Não, este blog não mudou seu tema para educação financeira. Porém, neste post, vamos usar esta analogia para falar sobre a importância de um banco de colágeno.
Você provavelmente já ouviu sobre a importância de poupar dinheiro para a aposentadoria, não é mesmo? Afinal, quando as pessoas ficam idosas, elas tendem a parar de trabalhar e precisam de uma renda para sobreviver.
E se nós dissermos a você que a sua pele funciona de uma maneira parecida? Por isso, tão importante quanto reservar dinheiro é poupar o colágeno.
Ainda não entendeu como isso pode acontecer? Então, continue a leitura! Vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre o banco de colágeno.
O que é um banco de colágeno?
O banco de colágeno é um termo que muitos médicos e profissionais da área de estética utilizam para se referir à criação de uma reserva desta proteína na pele de uma pessoa.
Portanto, o objetivo de criar um banco de colágeno seria garantir que a pele tenha uma quantidade maior desta proteína para que a pele se mantenha firme mesmo quando o organismo reduzir a produção natural desta fibra.
Qual é a importância de formar um banco de colágeno?
O colágeno é a principal proteína que o nosso corpo produz. Para que você tenha uma ideia, ele representa entre 25% e 35% das proteínas que o organismo forma.
Isso significa que, em algumas pessoas, 1 em cada 4 proteínas é uma molécula de colágeno. Já em outras, a proporção é de 1 molécula de colágeno para 2 outras proteínas.
Muitas pessoas já sabem que o colágeno é a proteína que dá estrutura à pele, ou seja, a mantém firme. Além disso, ele também contribui para sua elasticidade.
Portanto, alta concentração de colágeno está associada a uma pele jovem, com viço, brilho, íntegra e firme.
No entanto, o colágeno tem também outras funções. Ele é o principal componente de estruturas como ossos, tendões, ligamentos, e tecido conjuntivo, incluindo as cartilagens.
Embora seja extremamente importante, a verdade é que o corpo começa a reduzir a produção de colágeno gradualmente a partir dos 25 anos.
Então, assim que alcançamos, de fato, a idade adulta, começamos a perder colágeno.
Isso significa que nosso colágeno se degrada naturalmente, mas não existem “peças para reposição” em quantidade suficiente. Sem a reposição adequada, começam a surgir rugas e flacidez da pele.
O banco de colágeno seria, portanto, uma estratégia para a pele guardar colágeno.
Portanto, quando ela começar a produzir menos, pode usar esse estoque para repor a proteína e manter a estrutura da pele íntegra, adiando ou evitando a cirurgia plástica facial.
Como repor o colágeno do organismo?
Atualmente, a medicina e a estética já desenvolveram uma série de recursos para estimular a pele a produzir mais colágeno.
Assim, além de promover um resultado imediato, ou seja, a melhora da firmeza e beleza da pele a curto prazo, essas técnicas também desaceleram o envelhecimento.
Quer saber que técnicas são essas? Veja a seguir:
Bioestimuladores para formação de um banco de colágeno
Quando se fala em banco de colágeno, é extremamente importante utilizar técnicas que estimulem o organismo a produzi-lo em maior quantidade.
Um dos recursos que proporcionam esse efeito são justamente os bioestimuladores de colágeno.
Existem diferentes tipos de bioestimuladores de colágeno:
Bioestimuladores injetáveis
São substâncias que, quando injetadas na pele, promovem uma agressão leve e controlada em camadas inferiores.
Então, o corpo entende que precisa utilizar todos os recursos que possui à disposição para combater a agressão e recompor a região.
Um desses recursos é, justamente, estimular os fibroblastos (células que produzem colágeno) a acelerarem a fabricação desta proteína.
Assim, durante o período que aquele estimulo durar, os fibroblastos produzirão mais colágeno do que a quantidade que produziriam normalmente.
Portanto, o excedente que sobra na pele forma uma reserva ou, como estamos falando neste post, um banco de colágeno.
As principais substâncias injetadas para estimular a produção de colágeno são o ácido poli-L-lático (PLLA), hidroxiapatita de cálcio e policaprolactona.
Fios de sustentação
Também podemos utilizar fios de materiais biocompatíveis para estimular a produção natural de colágeno pelo organismo.
Embora tenham também possam ter outra finalidade ― a de promover a tração da pele em direção ascendente, promovendo um lifting ― esses fios estimulam a produção de colágeno.
O fio de PDO, (polidioxanona), por exemplo, exerce esse papel. Ele levanta a pele flácida e realiza essa tração por alguns meses, até ser absorvido.
Porém, neste intervalo entre a aplicação e a absorção, o organismo identifica a presença deste material como um processo que exige reparação e cicatrização de tecidos profundos, estimulando a produção de colágeno.
