O orgasmo feminino é mais do que uma explosão de prazer. Ele é um componente importante para o bem-estar geral e, de certa forma, um termômetro da nossa saúde.
Se o orgasmo se restringisse ao prazer sexual, ele já seria muito bem-vindo. Afinal, se o nosso corpo tem, entre suas funções, a capacidade de chegar ao clímax, é porque isso tem relevância para nós.
Porém, a importância do orgasmo não para por aí. A capacidade de alcançar o clímax pode trazer inúmeros benefícios físicos, mentais e relacionais.
A saúde feminina pode impactar diretamente a nossa capacidade de atingir o orgasmo e essa é apenas uma das muitas descobertas que você vai encontrar neste artigo.
Então, continue a leitura e saiba como ter muito mais prazer e saúde!
O que é e como acontece o orgasmo?
O orgasmo é o ápice do prazer sexual, caracterizado por uma sensação intensa e prazerosa que ocorre ao atingir o clímax durante a atividade. Ele envolve tanto respostas físicas quanto emocionais, variando de pessoa para pessoa.
Fisiologicamente, o orgasmo acontece como resultado de uma interação bastante complexa entre o sistema nervoso, hormônios e a circulação sanguínea.
Durante a excitação sexual, o cérebro envia sinais que aumentam o fluxo sanguíneo para os órgãos genitais. Assim, ocorre a ereção no pênis e também a lubrificação na vagina.
No entanto, à medida que a excitação cresce, a tensão sexual acumula-se no corpo. Assim, ela passa a envolver músculos, nervos e glândulas.
Quando o corpo atinge o orgasmo, o cérebro libera uma série de neuroquímicos, como dopamina, ocitocina e endorfinas, que proporcionam uma sensação de bem-estar e euforia.
Nos homens, o orgasmo geralmente é acompanhado pela ejaculação, ou seja, a liberação de sêmen pela uretra. Porém, o homem pode chegar ao clímax sem ejacular, embora isso não seja frequente.
Nas mulheres, o orgasmo provoca a contração rítmica dos músculos vaginais e uterinos, muitas vezes acompanhada por um aumento na frequência cardíaca e na pressão arterial.
Quais são os benefícios do orgasmo?
O orgasmo promove diversos benefícios à saúde física e mental. Por isso, ele desempenha um papel bastante relevante no bem-estar geral.
Vamos nos lembrar, a princípio, que o orgasmo é provocado e, por sua vez, provoca reações físicas e químicas. Desta forma, ele libera endorfinas e outros neuroquímicos que proporcionam alívio do estresse e da dor.
As endorfinas são substâncias potentes que atuam como analgésicos naturais. Assim, elas reduzem a percepção de dor e promovem uma sensação de bem-estar.
Além disso, a liberação de oxitocina, conhecida como o “hormônio do amor” ocorre durante o orgasmo. Ela ajuda a fortalecer os vínculos emocionais e a confiança entre parceiros, o que é crucial para relacionamentos saudáveis.
A atividade sexual regular, culminando em orgasmos, também tem efeitos positivos no sistema cardiovascular. Durante o clímax, há um aumento temporário da frequência cardíaca e da pressão arterial, o que pode ser comparado a um exercício leve a moderado.
Esse “exercício” pode melhorar a circulação sanguínea e contribuir para a saúde do coração a longo prazo. Mas, não se engane! O sexo contribui, mas não substitui outros hábitos fundamentais, como a alimentação balanceada, sono de qualidade e atividade física regular.
Além disso, o orgasmo pode fortalecer o sistema imunológico, aumentando a produção de imunoglobulina A (IgA), um anticorpo que combate infecções.
Mentalmente, o orgasmo é um poderoso redutor de estresse. A liberação de dopamina durante o clímax induz sentimentos de prazer e satisfação, ajudando a combater a ansiedade e a depressão.
Finalmente, a experiência orgásmica também melhora a qualidade do sono, uma vez que os neuroquímicos liberados promovem relaxamento e tranquilidade, facilitando um sono mais profundo e reparador.
