O câncer de mama ainda é um dos principais problemas relacionados à saúde feminina. Em alguns casos, para evitá-lo, a única solução é a mastectomia preventiva.
Retirar as mamas sempre é uma situação traumática para as mulheres. Afinal, além de órgãos, elas também são símbolos de feminilidade e sensualidade.
Porém, em alguns casos a cirurgia não só é necessária, como essencial. Então descubra que procedimento é esse e quais são as indicações.
O que é a mastectomia preventiva?
A mastectomia preventiva é a cirurgia que retira uma ou as duas mamas com o objetivo de evitar o desenvolvimento de um câncer.
Trata-se de um procedimento indicado em situações muito específicas, quando existe um risco comprovado de surgimento de tumores malignos.
Nesses casos, a cirurgia pode reduzir o risco de câncer de mama em até 90%.
Afinal, mesmo nas cirurgias mais precisas ainda podem restar células da glândula mamária que, após sofrerem mutação, darão origem a um tumor.
Em quais casos os médicos recomendam a mastectomia preventiva?
Relativamente poucas mulheres têm indicação para esta cirurgia. Alguns motivos que levam ao procedimento são:
Mutação dos genes BRCA
Os genes BRCA1 e BRCA2 são responsáveis pela produção de proteínas que previnem tumores, pois elas inibem o crescimento descontrolado de células.
Porém, em algumas mulheres, os genes BRCA passam por uma mutação e reduzem seu nível de atividade, deixando o organismo menos protegido.
Assim, essa alteração aumenta o risco de desenvolver câncer de mama e ovários em até 90%.
Portanto, nesses casos, os médicos podem entender que a retirada das mamas é a melhor alternativa para evitar o desenvolvimento de um câncer.
Mastectomia preventiva após câncer de mama
Outras mulheres retiram uma das mamas em uma mastectomia preventiva justamente porque já tiveram câncer no outro seio.
Durante o período de diagnóstico, preparação para a cirurgia e mesmo na recuperação pós-cirúrgica, os médicos conduzem uma investigação.
Eles buscam, por meio de exames, identificar se o câncer foi causado por fatores comportamentais e ambientais ou se existem causas genéticas.
Neste último caso, eles entendem que o risco de desenvolver o câncer de mama no outro seio também é muito grande.
Assim, eles indicam a mastectomia preventiva para evitar um novo diagnóstico e um tratamento tão complexo.
Forte histórico familiar de câncer de mama
Todos os institutos ligados ao estudo do câncer mostram, por meio de estudos, que no máximo 10% dos diagnósticos são causados por fatores genéticos.
Alguns institutos fornecem números ainda mais positivos. Eles afirmam que apenas 5% dos casos de câncer são causados por fatores genéticos.
Porém, é fato que quando uma mulher contém um componente genético forte, suas chances de desenvolver o problema são muito maiores.
E como este componente genético se manifesta? Por meio de vários casos na família, especialmente em parentes próximos.
Entenda que, para chegar a esta conclusão, não basta ter alguns casos isolados.
Afinal, a maioria das pessoas tem uma avó, uma tia ou até mesmo uma mãe que enfrentou o problema.
Para configurar uma predisposição genética significativa, precisa haver vários parentes próximos afetados.
Inclusive, um forte indício de que esse componente genético existe é a incidência de câncer de mama em homens da família.
Portanto, quando existe esse histórico familiar, o médico investigará o caso com mais profundidade e poderá indicar a mastectomia preventiva.
Radioterapia no tórax antes dos 30 anos de idade
Infelizmente, mulheres que receberam radioterapia no tórax até os 30 anos de idade têm mais chance de desenvolver câncer de mama quando adulta.
Existem diversas pesquisas que comprovam esta relação. Inclusive, algumas delas foram feitas por mulheres que trataram outros cânceres quando crianças.
Então este grupo precisa tomar cuidado, ficar atento aos sintomas do câncer de mama e realizar acompanhamento médico frequente.
Para que você tenha uma ideia do risco, uma mulher nessas condições tem 22 vezes mais chance de desenvolver câncer de mama do que a população em geral.
Assim, os médicos entendem que essas mulheres têm tanta chance de desenvolver câncer de mama quanto aquelas com alterações no BRCA.
Portanto, eles podem indicar a mastectomia preventiva para que elas não precisem passar por um novo tratamento de câncer.
O que acontece após a mastectomia preventiva?
Depois da cirurgia para retirada das mamas, a mulher tem o direito a uma reconstrução dos seios com prótese de silicone.
Esta cirurgia recebe o nome de mamoplastia reparadora, reconstrutora ou ainda reconstrutiva.
Por solucionar uma questão de saúde, a mamoplastia reparadora não é considerada uma cirurgia estética.
Portanto, a paciente consegue realizar o procedimento por meio do convênio médico ou pelo SUS.
Será que eu preciso retirar os seios para prevenir o câncer?
Felizmente, a maioria das mulheres não precisa retirar as mamas para prevenir o câncer de mama.
Como já dissemos, os estudos mostram que apenas 5 a 10% dos casos de câncer são provocados por questões genéticas.
Então, conclui-se que pelo menos 90% deles são causados por fatores ambientais e comportamentais, ou seja, fatores que podemos controlar.
Portanto, manter bons hábitos, como alimentar-se bem, praticar exercícios, manejar o estresse e dormir por um tempo adequado, já previnem o problema.
Além disso, quanto mais longe a mulher se mantiver de substâncias que provocam inflamação crônica e liberam radicais livres, menor é a chance de desenvolvimento de tumores.
Entre as substâncias que provocam este efeito estão o cigarro, as bebidas alcoólicas e até mesmo alimentos muito processados, gordurosos e repletos de açúcar.
A verdade é que, quanto mais simples e natural for a nossa vida, maior será a harmonia do nosso organismo, o que se refletirá em saúde e bem-estar.
Também não podemos nos esquecer do acompanhamento médico periódico e da realização de exames como o ultrassom e a mamografia.
Eles não previnem o câncer, mas possibilitam um diagnóstico precoce e, desta forma, aumentam as chances de sucesso no tratamento.
Podemos contar com você?
Como você pode ver pela data de publicação, este post tem o objetivo de conscientizar sobre a importância de prevenir o câncer de mama, como parte da campanha Outubro Rosa.
Porém, a verdade é que a prevenção ao câncer não tem data. Então não importa em que momento você chegou aqui. O que importa é a prevenção da doença.
Por isso, deixamos o nosso Guia Completo para a Saúde dos Seios disponível o ano inteiro.
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Vamos juntas vencer o câncer de mama. Podemos contar com você?
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