Existem inúmeras mulheres que você até já viu de biquíni, mas nem imagina que colocaram prótese nos seios. Esta é uma prova de que a cicatriz de silicone pode, sim, ser muito discreta, quase imperceptível.
Porém, nem toda cicatriz de silicone é igual às outras. Afinal, existem fatores que determinam, inclusive, a posição desta marca e, consequentemente, o quão visível ela se torna.
Ficou curiosa? Quer saber mais sobre a cicatriz de silicone? Então, bem-vinda ao nosso blog e aproveite muito a leitura!
Como fica a cicatriz de silicone?
O local da cicatriz de silicone depende do tipo de incisão que o médico utiliza para colocar a prótese. Existem três opções: a incisão inframamária, a periareolar e a transaxilar. Saiba mais sobre cada uma delas:
Cicatriz de silicone com incisão inframamária
Quando o cirurgião coloca o silicone por meio da incisão inframamária, ele faz um corte na dobra que fica abaixo da mama, que recebe o nome de sulco inframamário.
Se você tem os seios realmente muito pequenos, talvez você não veja esta dobra do seu corpo. Porém, pense nela como aquela linha curva ali abaixo da mama.
Isso pode deixar você em dúvida. Afinal, se os seus seios são pequenos, esta linha fica bem visível, não é mesmo? Então, uma cicatriz neste local ficaria evidente.
Felizmente, não. No momento em que você colocar a prótese de silicone, essa dobra se acentuará e ocorre uma queda levíssima da mama sobre esta linha, cobrindo-a.
Portanto, no caso da incisão inframamária, a cicatriz fica encoberta na maior parte do tempo. Ela só fica evidente quando a mulher, sem uma peça de roupa que cubra esta região, levanta os braços.
Vale a pena destacar, ainda, alguns pontos. O primeiro é em relação à qualidade e aparência da cicatriz de silicone. Quando a cicatrização ocorre normalmente (o que acontece na maioria dos casos), ela forma uma linha fina.
Portanto, depois de todo o processo de fechamento da incisão e maturação da cicatriz, que pode demorar até 2 anos, ela formará uma linha fina com 3 a 6 centímetros de comprimento, em uma cor semelhante à da pele.
O segundo ponto é em relação aos outros benefícios da incisão inframamária. Ela permite uma visualização mais ampla do interior da mama durante a cirurgia, o sangramento é menor e a dissecção de tecidos também é mais fácil.
Por esses motivos principais e muitos outros, atualmente os médicos preferem colocar silicone por meio da incisão inframamária.
Cicatriz de silicone com incisão periareolar
A incisão periareolar também é muito interessante e a cicatriz fica invisível na maior parte do tempo. Afinal, neste caso, o médico faz um corte em volta da aréola para inserir a prótese.
Por isso, sempre que a mulher estiver de sutiã, biquíni ou qualquer peça de roupa, sua cicatriz estará coberta. Aliás, mesmo quando essas peças são retiradas, a marca não fica tão evidente.
Isso acontece porque a cicatriz forma uma linha um pouco mais clara em volta da aréola. Como você sabe, nesta região já existe uma mudança na coloração da pele, pois o bico do seio é mais escuro que o restante da mama.
Portanto, a única diferença é que esta aréola passa a ter um contorno. Não é algo que costuma trazer algum tipo de incômodo estético, pelo menos segundo a maioria das pacientes.
Porém, ainda assim, os médicos não costumam colocar silicone através da incisão areolar com muita frequência. Isso acontece principalmente por dois motivos.
O primeiro está relacionado à amamentação. A prótese de silicone é colocada, geralmente, por trás da glândula mamária. Então, se o médico abre um espaço entre a aréola e este local, ele corta muitos dutos lactíferos.
Esses dutos são como canos que levam o leite da glândula mamária até os mamilos. Então, se eles são interrompidos, a mulher pode ter dificuldade para amamentar o bebê, pois o leite não chega ao local adequado.
O segundo ponto é a possibilidade de abertura para a passagem da prótese. As aréolas têm um diâmetro reduzido. Por isso, esse espaço não permite que o médico coloque uma prótese grande.
Como as brasileiras costumam gostar de próteses um pouco maiores, que variam entre 240 e 350 ml, essa abertura não costuma ser suficiente. A melhor opção, nesses casos, é a incisão inframamária.
Cicatriz de silicone na incisão transaxilar
A terceira opção é a incisão transaxilar. Neste caso, o médico faz um corte na axila, realiza a dissecção dos tecidos até abrir uma loja atrás da glândula mamária (ou do músculo peitoral) e coloca a prótese por essa passagem.
Esta é uma técnica utilizada com pouca frequência. Apesar de não ficar com nenhuma cicatriz visível na mama, a paciente tem uma marca na dobra da axila, ou seja, aparece quando ela levanta os braços e não está usando mangas.
Ainda assim, a maioria das pacientes não costuma reclamar desta cicatriz na axila. Normalmente, os cirurgiões não escolhem esta incisão por outros motivos.
Em primeiro lugar, a passagem entre a axila e a mama é estreita. Portanto, ela também não permite a colocação de uma prótese grande.
