Tomar sol parece um crime para uma geração inteira que cresceu aterrorizada, ouvindo a voz de um famoso jornalista começando um vídeo com a frase “use filtro solar”.
Sim, durante as últimas décadas, o sol foi pintado como um verdadeiro vilão para a saúde. Ele envelhece a pele, causa câncer, prejudica a saúde…
Mas, principalmente para nós, que nascemos em um país tropical, parece que o sol nos chama. Praia, piscina, atividades ao ar livre… é possível — e necessário — se esconder tanto assim da luz solar?
Isso é o que você vai descobrir neste post, pois nós vamos desvendar mitos e verdades sobre tomar sol. Então, continue a leitura!
Mitos e verdades sobre tomar sol
1. Tomar sol pode causar câncer de pele
Infelizmente, verdade. Porém, observe bem a frase: tomar sol pode causar câncer de pele, mas isso não significa que acontece com todas as pessoas.
A exposição ao sol, embora benéfica em muitos aspectos, aumenta os riscos de desenvolver o câncer de pele quando feita de forma indevida. Uma evidência disso é o número de casos em países como Brasil e Austrália.
Nesses países tropicais, em que as pessoas se expõem bastante ao sol, as taxas de incidência de câncer de pele são notavelmente altas, quando comparadas a outros locais.
A principal razão para isso é a intensidade dos raios ultravioleta (UV) no Brasil e na Austrália, que são mais fortes devido à sua proximidade com a linha do Equador.
Desde o século passado, com a redução da camada de ozônio, nós estamos ainda mais expostos a esses raios ultravioleta.
Verdade. Todos nós precisamos de sol, especialmente devido à nossa necessidade de vitamina D, mas também por outros motivos.
Porém, nosso tempo de exposição diária ao sol muda conforme uma série de fatores. Nosso tom de pele é o principal, mas não o único.
Pessoas com pele realmente muito clara, branquinha e sensível devem ficar entre 5 e 10 minutos diários sob o sol forte.
Já as pessoas com pele preta, devido à alta concentração de melanina, têm mais dificuldade para sintetizar vitamina D. Então, elas precisam de cerca de 20 minutos de sol bem forte.
Porém, como a cor da pele é apenas um dos fatores, nós precisamos analisar também a intensidade da irradiação.
Então, mesmo uma pessoa de pele clara pode ficar ali por 20 minutos se o sol não estiver forte. Para a pessoa de pele preta, o tempo também aumenta nessas circunstâncias.
Não existe um tempo ideal fixo, pois o sol fica intenso ou fraco, de acordo com a estação do ano. O período adequado é mais ou menos equivalente à metade do tempo necessário para ficar vermelho.
Então, se uma pessoa fica vermelha com 30 minutos de exposição, o tempo mais adequado de exposição diária sem protetor solar é em torno de 15 minutos.
4. Protetor solar faz mal
Mito. Nos últimos anos, muitas pessoas questionam o uso de protetor solar, como se o contato com substâncias químicas fizessem mais mal que tomar sol.
Isso não é verdade e muitos dados mostram esse fato. Um deles, que já mencionamos, é a alta incidência de câncer de pele em países como o Brasil e a Austrália.
Porém, não podemos negar que a necessidade de protetor solar pode variar de acordo com o seu tempo de exposição.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra ainda que pessoas que trabalham ao ar livre têm 60% mais chances de desenvolver câncer de pele.
Portanto, se boa parte do seu dia acontece em um ambiente aberto, com exposição à luz solar, mesmo que seja em frente a uma grande janela, proteja-se.
Já se você trabalha em um ambiente fechado, não precisa se preocupar tanto com a proteção solar. Consulte um dermatologista para orientá-la da melhor forma.
5. Pele preta não precisa de protetor solar
Mito. A pele negra, assim como qualquer outra, sofre a ação dos raios ultravioleta (UV). Portanto, ela precisa de proteção como qualquer outra.
O que muda é o tempo de tolerância à exposição sem proteção, como já informamos. Em peles pretas, esse período pode e deve ser um pouco maior.
6. Posso substituir o sol pela vitamina D em cápsulas
Mito. As cápsulas proporcionam vitamina D. Porém, como nós vimos, tomar sol proporciona benefícios que vão além deste.
Quando os raios do sol atingem a nossa pele, o organismo produz óxido nítrico. Uma das funções desta substância é relaxar os vasos sanguíneos, controlando a pressão arterial.
Como já dissemos, tomar sol também estimula a produção de serotonina, o que aumenta a nossa sensação de bem-estar e regula o humor.
Esses são apenas alguns exemplos de benefícios que obtemos ao tomar sol, e não com cápsulas de vitamina D.
7. Tomar sol envelhece
Verdade. Infelizmente, o sol altera o DNA e leva à produção de radicais livres, que aceleram o envelhecimento.
Por isso, para tomar sol diariamente, conforme a recomendação, respeite o tempo máximo de exposição. Use chapéus e filtro solar para proteger o rosto.
Se for passar do seu tempo ideal de exposição, como em um dia na praia, use protetor solar. Quanto mais protegido estiver o seu rosto, melhor.
8. Bronzeamento faz mal
Verdade. O bronzeamento, seja natural sob o sol ou artificial, pode ser muito prejudicial à saúde da pele.
O processo de bronzeamento ocorre quando a pele é exposta à radiação ultravioleta (UV), levando à produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele.
Portanto, o bronzeamento é um resultado de um mecanismo de defesa do corpo: ele foi agredido pelos raios UV e responde com o escurecimento da pele.
A exposição excessiva a esses raios pode causar danos significativos ao DNA das células da pele. Esses danos podem levar a mutações que, por sua vez, aumentam o risco de desenvolvimento de câncer.
Além disso, como já dissemos, a exposição excessiva ao sol acelera o processo de envelhecimento da pele. Rugas, manchas, mudanças na textura aparecem muito mais rápido.
9. Não se deve tomar sol no pós-operatório
Verdade. No pós-operatório da cirurgia plástica, a paciente deve evitar completamente a exposição ao sol, tanto por razões estéticas quanto para proporcionar uma boa cicatrização.
Em primeiro lugar, tomar sol pode aumentar o inchaço e agravar a inflamação. Portanto, a incidência dos raios solares complica o processo de recuperação.
Outro ponto importantíssimo é o fato de que, após a cirurgia plástica, a pele fica com alguns hematomas. Se o sol incide sobre essas manchas, ele exerce um efeito de revelação, como ocorre nas fotografias.
Por isso, a exposição da área da cirurgia plástica pode tornar as manchas roxas, avermelhadas ou amareladas permanentes.
Finalmente, mesmo sem considerar os hematomas, o sol pode causar hiperpigmentação nas cicatrizes. Portanto, elas se tornam mais escuras e visíveis.
Então, no primeiro mês após a cirurgia plástica, a paciente realmente precisa ficar longe do sol. Depois deste período, enquanto a cicatriz está amadurecendo, se a exposição ocorrer, é preciso proteger a área da incisão.
Agora você já desvendou os mitos e verdades sobre tomar sol. Quer saber mais sobre os cuidados necessários após uma cirurgia plástica? Continue em nosso blog e veja o post completo sobre o pós-operatório do silicone.
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