A prótese de silicone texturizada causou uma verdadeira revolução na cirurgia plástica. Afinal, este tipo de revestimento reduziu drasticamente um problema que até então assustava as pacientes e causava transtornos até a longo prazo.
Por isso, se você ainda não sabe qual é a importância da prótese de silicone texturizada ou nem sabia que existe essa diferença entre os vários tipos de implantes mamários, continue a leitura.
Vamos revelar tudo que você precisa saber sobre esse assunto. Vamos lá?
Quais são os tipos de próteses de silicone?
As próteses de silicone utilizadas em aumento de seios, tanto com finalidade estética quanto na mamoplastia reconstrutora, são disponibilizadas em diversas formas e superfícies:
Prótese de silicone texturizada
A prótese de silicone texturizada é um tipo de implante mamário desenvolvido há vários anos, com o objetivo de reduzir a contratura capsular e a rejeição.
Trata-se de um implante que possui um revestimento com a superfície externa rugosa, irregular. Ela pode ter a textura semelhante à de uma lixa fina ou ainda de uma casca de laranja.
Portanto, diferentemente das próteses do passado, esses implantes não têm a superfície lisa, polida e transparente. Ela é opaca e levemente rugosa.
Prótese de silicone lisa
As próteses lisas, como o próprio nome indica, possuem uma superfície externa formada por uma camada de silicone, porém com acabamento liso.
Elas chegam a ser chamadas de próteses de silicone polidas e são uma prova de que as aparências realmente enganam.
Esse tipo de prótese é muito suave ao toque. Portanto, aparentemente, elas parecem ideais, incapazes de produzir uma reação tão severa no organismo.
Porém, não é isso que acontece. Esse tipo de prótese tem uma associação maior com a ocorrência de contratura capsular.
Prótese de silicone revestida com poliuretano
Esta prótese possui, em sua superfície externa, uma cobertura. Uma fina camada de espuma de poliuretano reveste todo o implante mamário.
O revestimento faz com que a superfície da prótese tenha uma textura semelhante à de um velcro. Por isso, ela adere facilmente aos tecidos do corpo.
Esta aderência facilitada contribui para que o organismo tenha uma reação bem branda à presença desta prótese. Por isso, os casos de contratura se tornam mais raros.
Por que existem tantas próteses de silicone diferentes?
Assim como qualquer produto disponível no mercado, as próteses evoluíram ao longo do tempo.
Não é muito diferente de um carro, por exemplo. Se olharmos os primeiros fabricados, eles eram lentos, não eram tão confortáveis, não tinham tantos recursos.
Com a prótese, aconteceu o mesmo processo. No início, médicos e fabricantes utilizaram o que eles tinham à disposição, baseados em suas hipóteses de como os implantes se comportariam no corpo de cada mulher.
No entanto, ao longo do tempo, eles tiveram a oportunidade de ver como o corpo realmente reagia à presença da prótese. Assim, eles modificaram o implante para solucionar problemas que ocorriam.
Essa transformação aconteceu em ondas ou gerações. Não destacaremos uma por uma, mas nos itens abaixo, você entenderá quais foram os principais marcos desta evolução:
Primeiras gerações (anos 1960 – 1970)
As primeiras próteses de silicone foram fabricadas na década de 1960. A princípio, elas tinham uma concha bem espessa de silicone em seu revestimento, que também era mais rígido.
Por outro lado, em seu interior, essas conchas eram preenchidas por um gel de silicone mais líquido. Consequentemente, ocorriam até vazamentos no corpo da paciente.
Essas características faziam com que, diante de qualquer intercorrência, a paciente tivesse complicações como a formação de tecido cicatricial e deformidades.
Mesmo que não houvesse nenhuma intercorrência, a concha de silicone se tornava cada vez mais rígida, proporcionando um resultado artificial.
Terceira geração do silicone (anos 1980-1990)
Na terceira geração dos implantes, os fabricantes tentaram solucionar os problemas da primeira e da segunda geração. O revestimento espesso deixava o resultado pouco natural? Vamos deixá-lo fino.
Esta geração permitiu muitas melhorias estéticas na prótese de silicone. Porém, com as cápsulas finas, ocorriam rupturas, vazamentos e ainda havia muita contratura capsular.
Foi ainda nesta fase que os fabricantes começaram a melhorar o preenchimento da prótese. Em vez de um gel tão líquido, passaram a optar por um mais coesivo, que não escorre.
Surgimento da prótese de silicone texturizada
Foi ainda no final dos anos 80 e início dos anos 90 que surgiu a prótese de silicone texturizada. Ela foi criada quase ao mesmo tempo que o implante revestido com poliuretano.
Ao mesmo tempo, a preocupação com a segurança das próteses levou à realização de muitos testes. Isso deixou as mulheres assustadas, mas o resultado foi muito benéfico.
Afinal, após a conclusão desses estudos, os órgãos fiscalizadores dos Estados Unidos chegaram à conclusão de que não existe nenhuma ligação entre as próteses de silicone e doenças sistêmicas.
