Enquanto a informação verdadeira esclarece, conscientiza e permite a prevenção e tratamento de uma das doenças que mais matam mulheres no Brasil e no mundo, os mitos sobre o câncer de mama geram apenas confusão, medo desnecessário e interferem na busca por uma abordagem adequada ao problema.
Por isso, o Silicone Center se propõe a elucidar os fatos a respeito desta doença, ajudando as mulheres a desmistificar esse assunto e buscarem as melhores alternativas para promover sua saúde e bem-estar.
Afinal, há mais de 20 anos, nós abrimos as nossas portas diariamente para receber milhares de mulheres que chegam até nós com uma expectativa de viver melhor, de aumentar sua autoestima e viver plenamente. Por isso, nós também consideramos o câncer de mama um dos nossos principais inimigos e os colocamos ao lado delas para combatê-lo.
E você, será que acredita em algum dos muitos mitos sobre o câncer de mama e isso pode atrapalhar a prevenção da doença? Então, continue a leitura. Este artigo foi feito para você!
Compreendendo a realidade do câncer de mama
O câncer de mama representa uma das principais preocupações de saúde feminina em todo o mundo, sendo responsável por milhares de casos diagnosticados anualmente. A doença ocorre quando células anormais se desenvolvem nos tecidos mamários, multiplicando-se de forma descontrolada e formando tumores malignos.
Esta doença pode manifestar-se de diferentes formas e, inclusive, afetando partes diversas da anatomia da mama. Um dos tipos mais comuns é o carcinoma ductal invasivo, que se origina nos ductos mamários. Já o carcinoma lobular invasivo tem início nos lóbulos produtores de leite.
Contrariamente ao que muitos acreditam, o câncer de mama não é exclusivamente uma doença feminina. Embora este grupo seja, de fato, o mais atingido, os homens também podem ser afetados, mas em menor proporção.
A incidência da doença tem aumentado nas últimas décadas, mas paradoxalmente (e felizmente!), as taxas de mortalidade têm diminuído significativamente. Este cenário aparentemente contraditório reflete melhorias nos métodos de detecção precoce, avanços nos tratamentos disponíveis e maior conscientização da população sobre a importância dos exames preventivos regulares.
Principais mitos sobre o câncer de mama
Embora seja um tema importante e sobre o qual realmente precisamos falar, existem muitos mitos a respeito do câncer de mama. A seguir, falaremos dos principais:
1. Mitos sobre o câncer de mama e a genética
Um dos mitos sobre o câncer de mama divulgados com frequência diz respeito à relação entre o surgimento de tumores e a predisposição genética. Afinal, uma das primeiras perguntas que o médico faz durante a avaliação da paciente é “existem casos de câncer de mama na sua família?”
Este mito traz sofrimento para pessoas com casos de câncer na família, que entendem que não terão como escapar da doença. Por outro lado, induz mulheres sem esse histórico familiar a acreditarem que não precisam ser tão cuidadosas com os exames e acompanhamento médico.
Porém, a verdade é que apenas entre 5 e 10% das pacientes desenvolvem a doença exclusivamente devido a mutações genéticas hereditárias, como as que podem acontecer nos genes BRCA1 e BRCA2. A maioria dos casos ocorre devido a questões multifatoriais, que podem incluir uma predisposição genética (ou não), mas geralmente estão relacionados a hábitos, má alimentação, tabagismo e obesidade, entre outros fatores de risco.
As mutações genéticas que podem aumentar significativamente o risco de desenvolver câncer de mama, além de raras, podem ser detectadas através de exames. Por isso, pode ser interessante buscar o médico se existe um histórico familiar preocupante e verificar a possibilidade de realizar o rastreamento.
Normalmente, quando os exames detectam alterações nesses genes, os médicos indicam a realização mais frequente de exames para que, caso o câncer surja, o tratamento seja iniciado precocemente, o que aumenta muito as chances de remissão. Algumas mulheres optam pela mastectomia preventiva — elas retiram o tecido mamário e reconstroem o seio com prótese de silicone.
Mitos sobre o câncer de mama e problemas emocionais
Já se sabe, há algumas décadas, que o sofrimento emocional impacta negativamente o funcionamento do sistema imunológico. Isso cria, em nosso organismo, uma oportunidade para o desenvolvimento de uma série de doenças. Este fato leva muitas pessoas a dizerem que emoções negativas (tristeza, dificuldade para perdoar etc) causariam câncer, inclusive o de mama.
Porém, a verdade é que o câncer de mama é uma doença complexa e multifatorial, que não pode ser reduzida a uma única causa, como o sofrimento emocional. Inclusive, muitas pesquisas têm sido feitas para tentar encontrar uma possível relação entre fatores emocionais e o desenvolvimento de tumores nos seios.
Embora não haja consenso absoluto, alguns estudos sugerem que fatores emocionais, como estresse e traumas, podem influenciar a saúde geral e, potencialmente, o risco de câncer. No entanto, preste muita atenção: esses estudos apenas “sugerem a possibilidade”, mas até agora não conseguiram estabelecer uma relação causal clara e inequívoca.
