É para ser bom, é para ser prazeroso, mas para uma quantidade relativamente grande de mulheres, a dor no sexo torna o ato totalmente desagradável.
São muitos os fatores que contribuem para isso. Com certeza, existem tabus, falta de conhecimento sobre o próprio corpo e, no caso dos homens, do corpo da parceira.
Porém, além desses fatores, não podemos descartar problemas fisiológicos, tanto relacionados à anatomia quanto hormonais, que prejudicam a vida sexual.
Quer entender o que pode fazer as mulheres sentirem dor durante o sexo? Então, desvende os mitos a respeito deste assunto.
Mito 1: Dor no sexo só é causada por problemas psicológicos
Realmente, existem problemas psicológicos que podem fazer a mulher sentir dor durante a relação sexual. Ansiedade, depressão (inclusive os medicamentos) e traumas estão entre eles.
Porém, isso não significa que todos os desconfortos têm esta causa. Existem muitos problemas físicos, tanto anatômicos quanto hormonais, que também podem causar dor no momento da intimidade.
Portanto, não podemos dar uma resposta simplista a um problema complexo e deixar de investigar outras causas.
Inclusive, antes de supor que a dor no sexo é provocada por dificuldades de ordem mental, é fundamental descartar outros problemas fisiológicos.
Então, se a mulher vai ao médico, faz todos os exames possíveis para detectar outros diagnósticos e não identifica nenhuma causa orgânica, esse é o momento de buscar uma avaliação psicológica.
Mito 2: Cirurgia íntima não resolve dores durante o sexo
Definitivamente, isso não passa de um mito. A configuração da vulva, ou seja, o tamanho dos lábios vaginais e possíveis diferenças anatômicas, interferem muito na hora do sexo.
Existem algumas dessas diferenças que causam, inclusive, dor durante a relação sexual. Uma delas é o tamanho exagerado dos lábios ou a flacidez nesta região.
Nesses casos, o excesso de volume ou de pele cria um obstáculo a mais para a entrada do canal vaginal. Durante a relação, os movimentos de vaivém do pênis causam mais atrito do que o esperado, machucando realmente a vulva.
O resultado é a dor e, consequentemente, a mulher passa a ter uma experiência desagradável durante o sexo. Consequentemente, ela começa a evitar o ato, o que pode gerar uma crise entre o casal.
Essas configurações da vulva não só podem causar dor, mas dificultar o estímulo ao clitóris, impedindo que a mulher desfrute do prazer de forma plena.
Portanto, como você pode ver, a cirurgia íntima, quando bem indicada, não se refere apenas a mudanças estéticas na região da vulva. Ela é fundamental para a saúde sexual de mulheres que sofrem com esse problema.
Uma dessas cirurgias é a ninfoplastia, que reduz o volume ou elimina o excesso de pele dos lábios vaginais. O Silicone Center realiza este procedimento com toda a segurança que você precisa.
Mito 3: Basta relaxar que o prazer flui
Este é outro mito bastante difundido. Afinal, as mulheres são ensinadas, desde muito cedo, que o segredo para um sexo saudável e prazeroso é relaxar.
Embora seja realmente importante relaxar durante os momentos de intimidade, entregar-se ao ato sexual e desfrutar do próprio corpo e do parceiro sem vergonha, isso não é suficiente.
Existem causas orgânicas que causam dor durante a relação sexual e que não vão desaparecer apenas porque a mulher relaxou.
Algumas infecções causadas por bactérias, fungos e vírus provocam não só dor, mas também outras consequências como sangramento e infertilidade.
Portanto, nesses casos, a única forma de solucionar o problema da dor é realizando o tratamento adequado, com medicamentos que matam os fungos ou bactérias que causam a doença.
Outras vezes, a dor no sexo não é causada por um problema que ocorre na vagina, especificamente. Até mesmo outras doenças, que atingem outros órgãos, podem gerar essa sensação dolorosa.
Algumas dessas condições estão relacionadas ao trato urinário. Assim, cistite intersticial, infecções urinárias e pedras nos rins podem ser a verdadeira causa da dor.
A Síndrome do Intestino Irritável é outra condição que pode prejudicar a vida sexual. Este problema causa constipação, distensão abdominal e dores que podem se acentuar durante o sexo.
Finalmente, a síndrome dos ovários policísticos também está entre as condições que podem provocar ou aumentar a dor no sexo. A fibromialgia, que gera dores em todo o corpo, completa esta lista.
Mito 4: Ressecamento vaginal é sinal de menopausa
O ressecamento vaginal é, sem dúvida, um dos fatores causadores de dor durante o sexo. Porém, ao contrário do que muitos pensam, ele não ocorre apenas em mulheres na menopausa.
Sem dúvida, a partir do momento em que a mulher entra na menopausa, ocorre uma queda nos níveis de estrogênio. Consequentemente, o organismo pode produzir menos lubrificação, gerando ressecamento vaginal.
No entanto, outras situações também podem levar a este quadro, como a amamentação, que altera os níveis hormonais.
