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maio 27, 2025

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Pré-operatório

Jejum antes da cirurgia plástica: por que você não pode comer antes de procedimentos cirúrgicos?

Quando um procedimento cirúrgico é marcado, a lista de recomendações médicas pode parecer bastante extensa: exames, suspensão de medicamentos, retirar joias, apliques e esmaltes… Entre os diversos protocolos adotados neste momento, o jejum antes da cirurgia destaca-se como um dos cuidados mais fundamentais. No entanto, muitos pacientes questionam esta orientação.

O jejum pré-cirúrgico não é apenas uma tradição médica ou uma formalidade burocrática. A cirurgia plástica é extremamente segura, desde que o paciente siga as recomendações. Esta medida, principalmente, pode prevenir complicações graves e até mesmo fatais durante o procedimento.

Neste artigo, vamos explicar detalhadamente por que o jejum é tão importante antes de uma cirurgia, quais os riscos de não segui-lo corretamente, quanto tempo ele deve durar de acordo com diferentes tipos de alimentos e procedimentos, além de abordar outros cuidados pré-operatórios essenciais para sua segurança.

Índice

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  • O que é o jejum pré-operatório?
  • Por que o jejum antes da cirurgia é necessário?
  • O que ocorre quando há broncoaspiração?
  • O tipo de anestesia interfere na necessidade de jejum?
    • Jejum antes da cirurgia com anestesia geral
    • Jejum antes da cirurgia com anestesia regional
    • Jejum antes da cirurgia com anestesia local
  • Qual é o tempo de jejum antes da cirurgia?

O que é o jejum pré-operatório?

O jejum pré-operatório consiste na abstinência de alimentos e líquidos por um determinado período que precede a cirurgia. Em termos simples, é o tempo em que o paciente deve ficar sem comer ou beber antes de um procedimento.

Historicamente, a prática do jejum antes da cirurgia foi estabelecida após a observação de graves complicações pulmonares em pacientes que haviam se alimentado antes de receber anestesia. O primeiro relato científico que estabeleceu essa associação foi publicado em 1946 por Mendelson.

Mendelson era um médico obstetra americano. Ele percebeu que algumas de suas pacientes, durante o parto, aspiravam conteúdo gástrico. No momento da aspiração, elas estavam sob o efeito de anestesia geral.

Desde então, os protocolos evoluíram significativamente. Os padrões atuais recomendados pela maioria das sociedades de anestesiologia incluem pelo menos 8 horas de jejum.

No entanto, essas diretrizes podem variar de acordo com a instituição, o tipo de procedimento e as condições específicas do paciente.

Por que o jejum antes da cirurgia é necessário?

O estômago é um órgão que, após receber o alimento, processa esse conteúdo despejando ácidos e enzimas digestivas sobre ele. Essa mistura é composta por alimentos parcialmente digeridos e os ácidos permanecem no estômago por algumas horas, dependendo do tipo de alimento ingerido.

Durante uma anestesia — principalmente a geral, mas não exclusivamente ela — todo o organismo tem seu funcionamento reduzido ou paralisado. Entre as reações reduzidas, estão os reflexos protetores das vias aéreas.

Em condições normais do organismo, nosso corpo produz reflexos como a tosse ou engasgo sempre que existe o risco de que qualquer material estranho entrar nos pulmões. Porém, sob efeito de anestésicos, esses reflexos ficam comprometidos ou ausentes.

Por isso, se o paciente tem alimentos no estômago durante a anestesia, existe o risco de que o conteúdo gástrico retorne pelo esôfago (refluxo) e seja aspirado para os pulmões – um evento conhecido como broncoaspiração.

Diversos estudos científicos, incluindo revisões sistemáticas publicadas no British Journal of Anaesthesia, confirmam que o jejum adequado reduz significativamente o volume e a acidez do conteúdo gástrico, minimizando o risco de broncoaspiração e outras complicações graves durante procedimentos que requerem anestesia.

O que ocorre quando há broncoaspiração?

Como você viu, a broncoaspiração (também conhecida como síndrome de Mendelson), é a inalação de conteúdo gástrico para dentro das vias respiratórias e pulmões.

Porém, o que muitas pessoas não sabem é que os médicos consideram esta condição grave. Afinal, o material aspirado pode causar diversos problemas: obstrução das vias aéreas, pneumonia química (devido à acidez do conteúdo gástrico que danifica o tecido pulmonar), pneumonia bacteriana (pela contaminação do material aspirado) e, em casos graves, síndrome do desconforto respiratório agudo.

De acordo com dados do American Society of Anesthesiologists, a incidência de broncoaspiração em cirurgias eletivas varia entre 1 em 2.000 a 1 em 10.000 casos, mas a taxa de mortalidade associada pode chegar a 5% quando o evento ocorre. As cirurgias plásticas estéticas são eletivas, ou seja, você e o médico escolhem fazê-la, decidem o dia e podem se preparar com antecedência.

No entanto, em procedimentos de emergência, onde frequentemente não é possível garantir que o paciente não tenha se alimentado recentemente, a incidência de broncoaspiração pode ser até 10 vezes maior. Isso confirma a importância do jejum antes da cirurgia.