Então, embora não se possa dizer que o impacto do estresse e emoções negativas é mais um dos mitos sobre o câncer de mama, também não podemos dizer que trata-se de um fato comprovado.
Mitos sobre o câncer de mama e prótese de silicone
Um dos mitos sobre o câncer de mama mais conhecidos faz uma relação entre as próteses de silicone e o desenvolvimento da doença. Esta crença infundada tem causado ansiedade desnecessária em milhares de mulheres que fizeram ou consideram fazer cirurgia de aumento mamário.
No entanto, extensas pesquisas científicas realizadas ao longo de décadas não encontraram evidências de que os implantes mamários de silicone aumentem o risco de desenvolver câncer de mama. A incidência da doença é a mesma em grupos com e sem próteses, o que indica que não há interferência.
Estudos epidemiológicos de larga escala acompanharam mulheres com implantes por períodos prolongados, comparando-as com grupos controle, e não identificaram correlação estatisticamente significativa entre a presença de próteses e o desenvolvimento de tumores malignos na mama.
As agências reguladoras de saúde mais respeitadas mundialmente, incluindo a Food and Drug Administration americana e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária brasileira, consideram os implantes mamários seguros quando utilizados adequadamente. Portanto, trata-se de mais um dos mitos sobre o câncer de mama.
Mitos sobre o câncer de mama e exames preventivos
O esforço de governos e organizações relacionadas à saúde para conscientizar mulheres sobre a importância dos exames é louvável. No entanto, exames não previnem o câncer de mama. Quando realizados com a frequência adequada, eles apenas permitem detectar a doença precocemente, o que permite iniciar o tratamento rapidamente e aumentar muito as chances de remissão da doença.
A prevenção, de fato, ocorrem com a adoção de medidas que podem reduzir significativamente o risco de desenvolvimento da doença. A manutenção de peso corporal adequado é fundamental, pois o tecido adiposo produz estrogênios, especialmente após a menopausa. O tabagismo também está associado ao aumento do risco de câncer.
A prática regular de atividade física demonstrou efeito protetor contra diversos tipos de câncer, incluindo o mamário. Recomenda-se pelo menos 150 minutos semanais de atividade moderada ou 75 minutos de atividade intensa. O aleitamento materno, quando possível, oferece proteção tanto para a mãe quanto para o bebê, reduzindo a exposição hormonal da mulher.
Perguntas frequentes sobre o câncer de mama
1. Quais são os sintomas do câncer de mama?
Os sintomas do câncer de mama podem incluir um nódulo ou caroço na mama, dor ou sensibilidade, mudança na forma ou tamanho da mama, alterações na textura da pele (enrugamento, descamação) ou secreção anormal do mamilo.
2. Quais são os fatores de risco para o câncer de mama?
Os fatores de risco para o câncer de mama incluem idade, história familiar, exposição a radiação, uso de hormônios, tabagismo, peso corporal elevado, entre outros.
3. Como posso prevenir o câncer de mama?
Embora não haja uma forma garantida de prevenir o câncer de mama, há algumas coisas que você pode fazer para reduzir o risco, como manter um peso saudável, fazer exercícios regularmente, não fumar e evitar o uso de hormônios.
4. Como é feito o diagnóstico do câncer de mama?
O diagnóstico do câncer de mama é feito por meio de exames de imagem, como mamografia, ultrassom e ressonância magnética, e também por meio de biópsia. Vale destacar que mulheres que colocaram silicone podem realizar a mamografia.
5. Quais são os tratamentos para o câncer de mama?
Os tratamentos para o câncer de mama incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia, e terapia hormonal.
6. Qual é a importância da detecção precoce?
A detecção precoce do câncer de mama é fundamental para o tratamento eficaz e para melhorar as chances de sobrevivência.
7. A prótese de silicone causa câncer de mama?
Não há nenhuma evidência científica de que as próteses de silicone causem câncer de mama.
8. A prótese de silicone dificulta a detecção do câncer de mama?
A prótese de silicone não dificulta a detecção do câncer de mama, pois os nódulos se formam à frente do implante, em camadas mais superficiais da mama. Assim, a paciente consegue perceber nódulos através da palpação e eles também ficam visíveis em exames de imagem.
Os mitos sobre o câncer de mama podem ser prejudiciais quando impedem que mulheres busquem cuidados médicos apropriados ou adotem medidas preventivas eficazes. A desmistificação dessas informações incorretas, baseada em evidências científicas sólidas, é essencial para promover a saúde feminina e reduzir a mortalidade por esta doença.
O futuro do combate ao câncer de mama está na combinação entre avanços tecnológicos, medicina personalizada e educação populacional. Investimentos contínuos em pesquisa, melhorias no acesso aos serviços de saúde e campanhas educativas bem fundamentadas representam os pilares para reduzir significativamente o impacto desta doença na sociedade.
E você, já sabia desses mitos sobre o câncer de mama? Acreditava em algum deles? Compartilhe o link deste artigo com as suas amigas. Afinal, este é um conteúdo de utilidade pública e pode preservar a vida e a saúde das mulheres que você ama!
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