nova vida são bastante conhecidos.
O próprio Instituto Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (IBGO) revela que o tabagismo, ou seja, o uso de cigarros, está entre as principais causas de alterações reprodutivas.
Em seguida, o consumo de álcool também reduz as chances de uma gravidez, pois altera a metabolização de hormônios pelo fígado.
Outro fator que prejudica a fertilidade é o descontrole do peso corporal. Tanto o sobrepeso quanto a magreza excessiva prejudicam a função reprodutiva da mulher.
Entram nesta lista ainda o excesso de atividades físicas equilíbrio é importante), desnutrição, determinados medicamentos, drogas recreativas como a maconha e a própria idade da mulher.
Finalmente, como se os outros fatores não bastassem, até mesmo o estresse prejudica a fertilidade. E o que não falta na vida de grande parte das mulheres, atualmente, é justamente o estresse.
Então, a mulher que deseja ter filhos e manter seu corpo preparado para gerar uma nova vida precisa procurar eliminar ou, pelo menos, controlar razoavelmente esses fatores.
Prevenção do câncer
Desde cedo nós, mulheres, aprendemos sobre a importância de monitorar a saúde das mamas e fazer exames para detectar tumores neste órgão.
A detecção precoce do câncer de mama é fundamental para aumentar as chances de remissão da doença. Afinal, se o tumor já se desenvolveu muito e gerou metástases (divisão), é mais difícil controlá-lo.
Porém, é importante destacar que a mamografia ou qualquer outro exame não previnem o câncer de mama. Eles apenas sinalizam a presença da doença e viabilizam seu tratamento rápido.
A verdadeira prevenção de todos os tipos de câncer, e não apenas os de mama, está relacionada à mudança de hábitos.
Segundo o instituto Oncoguia, referência em divulgação de informações sobre o câncer e na luta pelos direitos dos pacientes, o estilo de vida atual leva ao aumento dos casos de câncer, inclusive entre mulheres jovens.
A proporção de mulheres de até 35% com câncer de mama mais que dobrou entre 2020 e 2022.
Sedentarismo, obesidade, alimentação excessivamente industrializada e ultraprocessada, bem como a rotina estressante estão entre os hábitos que influenciam nesse aumento.
Esses dados se referem apenas ao câncer de mama, mas as mulheres também enfrentam uma alta incidência de tumores no cólon e reto (intestinos), colo do útero e pulmão.
Para evitá-los, as recomendações médicas são sempre as mesmas. É preciso evitar o cigarro e o álcool, alimentar-se de forma saudável, praticar exercícios, dormir bem e manejar o estresse.
Vale destacar ainda que, embora a mulher tenha o direito de beber tanto quanto o homem, o álcool é mais prejudicial para o organismo feminino.
Preparação para a gestação
Pelo menos em alguma etapa da vida da maioria das mulheres, a gestação está presente. E ela não traz apenas uma criança, mas uma grande mudança.
Esta mudança afeta a mente, as emoções e também o corpo. Os hormônios flutuam e a mulher pode ter sintomas como inchaço, sensibilidade das mamas, dores nas costas e outras regiões do corpo, entre outras.
Portanto, se você planeja ter filhos em algum momento, é importante se preparar física e mentalmente para uma gestação tranquila.
Embora não seja possível controlar todos os fatores que envolvem uma gravidez e a mulher possa ter uma complicação, mesmo com todos os cuidados, ela se beneficiará com alguma preparação.
Algumas vitaminas e substâncias são essenciais para evitar malformações no feto. Então, procure antecipadamente seu médico e comece a tomar os suplementos que ele indicar.
É possível que seu médico a oriente a tomar metilfolato (ou ácido fólico), além de solicitar uma série de exames pré-concepcionais. Também é importante verificar se as vacinas estão em dia e, se necessário, completar a carteira.
Para quem tem muita vontade de ter um bebê, a ansiedade pode bater forte e para algumas mulheres, isso significa uma vontade quase incontrolável de atacar a geladeira.
Porém, manter o peso equilibrado antes e durante a gestação é fundamental. Por isso, é mais interessante descontar a ansiedade em exercícios físicos, que contribuem para uma boa saúde e ajudarão na preparação para a gravidez.
Neste período, reduza ou elimine o consumo de álcool e cigarros. Essas substâncias fazem muito mal tanto para a mãe quanto para o bebê. No feto, elas podem comprometer o desenvolvimento de forma severa.
Finalmente, prepare sua mente para a grande mudança em sua rotina. Ao mesmo tempo, procure não nutrir uma visão romantizada da maternidade que tem suas alegrias, mas também tem muitos desafios.
Preparação para a menopausa
Pensando um pouco mais além, vamos da preparação para a gestação até a preparação para a menopausa.
A gestação é opcional e, por isso, existem muitas mulheres que decidem não ter filhos. Porém, isso não acontece com a menopausa. Ela é inevitável.
Para algumas mulheres, este é um período muito complicado, que começa já na transição, o chamado climatério.
No entanto, assim como acontece em outros eventos relacionados à vida da mulher, é possível se preparar para o climatério e amenizar seus efeitos sobre o organismo.
Mais uma vez, o segredo para enfrentar esta fase com mais saúde, disposição e menos transtornos é a manutenção de um estilo de vida saudável.
A atividade física é a principal aliada das mulheres durante o climatério e menopausa. Afinal, o exercício libera uma série de hormônios, regula a produção dessas substâncias e promove bem-estar.
Por isso, mulheres que praticam exercícios relatam que sentem menos sintomas do climatério como os famosos fogachos. Elas também dormem melhor e têm menos dificuldade para manter um peso saudável.
O exercício também é fundamental para preservar a massa muscular e massa óssea que tende a se degradar a partir da menopausa.
Outros hábitos que ajudam a controlar o peso e sintomas da menopausa nesta etapa são a alimentação equilibrada e uma boa rotina de sono.
A partir da menopausa, a mulher precisa acentuar seu acompanhamento médico e fazer exames que monitoram o acúmulo de gordura visceral, aumento de glicose, triglicérides, pressão arterial e densidade óssea.
Por isso, aqui mesmo, no blog, nós já fizemos um post explicando quais são os exames periódicos que a mulher não pode deixar de fazer.
Inclusive, neste artigo, existe uma seção específica para mulheres a partir dos 50 anos. Vale a pena conferir o post sobre os exames periódicos para monitorar a saúde feminina.
E você, já sabia que a saúde feminina é tão abrangente? Gostou do post? Ele pode ajudar suas amigas, também!
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