Avanços intermináveis
Se na quarta geração as próteses já receberam textura, eram feitas com gel coesivo e se tornaram muito menos suscetíveis a rupturas e vazamentos, imagine hoje!
O silicone moderno é muito mais coesivo, ou seja, mesmo se a prótese se romper, ele não sai de sua concha.
Além disso, os fabricantes investiram bastante em design. As próteses possuem formas e perfis diferentes, permitindo que as mulheres tenham um resultado muito natural.
Quais são as vantagens e desvantagens de cada tipo de prótese?
Quando nós falamos de tipos de próteses de silicone, não existe uma ruim ou boa. Cada uma delas possui algumas vantagens e desvantagens.
As próteses de silicone lisas, por exemplo, têm um toque suave, como já mencionamos. No entanto, elas estão mais relacionadas à incidência de vários problemas.
Implantes lisos causam mais contratura capsular que os texturizados. Eles também estão mais sujeitos a rotação e deslocamento.
Por outro lado, as próteses de poliuretano reduzem muito as chances de uma contratura capsular. A textura semelhante ao velcro também aumenta a aderência à mama, diminuindo rotações e deslocamentos.
Porém, a prótese de poliuretano apresenta algumas dificuldades. Por aderir demais aos tecidos em volta, sua colocação é mais complicada. Muitas vezes, o médico precisa realizar uma incisão maior para o implante passar.
Embora cada paciente tenha suas próprias necessidades, a prótese revestida com poliuretano não costuma ser a mais recomendada pelos médicos.
Eles entendem que os benefícios dela são semelhantes aos do implante texturizado, que também apresenta baixos índices de contratura capsular e são comercializados por um preço menor.
Por que a prótese de silicone texturizada é mais vantajosa?
Desde que os médicos começaram a utilizar a prótese de silicone texturizada, houve uma redução drástica na quantidade de pacientes com contratura capsular.
Consequentemente, houve também uma redução ainda maior na quantidade de mulheres que precisaram retirar a prótese devido a um processo de rejeição.
Até alguns anos atrás, tanto a contratura quanto a rejeição da prótese eram muito comuns. Cerca de 5% das pacientes precisavam retirar ou trocar o implante.
Felizmente, hoje a realidade é muito diferente. Atualmente, a quantidade de mulheres com essas complicações dificilmente passa de 1% e, na maioria das vezes, essa porcentagem fica em torno de 0,5%.
Grande parte deste avanço se deve à prótese de silicone texturizada. Devido a esta rugosidade na superfície, o organismo não cria uma reação tão forte à presença do implante mamário.
O corpo ainda produz uma película que isola a prótese mamária dos tecidos ao redor dela. Porém, com a prótese texturizada, na maioria das vezes, esta cápsula é bem fina, o que não causa problemas à paciente.
Desta forma, ela tem uma excelente recuperação não só no pós-operatório, mas apresenta uma chance muito menor de contratura capsular a médio e longo prazo.
Portanto, a prótese de silicone texturizada consegue reduzir a contratura capsular e não apresenta as mesmas dificuldades para sua colocação do que a prótese com revestimento em poliuretano.
O que é a contratura capsular?
A contratura capsular é uma complicação associada à colocação do silicone. Trata-se de uma reação exagerada do organismo à presença da prótese.
Como comentamos no item anterior, é perfeitamente normal o organismo criar uma película em volta da prótese. Trata-se de um tecido cicatricial.
Isso faz parte do processo de adaptação àquele novo corpo estranho e, desde que a película não se torne grossa e rígida, não há nenhum problema.
Porém, em algumas mulheres, é justamente isso que acontece. O organismo vai adicionando camadas e mais camadas aquela película, que se torna mais espessa que o normal.
À medida que ela se torna mais espessa e rígida, a cápsula se contrai, pressionando a prótese de silicone.
Os problemas decorrentes desta contratura podem variar, de acordo com a gravidade do problema. Portanto, no grau 1, a mama fica levemente rígida.
No entanto, se o problema se agrava, a mulher pode ter alterações na forma e posição do implante, assimetrias e, nos casos ainda mais sérios, desconforto e dor.
É possível tratar a contratura capsular?
Existe tratamento para a contratura capsular, especialmente quando a paciente busca o médico ainda em estágios mais leves.
Ele pode prescrever medicamentos, massagens e compressas que amenizam o desconforto, por exemplo.
Portanto, em casos mais graves, a única alternativa é a substituição das próteses, bem como a retirada da cápsula cicatricial.
O médico pode apenas substituir o implante por outro ou, em alguns casos, propor a alteração em seu posicionamento.
Por isso, algumas mulheres que precisam substituir o implante colocam a segunda prótese atrás do músculo peitoral ou na posição dual plane.
Outra possibilidade é colocar o novo implante na posição subglandular, mas utilizar uma prótese com revestimento em poliuretano, pois o corpo pode reagir a ela com menos intensidade que na cirurgia anterior.
Agora você já sabe quais são os diferentes tipos de implantes, bem como as vantagens da prótese de silicone texturizada.
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