Em resumo, o orgasmo oferece benefícios significativos tanto para a saúde física quanto mental, melhorando a qualidade de vida e promovendo um estado geral de bem-estar.
Qual é a relação entre orgasmo e saúde feminina?
A ausência de orgasmos causa um impacto à saúde feminina, visto que o corpo deixa de receber os benefícios que nós vimos no tópico anterior. Porém, a saúde poderia ser melhor quando a mulher tem experiências que levam ao clímax, mas a falta desta sensação (ou mesmo de sexo) não piora, necessariamente, a saúde.
No entanto, o contrário é mais impactante. Quando a mulher enfrenta problemas de saúde, sejam eles de ordem física ou mental, existem grandes chances de o quadro dificultar a obtenção do orgasmo. Entenda melhor nos próximos tópicos:
Problemas físicos que dificultam o orgasmo
Fisicamente, condições como a endometriose, a síndrome dos ovários policísticos (SOP), e problemas ginecológicos como infecções e secura vaginal podem causar dor e desconforto durante a relação sexual. Por isso, elas dificultam tanto a excitação quanto o clímax.
A dor crônica, especialmente na região pélvica, pode tornar o sexo desagradável ou doloroso, criando um ciclo de ansiedade e evitamento que impede o prazer.
Problemas hormonais que afetam a vida sexual
Os desequilíbrios hormonais também desempenham um papel crucial. A menopausa, por exemplo, traz mudanças hormonais significativas que podem reduzir a libido e a lubrificação vaginal, fazendo com que o clímax seja difícil de alcançar.
A redução nos níveis de estrogênio e testosterona pode diminuir desde o desejo até a sensibilidade dos órgãos genitais e a capacidade de resposta sexual.
Problemas psicológicos e emocionais que dificultam o prazer
Aspectos psicológicos e emocionais são igualmente importantes. O estresse, a ansiedade, e a depressão podem afetar negativamente o desejo e a capacidade de alcançar o clímax.
Questões relacionadas à imagem corporal, experiências de trauma e dificuldades no relacionamento também podem criar barreiras emocionais ao prazer sexual.
Além disso, o uso de certos medicamentos, como antidepressivos e anticoncepcionais hormonais, pode ter efeitos colaterais que interferem na função sexual. Esses medicamentos podem reduzir a libido, dificultar a excitação e impedir o orgasmo.
Felizmente, existem tratamentos e terapias para os mais diferentes problemas que causam dificuldades sexuais. Terapia hormonal, fisioterapia pélvica e aconselhamento psicológico são algumas das alternativas às quais você pode recorrer, sempre com orientação profissional.
Como melhorar a saúde sexual e alcançar o orgasmo?
Se você percebe que alcançar o orgasmo é um grande desafio ou gostaria de tornar a sua vida sexual ainda mais satisfatória, fique tranquila! Selecionamos algumas estratégias para atingir esse resultado:
Faça um check up geral
Primeiramente, é fundamental realizar check-ups regulares para avaliar a saúde hormonal. Desequilíbrios hormonais podem afetar significativamente a libido e a capacidade de chegar ao clímax.
Durante esses exames, um profissional de saúde pode identificar problemas como baixos níveis de estrogênio ou testosterona e recomendar tratamentos adequados.
A terapia hormonal, quando necessária, pode ajudar a restabelecer o equilíbrio hormonal e melhorar a resposta sexual. Além dos hormônios, é importante que os exames avaliem a saúde geral do sistema reprodutor, incluindo a verificação de possíveis infecções ou condições que possam causar dor ou desconforto durante a atividade sexual.
Conheça seu próprio corpo
Conhecer o próprio corpo é igualmente essencial. A exploração pessoal pode ajudar a mulher a entender melhor o que lhe proporciona prazer, descobrindo como obter uma resposta sexual satisfatória.
Conhecer as zonas erógenas e experimentar diferentes formas de estímulo pode aumentar a autoconfiança e facilitar a orientação do parceiro durante o ato sexual.