Além disso, a colocação de silicone por via transaxilar exige instrumentos específicos e menores, além de uma técnica desenvolvida especialmente para este tipo de incisão. A cirurgia é mais demorada.
Um terceiro fator é uma possibilidade maior de deslocamento da prótese. Portanto, por esses e outros motivos, os médicos só costumam utilizar a incisão transaxilar quando a paciente tem muita tendência a queloides.
Como ocorre o processo de cicatrização?
Existem diferentes formas de se referir às etapas de cicatrização. A seguir, nós falaremos das principais, mas é possível que, em algum lugar, você encontre nomes distintos.
Isso não é importante. O que é realmente essencial é você entender o que acontece em cada uma delas e os cuidados que precisa tomar para uma boa cicatrização.
Fase de homeostase
Pense que, durante a cirurgia, seu corpo sofre uma lesão. Os tecidos são cortados, separados uns dos outros, vasos sanguíneos e linfáticos são interrompidos, ocorre sangramento…
Tudo isso é normal e, após esta emergência, o corpo fará tudo que pode para restaurar o equilíbrio — o estado de homeostase.
Isso significa estancar o sangramento, enviar células de defesa para evitar que bactérias entrem pela lesão, contaminando o organismo e assim por diante.
Esta fase tem uma duração curtíssima. Para ferimentos bem leves, ela dura algumas horas. Quando falamos de uma cirurgia mais complexa, pode durar até 1 dia.
Fase inflamatória
Ocorre nos primeiros dias após a cirurgia, quando o corpo inicia uma resposta inflamatória para combater infecções e iniciar o processo de recuperação.
Nesta etapa, a paciente geralmente precisa lidar com inchaço, dor na área operada e vermelhidão. Porém, usando os medicamentos prescritos pelo médico, a dor se torna bem suportável.
Este período pode durar, em média, até 4 ou 5 dias após a cirurgia. Siga todas as recomendações do seu cirurgião para proporcionar ao seu organismo as melhores condições de recuperação.
Na fase inflamatória do pós-operatório do silicone, o incômodo costuma ser bem leve. Porém, mesmo se você tem um organismo mais sensível, lembre-se: esta etapa passa bem rápido.
Fase de proliferação
A duração da fase de proliferação também varia de acordo com a complexidade da lesão. No pós-operatório do silicone, ela tende a durar 3 semanas ou um pouco mais. Normalmente, ela está concluída quando a cirurgia completa 1 mês.
Na etapa de proliferação, o organismo forma o tecido que fechará as lesões. Portanto, ele deposita muito colágeno na área de cicatriz de silicone, tanto internamente quanto externamente,
Nesta etapa, é fundamental continuar seguindo as recomendações médicas, restringindo a movimentação e esforços, retomando atividades mais intensas apenas após a liberação do cirurgião.
Também é importantíssimo usar o sutiã pós-cirúrgico, respeitar a posição correta ao dormir e não utilizar acessórios, como a fita de silicone, a menos que seja uma prescrição médica.
Fase de remodelação ou maturação
Diferentemente das fases anteriores, a remodelação ou maturação dura meses. Geralmente, ela termina entre 18 e 24 meses após a cirurgia plástica.
Neste período, o corpo começa a reorganizar as fibras de colágeno que produziu para fechar a lesão. Então, este tecido se torna cada vez mais firme, resistente e bonito.
Por isso, ao longo da fase de maturação, a cicatriz de silicone muda de cor. A princípio, ela está avermelhada. Depois, pode se tornar amarronzada ou bege, até que, ao final desse processo, assume uma cor bastante semelhante à da pele à sua volta.
Além disso, quando o processo de cicatrização ocorre normalmente, a cicatriz se torna cada vez mais plana. Ela não excede os limites da lesão, seja em largura, extensão ou altura.
Durante todo esse período, a paciente já retoma gradualmente suas atividades normais. No entanto, ela deve manter alguns cuidados em relação à proteção da cicatriz.
O primeiro cuidado, e o mais básico, é proteger a cicatriz do sol. Afinal, a exposição pode escurecer permanentemente este tecido, deixando a marca mais evidente. Então, cuide-se!
Também é muito importante manter a região da cicatriz de silicone bem hidratada. O processo de cicatrização ocorre muito melhor quando a pele tem água suficiente para realizar os processos de regeneração do tecido.
Quando esses cuidados são tomados, desde a primeira etapa até a última, as chances de complicações na cicatrização se tornam ínfimas. Caso a paciente tenha tendência a quelóides, ela deve avisar o médico antes mesmo do procedimento.
Vale a pena destacar que existe tratamento para quelóides. Alguns exemplos são o uso de corticoides e a betaterapia. Porém, faça o acompanhamento com seu médico para que ele a encaminhe ao tratamento assim que surgir o primeiro sinal de cicatrização anormal.
Agora você já sabe tudo sobre a cicatriz de silicone. Quer acompanhar outros conteúdos sobre cirurgia plástica, beleza, estética e bem-estar?
Então, siga agora mesmo nossos perfis no Instagram e Facebook para não perder nenhuma novidade!
Deixe um comentário