Outro bioestimulador de colágeno em fio é o ácido polilático. Ele age da mesma forma que a polidioxanona.
Assim, eles estimulam o organismo a produzir um excedente desta proteína, formando também o banco de colágeno.
Ácido hialurônico
Atualmente, o ácido hialurônico é, possivelmente, uma das substâncias com mais aplicações na estética.
Ele proporciona hidratação, preenche sulcos e rugas, recompõe a estrutura da face, corrige assimetrias e marcas de acne, entre tantos benefícios.
No entanto, um dos principais benefícios do ácido hialurônico é justamente sua capacidade de estimular a pele a produzir colágeno.
Terapia a laser
Você perceberá que, quando se trata de estímulo à produção de colágeno, a maioria das técnicas usa o mesmo princípio ― a agressão controlada.
Isso acontece porque o colágeno é o principal elemento que o organismo utiliza para regenerar ou cicatrizar tecidos.
Então, embora a medicina e a estética utilizem diversas técnicas, todas proporcionarão o mesmo efeito: fazer o corpo entender que aquele tecido precisa ser regenerado, aumentando a produção de colágeno.
Na terapia a laser, também conhecida como resurfacing, um equipamento direciona feixes de laser à pele.
O laser, como uma fonte de calor, promove uma queimadura controlada, que pode remover a camada superior da tela (laser ablativo) ou apenas aquecê-la, sem remover a superfície (laser não-ablativo).
Assim que esta agressão controlada acontece, o corpo inicia uma resposta de regeneração do tecido e, para isso, acelera e intensifica o trabalho dos fibroblastos.
Como resultado, a pele se torna mais saudável, firme e melhora sua textura em um curto prazo.
Porém, pensando em médio e longo prazo, a produção excedente dos fibroblastos contribui para compor um banco de colágeno.
Microagulhamento
Não poderíamos concluir esta seção dos procedimentos sem falar do microagulhamento. Assim como os outros tratamentos, ele promove uma agressão controlada à pele.
Porém, neste caso, a lesão ocorre por meio de um dispositivo equipado com pequenas agullhas. Ao deslizá-lo sobre a pele, ele causa perfurações e desencadeiam um processo de regeneração e cicatrização.
Autocuidado
Todas essas técnicas contribuem para que o corpo produza mais colágeno e consiga compor uma reserva.
Porém, é muito importante nós não acelerarmos a degradação das moléculas de colágeno que o nosso organismo produz.
Como já dissemos, é natural o corpo desacelerar esta produção a partir dos 25 anos. No entanto, alguns dos nossos hábitos tornam esse processo degenerativo ainda mais rápido.
Você sabia, por exemplo, que o açúcar é um dos alimentos que mais destrói o colágeno? Ele desencadeia no corpo um processo chamado glicação, que danifica para sempre a molécula.
Outros hábitos como fumar, beber e tomar sol sem proteção também degradam as moléculas de colágeno devido à ação dos radicais livres.
Portanto, para quem deseja manter uma pele jovem e firme, é fundamental investir no autocuidado e em hábitos saudáveis.
Afinal, não há banco de colágeno que resista a um organismo que gasta suas moléculas de forma excessiva e antecipada, provocando um dano irreversível.
Vale a pena tomar colágeno?
Este é um tema bastante polêmico. Afinal, existem diversos suplementos que prometem repor o colágeno e melhorar a qualidade da pele.
A verdade é que a eficácia desses suplementos ou mesmo de cremes e cosméticos com esta finalidade é bastante questionável.
O tema é motivo de debate pela comunidade científica e alvo de inúmeras pesquisas, mas até hoje não há comprovação de sua eficácia.
Isso não significa que não é benéfico tomar colágeno. Porém, como nós falamos, esta proteína compõe também ossos, tendões, cartilagens…
Então, quando uma pessoa toma colágeno, o corpo pode direcioná-lo para todas essas outras partes do organismo, dependendo das necessidades prioritárias para o bom funcionamento do organismo do indivíduo.
Assim, as evidências divulgadas até agora mostram que a probabilidade de um suplemento de colágeno realmente melhorar a qualidade da pele é ínfima, embora ele possa ser absorvido por outros tecidos do corpo.
Isso significa que o tema está fechado e não podem surgir novas evidências? De jeito nenhum. A Ciência avança a cada dia, trazendo novas perspectivas.
Essas conclusões significam que, apesar de não termos evidências de eficácia neste momento, vale a pena acompanhar estudos e verificar se algum deles apresentará algum resultado favorável no futuro.
E agora, conta pra gente: como está o seu saldo no banco de colágeno? Está tranquila e estimulando a produção ou a conta está negativa e você precisa correr atrás do prejuízo?
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