Mulheres com mamas densas são aquelas que possuem uma concentração maior de tecido glandular. Mas será que isso é normal? É uma doença?
Se você nunca ouviu falar sobre esta condição, este post foi feito para ajudá-la a entender esse tema. Então, continue a leitura!
Do que a mama é feita?
A mama é composta por diversos tipos de células e tecidos. O principal deles é o tecido glandular ou fibroglandular, formado pelas glândulas que produzem o leite.
Assim, essas glândulas começam a se desenvolver na adolescência, mas têm seu pico de atividade a partir da gravidez e amamentação.
A mama é composta ainda pelos dutos que levam o leite, o estroma, que é um tecido de sustentação, e pela gordura.
O que são mamas densas?
Todas as mulheres possuem tecido glandular. Porém, em algumas, a quantidade de glândulas é maior que a dos outros tecidos, principalmente o estroma e a gordura.
Para saber se a mama é densa, a mulher precisa fazer um exame de mamografia.
Na imagem de um exame de mamografia, o tecido glandular corresponde às estruturas brancas. Já a gordura e o estroma, que são menos densos, são a parte escura.
Assim, na mamografia de uma mama não densa, a imagem terá mais partes escuras do que brancas. Quando as mamas são densas, as áreas brancas predominam.
No entanto, é importante destacar que as mamas densas não são uma doença. Elas são simplesmente uma condição, uma característica de cada mulher.
Aliás, é bastante comum muitas mulheres terem mamas densas até os 35 ou 40 anos. Porém, depois dessa idade, a densidade costuma diminuir.
Embora seja a perda da densidade da mama seja um processo natural, ela pode ser acelerada ou retardada por outros fatores, como o uso de determinados medicamentos, a genética e gravidez.
Quais são as consequências da perda da densidade das mamas?
Redução na firmeza das mamas
Quanto mais densa é a mama, maior é a sua firmeza. É por isso que, nas mulheres jovens e com um peso proporcional, os seios são mais durinhos.
No entanto, com a idade a mama se torna naturalmente menos densa. As células glandulares diminuem e a gordura ocupa esse lugar. O tecido adiposo é mais mole que o tecido glandular.
Por isso, o primeiro resultado da perda da densidade das mamas é a mudança na consistência do seio, que fica mais molinho. É muito mais fácil perceber essa mudança através do toque.
Maior facilidade para visualizar nódulos
Por outro lado, a perda da densidade facilita a visualização de nódulos e outras anormalidades durante a mamografia.
Isso acontece porque quando as mamas ainda são densas, as células glandulares ficam muito próximas umas das outras. Na mamografia, elas aparecem como uma grande massa branca.
Portanto, fica mais difícil enxergar um nódulo ou qualquer outra anormalidade em mamas muito densas.
Porém, à medida que as células glandulares diminuem e a gordura aumenta, aparecem mais espaços escuros na mamografia, facilitando a identificação de nódulos.
É por esse motivo que os médicos não recomendam a realização de mamografia antes dos 35 ou 40 anos. Depois dessa idade, esse exame é realmente muito útil para detectar precocemente o câncer de mama.
Seios mais murchos
A mudança na consistência não significa, necessariamente, que os seios cairão. A queda das mamas, chamada de ptose mamária, depende na verdade do excesso de pele.
Portanto, se a pele não foi estendida demais devido à uma gestação ou ao ganho de peso, os seios não cairão apenas porque a quantidade de glândulas mamárias diminuiu, ou seja, porque houve perda da densidade.
No entanto, muitas mulheres percebem que os seios parecem mais “murchos” com o decorrer da idade. Esse resultado está relacionado à redução na densidade das mamas.
Por essa razão, ao chegarem aos 40, 50 anos, muitas mulheres buscam o cirurgião para colocar silicone. Afinal, elas querem recuperar os seios bem preenchidos e redondinhos que tinham anteriormente.
Existem diferentes tipos de mamas densas?
Considerando a densidade, os médicos estabelecem quatro tipos de mamas:
- extremamente densas: mais de 75% da mama é composta por tecido fibroglandular. Essa é a condição mais comuns em mulheres jovens e com peso proporcional;
- densas heterogêneas: possuem entre 51% e 75% de tecido fibroglandular;
- parcialmente gordurosas: possuem mais gordura, e o tecido fibroglandular varia entre 25 e 50%;
- predominantemente gordurosas: são compostas por uma quantidade grande de gordura e o tecido fibroglandular chega a, no máximo, 24% da composição.
No entanto, mesmo que você faça o exame hoje e obtenha um desses resultados, ele pode mudar. Afinal, com o passar do tempo, o tecido glandular diminui naturalmente.
Qual é a diferença entre uma mama densa e uma mama não densa?
A princípio, as principais diferenças são a consistência e a aparência. Assim, as mamas densas são mais firmes e durinhas. Seios gordurosos tendem a parecer murchos.
Então, talvez você esteja pensando que é muito vantajoso ter uma densidade maior nas mamas. Porém, a verdade é que nem tudo é tão perfeito. Veja o porquê no próximo tópico.
Mamas densas e incidência de câncer
Quando se fala em câncer de mama, as mulheres com maior densidade nos seios correm um risco maior.
Em primeiro lugar, mulheres com mamas extremamente densas ou densas heterogêneas têm de 4 a 6 vezes mais chances de desenvolver um câncer de mama.
Um estudo realizado com 200 mil mulheres chegou à conclusão de que 39% dos casos de câncer de mama em pacientes que tiveram a doença antes da menopausa e 26% dos cânceres em pacientes após a menopausa seriam evitados se elas tivessem um tecido mamário menos denso.
No entanto, ainda não existe uma maneira segura para reduzir a densidade das mamas. Até existem medicamentos bloqueadores de estrógeno para gerar esse resultado, mas eles têm diversos efeitos colaterais.
Por isso, esses bloqueadores de estrógeno são receitados apenas quando a mulher corre um risco realmente muito grande de desenvolver a doença. Eles não são recomendados para a maioria das pacientes.
E como já falamos, quando a mama é muito densa, é difícil identificar um tumor em seus estágios iniciais através da mamografia. Portanto, uma alta densidade pode retardar o tratamento.
Cuidados médicos em relação às mamas densas
No entanto, não precisa ficar preocupada por causa das mamas densas. Existem alternativas tanto para a prevenção quanto para o diagnóstico precoce de possíveis problemas.
Portanto, o primeiro passo é descobrir se as suas mamas são densas. A partir daí, você saberá que precisa procurar o médico com frequência e informar essa condição.
Então, no acompanhamento periódico com seu médico, ele solicitará exames como a ultrassonografia, que permitem essa visualização de nódulos mesmo em meio ao tecido fibroglandular.
Além da ultrassonografia, existem outros exames que detectam a presença de nódulos mesmo em mamas densas, como a ressonância magnética, a tomografia ou a tomossíntese, também chamada de mamografia 3D.
Entendeu o que são mamas densas? Quer ficar com os seios firmes e durinhos sem correr nenhum risco? A prótese de silicone garante esse resultado! Quer saber mais? Então, confira nosso manual completo!
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