Invista na boa comunicação
A comunicação eficaz com o parceiro é outro pilar importante para uma vida sexual saudável. Muitas vezes, dificuldades sexuais podem ser resolvidas ou minimizadas através de uma comunicação aberta e honesta sobre desejos, limites e preocupações.
Compartilhar fantasias, preferências e experiências pode fortalecer a intimidade emocional e facilitar uma experiência sexual mais satisfatória. Também é importante resolver conflitos que, mesmo ocorrendo fora do quarto, impactam na intimidade do casal.
É fundamental criar um ambiente de confiança e respeito mútuo, onde ambos os parceiros se sintam à vontade para expressar suas necessidades e desejos sem medo de julgamento.
Trate bloqueios emocionais
Nós vivemos em uma sociedade em que sexo é um tabu. Algumas pessoas conseguiram superar essa educação castradora, enquanto outras continuam sendo impactadas por ideias erradas sobre a atividade sexual.
Tratar bloqueios emocionais pode ter um impacto profundo na capacidade de desfrutar do sexo. Procurar ajuda profissional, como terapia psicológica ou sexoterapia, ajuda a abordar essas questões de forma apropriada.
Cuide do seu corpo
Praticar atividade física regularmente também tem benefícios significativos para a saúde sexual. Exercícios melhoram a circulação sanguínea, aumentam os níveis de energia e promovem a produção de endorfinas, que podem aumentar a libido.
Exercícios específicos para o assoalho pélvico, como os exercícios de Kegel, podem fortalecer os músculos pélvicos. Desta forma, eles melhoram o controle e a intensidade do orgasmo.
Além dos exercícios físicos, adotar um estilo de vida ativo e reduzir o sedentarismo contribui para uma melhor disposição e saúde geral, refletindo positivamente na vida sexual.
Fortaleça sua autoestima
A autoestima desempenha um papel crucial na saúde sexual, influenciando diretamente a qualidade e a satisfação nos momentos de intimidade. Uma autoestima saudável permite que as pessoas se sintam confiantes e confortáveis em seus próprios corpos, promovendo uma maior disposição para explorar e expressar suas necessidades e desejos.
Quando a autoestima está alta, há uma maior probabilidade de estabelecer relações sexuais positivas e gratificantes, bem como de se comunicar abertamente com o parceiro. Além disso, a autoconfiança contribui para a redução da ansiedade e do estresse durante a atividade sexual, facilitando a capacidade de alcançar o orgasmo e desfrutar plenamente dos momentos íntimos.
Bônus: você sabia que o silicone melhora a vida sexual?
Diversos estudos apontam que a vida sexual das mulheres pode melhorar após a colocação de implantes de silicone. Pesquisas publicadas no Journal of Sexual Medicine indicam que muitas mulheres relataram um aumento na satisfação sexual após a mamoplastia de aumento.
Um estudo realizado em 2013 revelou que 61% das mulheres que passaram pela cirurgia relataram melhorias significativas em sua vida sexual, incluindo aumento do desejo sexual, da excitação e da satisfação geral.
Outra pesquisa, publicada na Aesthetic Surgery Journal, mostrou que as mulheres experimentaram um aumento na autoestima e na confiança corporal, fatores que contribuíram para uma maior satisfação sexual.
No Brasil, um estudo de 2015 considerou a percepção que 45 pacientes que realizaram a mamoplastia de aumento tinham a própria vida sexual. Usando questionários padronizados e validados cientificamente, eles descobriram que houve melhora tanto na excitação quanto na satisfação sexual.
Esses estudos sugerem que a percepção positiva do próprio corpo após a cirurgia pode levar a uma vida sexual mais gratificante e ativa.
Agora você já conhece os benefícios do orgasmo, sua relação com a saúde feminina e como aumentar seu nível de prazer durante a atividade sexual. Gostou do post? Então, siga nossos perfis no Instagram e Facebook para não perder outros conteúdos que você também vai amar!
Deixe um comentário