Antidepressivos, medicamentos para alergia e anticoncepcionais podem ter, como efeito colateral, uma redução na lubrificação vaginal.
Até mesmo fatores emocionais, como estresse, podem desequilibrar a produção de hormônios pelo organismo, resultando em ressecamento vaginal.
A região da vulva e vagina podem ser afetadas por produtos que causam irritação como sabonetes. Em alguns casos, não se trata de um produto irritante em si, mas a pessoa tem alergia a algum de seus componentes.
Finalmente, não podemos nos esquecer de que, para ter uma lubrificação adequada, a mulher precisa ser estimulada corretamente.
Portanto, quando o parceiro sabe como produzir esse estímulo e não existe nenhum motivo orgânico que impeça a liberação do lubrificante, a relação tende a ser muito mais prazerosa.
Vale a pena lembrar, também que é muito mais fácil resolver o problema do ressecamento vaginal do que outros fatores que já citamos neste post.
Afinal, o casal pode utilizar tanto lubrificantes prontos, comprados em farmácias, quanto medicamentos que melhoram esta lubrificação e contribuem para uma boa saúde sexual.
Mito 5: Dor no sexo significa diagnóstico de vaginismo
Nem todas as mulheres que sente dor durante o sexo têm o diagnóstico de vaginismo. Afinal, além de todas as causas que mencionamos nos tópicos anteriores, o vaginismo é um problema muito específico.
Trata-se de uma condição em que os músculos da vagina se contraem com tanta força que impedem a penetração.
Infelizmente, é relativamente comum que as mulheres que recebem este diagnóstico cheguem aos 35, 40 ou 50 anos sem nunca terem desfrutado de uma relação sexual com penetração.
Assim, em grande parte dos casos, elas acabam desistindo de se relacionar com outra pessoa e seguem a vida sozinhas ou, pelo menos, enquanto não solucionam o problema.
Os especialistas não são unânimes quando a questão é a causa do vaginismo. Até o momento, eles concordam apenas que o problema tem múltiplas causas, sendo que a maioria se refere a questões morais, religiosas e emocionais.
Muitas das pacientes que chegam aos consultórios e relatam o problema têm um histórico em comum: rigidez excessiva na educação, traumas que podem ou não incluir abuso sexual ou testemunho de um fato desta natureza etc.
Alguns especialistas vão além e relatam que as pacientes têm um tipo de personalidade mais controladora, um bloqueio que as faz temer e rejeitar a penetração, às vezes, até mesmo de um cotonete.
Apesar do quadro tão complexo, o tratamento do vaginismo é possível, mas difícil e multidisciplinar. Portanto, ele envolve psicólogos, médicos e fisioterapeutas. Procedimentos como lasers e radiofrequência também ajudam.
Mito 6: Amor e sexo são assuntos separados
Não dá para ser tão taxativo a respeito desse assunto. Afinal, algumas mulheres realmente conseguem separar amor (ou simplesmente relacionamento) do sexo.
Assim, elas têm a capacidade de sair com um homem, ter relações e sentir prazer, mesmo que não haja sentimentos ou qualquer convivência entre os dois.
Outras, por sua vez, entendem que precisam de uma ligação emocional e sentimental com o parceiro para que a relação seja satisfatória. Sem isso, elas não ficam suficientemente excitadas e podem sentir dor durante o sexo.
Portanto, embora não seja possível dizer que amor e sexo são irremediavelmente interligados, também não podemos afirmar que eles não têm nenhuma relação.
Tudo depende de cada pessoa, de sua forma de enxergar o mundo, de seus valores e de seu padrão de relacionamento.
Porém, independentemente disso, não podemos negar que, para quem já possui um relacionamento, os desentendimentos do casal podem, sim, afetar a vida sexual.
Muitas vezes, o casal deixa de se sentir à vontade um com o outro. O desejo desaparece e, quando o sexo acontece, é um ato mecânico e sem entusiasmo.
Não há intimidade para preliminares satisfatórias, não há cumplicidade para falar do que gostam e os poucos contatos acontecem quase que por obrigação.
Então, diante dessa situação, é natural que a mulher tenha dificuldades para chegar a um nível de excitação mínimo. Consequentemente, não ocorre a lubrificação, aumenta o atrito e a relação sexual pode ser dolorosa.
O que fazer em caso de dor durante o sexo?
O tema dor durante a relação sexual é praticamente inesgotável, pois muitas variáveis podem interferir nas sensações que uma pessoa tem durante o momento de intimidade.
Porém, reunimos aqui alguns dos principais mitos sobre o assunto e, desta forma, acabamos abordando as causas mais frequentes deste problema.
De qualquer forma, se você sente dores durante o sexo, busque uma avaliação médica o mais rápido possível. Um diagnóstico preciso pode não só restaurar seu prazer, mas agilizar o tratamento de problemas mais sérios.
Na ausência de causas físicas, não tenha receio de recorrer a profissionais que possam diagnosticar e tratar os fatores psicológicos que estão impedindo você de desfrutar de uma sexualidade plena.
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