O queloide é um verdadeiro fantasma que assombra mulheres que têm vontade de fazer alguma cirurgia plástica — quem nunca viu fotos horríveis de cicatrizes que formaram camadas em alto-relevo, ultrapassaram bordas e transformaram o sonho da cirurgia plástica em um pesadelo?
Dá para entender: afinal, o motivo da cirurgia estética é transformar a aparência de algo que você não gosta, e a formação de uma grande cicatriz no local definitivamente não é o que os pacientes querem ter como resultado.
Acontece que, assim como um fantasma real, existe uma grande chance do queloide nunca aparecer na sua vida. O que é mais comum a qualquer processo de cicatrização, no entanto, é a cicatriz hipertrófica, que muitos confundem com o primeiro citado. Neste artigo entenda melhor sobre cada um deles, saiba como evitar e como tratar.
O que é cicatriz hipertrófica
A cicatriz hipertrófica é aquela que apresenta um pouco mais de relevo e vermelhidão na pele, exatamente em cima da linha do corte, fazendo com que essa pele fique, também, um pouco mais rígida que o normal.
Sua causa é uma desorganização na produção de colágeno no organismo, mas ela não está relacionada a fatores genéticos ou étnicos — o que torna o seu aparecimento um tanto imprevisível.
O que é queloide
O queloide, por sua vez, é considerado uma anormalidade do processo de cicatrização que se dá por fatores hereditários e que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é mais comum em negros, asiáticos, hispânicos e jovens grávidas.
Nesse caso também acontece uma desorganização na produção de colágeno, gerando um excesso de tecido novo que ultrapassa os limites do corte, criando uma área rígida e avermelhada de pele na região. O queloide, muitas vezes, além de gerar incômodo estético, costuma causar coceira e dor no local.
É importante ainda ter em mente que, por estar relacionado à genética, uma pessoa que tem predisposição a isso dificilmente irá apresentá-lo apenas uma vez na vida. Portanto, se você já fez uma cirurgia ou sofreu um corte que resultou em queloide, é mais provável que ele apareça novamente em próximas experiências.
É possível prevenir e tratar queloide e cicatriz hipertrófica?
Se você tem o desejo de passar por uma cirurgia plástica, mas se assusta com medo da cicatriz, é importante saber que é possível prevenir seu aparecimento e, no caso da cicatriz hipertrófica, até mesmo tratar. Entenda como lidar com cada um dos casos:
Como prevenir e tratar queloide
Se você já sabe que tem propensão à formação de queloides, deve comunicar isso ao seu médico logo na primeira consulta. Quando o profissional está ciente da questão, é capaz de recomendar recursos para o pós-operatório que evitem a produção exagerada de colágeno e a expansão da cicatriz para além de suas margens.
A fita de silicone, por exemplo, é uma das alternativas mais comuns para o caso. Ao ser colocada sobre o corte, ela mantém a região umedecida, o que inibe o colágeno em exagero — quanto mais seca está a pele do local, mais o organismo entende que precisa produzir a substância.
Esse recurso ajuda, ainda, a proteger o corte da agressão de agentes externos. Outros procedimentos, por sua vez, podem ser recomendados pelo médico se, durante as consultas de acompanhamento pós-operatório, ele perceber que o queloide está se desenvolvendo. Injeções de corticoide e betaterapia são algumas das opções.
Como prevenir e tratar cicatriz hipertrófica
Como falamos anteriormente no texto, não é possível prever uma formação de cicatriz hipertrófica, já que ela não está relacionada a fatores hereditários. No entanto, o primeiro passo para evitá-la é seguir à risca as orientações médicas para o pós-operatório, o que inclui os cuidados que se deve tomar com a área do corte, a necessidade do repouso e a redução de movimentação que interfira nos tecidos da região operada.
O uso de um sutiã cirúrgico (no caso de mamoplastia) ou cinta de compressão também é indispensável, já que ajuda a manter os tecidos do local estabilizados, o que favorece a boa cicatrização.
Esses cuidados são fundamentais para evitar que haja uma tensão desnecessária sobre a área do corte, o que estimula a maior produção de colágeno. É importante lembrar, também, que o processo acontece de dentro para fora e, por isso, manter uma alimentação equilibrada, que proporcione todos os nutrientes necessários ao organismo, também é essencial.
É necessário, também, comparecer a todas as consultas de acompanhamento pós-operatório, para que o médico consiga observar a cicatriz e perceber, desde cedo, se existe alguma anormalidade. O quanto antes a questão começar a ser tratada, melhor: até mesmo cremes e pomadas podem reverter um quadro de cicatriz hipertrófica.
Portanto, se você chegou a este artigo porque quer muito fazer uma cirurgia plástica, mas tem medo da cicatriz, saiba que com informação e cuidado é possível driblar esses problemas. Quando a paciente se informa e segue corretamente todas as orientações do médico, as chances de ter questões com a cicatrização são mínimas.
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