Um estudo publicado no periódico Anesthesiology mostrou que pacientes que não respeitaram o jejum recomendado apresentaram risco até três vezes maior de complicações respiratórias pós-operatórias. Portanto, mais uma vez, isso demonstra a relação direta entre a falta de jejum adequado e o aumento do risco de broncoaspiração.

O tipo de anestesia interfere na necessidade de jejum?

Existem diferentes tipos de anestesias e cada uma delas têm efeitos diversos sobre o organismo. Enquanto algumas apenas bloqueiam a dor no local, outras paralisam órgãos e sistemas inteiros do corpo. Por isso, o risco de broncoaspiração varia de acordo com cada um deles.

Para que você entenda melhor, nós separamos as anestesias em três grupos principais e explicamos, a seguir, como cada uma delas interfere nos reflexos e, portanto, determina um protocolo de jejum:

Jejum antes da cirurgia com anestesia geral

Neste tipo de anestesia, o paciente fica completamente inconsciente e perde todos os reflexos protetores. Por ser o tipo que apresenta maior risco de broncoaspiração, ela exige rigoroso protocolo de jejum.

Jejum antes da cirurgia com anestesia regional

Anestesias regionais bloqueiam a sensação em uma área específica do corpo (como anestesia peridural ou raquidiana). Portanto, se o paciente tem um bloqueio nas pernas, por exemplo, ele não teria nenhuma redução dos reflexos protetores.

Porém, mesmo com este fato, a verdade é que na maioria das cirurgias os médicos aplicam uma sedação complementar, para que o paciente durma durante o procedimento. Afinal, a maioria das pessoas não quer ficar acordada durante uma cirurgia, não é mesmo?

Esta sedação reduz os reflexos protetores e, por esse motivo, o paciente também precisa estar em jejum. Além disso, mesmo em cirurgias em que as complicações são raras, elas podem ocorrer. Neste caso, tanto a equipe médica quanto o paciente precisam estar preparados para conversão em anestesia geral, pois ela permite procedimentos mais complexos necessários nessa situação.

Jejum antes da cirurgia com anestesia local

A anestesia local afeta apenas uma pequena área do corpo. Existem alguns exemplos bem didáticos! Quando você vai ao dentista, por exemplo, o profissional pode anestesiar só um lado da sua boca, não é mesmo. Você não sente dor ali, mas o outro lado está com as sensações intactas, certo? A anestesia local permite esse tipo de precisão.

Já no caso de uma cirurgia para colocar silicone, por exemplo, a anestesia local tem efeito sobre uma área bem maior. Ainda assim, ela se restringe àquela região do corpo e não afeta o funcionamento dos órgãos e do sistema nervoso. Consequentemente, o risco de broncoaspiração é mínimo.

Porém, mesmo sem comprometer os reflexos de proteção das vias aéreas, na aplicação da anestesia local existem alguns cuidados. Então, os médicos ainda assim recomendam jejum, embora com menos rigor.

Vale lembrar, sempre, que mesmo que a cirurgia seja extremamente segura, a equipe médica está preparada para os piores cenários possíveis. Afinal, é muito melhor eles estarem preparados e nada acontecer (o que ocorre na maioria dos casos), do que não terem os recursos para lidar com uma emergência.

Qual é o tempo de jejum antes da cirurgia?

Ao definir o tempo de jejum, o anestesista considera diversos fatores: o tipo de anestesia planejada, a complexidade e duração do procedimento, condições de saúde do paciente (como refluxo gastroesofágico, diabetes ou obesidade), além de possíveis complicações que possam exigir mudança no tipo de anestesia durante o procedimento.

Embora o organismo possa processar tipos diferentes de alimentos em intervalos de tempo distintos, por uma questão de segurança, a paciente deve estar preparada para fazer sua última refeição com uma antecedência de 8 horas ou mais antes da cirurgia.

Para pacientes diabéticos, o jejum requer considerações especiais devido ao risco de hipoglicemia. Frequentemente, são programados como primeiros casos do dia para minimizar o tempo de jejum, e podem ter protocolos específicos de monitoramento de glicose e ajuste de medicações.

No entanto, é importante entender que este período de 8 ou 9 horas costuma ser suficiente para pacientes saudáveis, que não possuem nenhuma complicação de saúde. Também não se recomenda passar 12 ou mais horas em jejum antes da cirurgia, pois esse jejum excessivamente prolongado pode gerar quadros de desidratação, desconforto e até prejudicar a recuperação pós-operatória.

Antigamente, os médicos afirmavam que a paciente com cirurgia prevista para o dia seguinte não deveria “colocar nada na boca após a meia-noite”, independentemente de o procedimento ocorrer às 8 da manhã ou às 2 horas da tarde, o que obrigava muitas pacientes a um jejum prolongado. Esta visão está ultrapassada.

Hoje, os protocolos evouíram para tornar a experiência mais confortável para os pacientes, com tempos de jejum mais flexíveis e adaptados ao horário previsto para a realização da cirurgia. Porém, a importância fundamental de não ingerir nenhum alimento por 8 horas antes do procedimento permanece indiscutível.

Seguir rigorosamente as orientações médicas sobre o jejum é uma das maneiras mais diretas pelas quais você, como paciente, pode contribuir para o sucesso e a segurança de seu procedimento cirúrgico. Lembre-se: quando seu médico recomenda o jejum, ele está priorizando sua segurança acima de tudo.

E você, já conhecia esses fatos sobre o jejum antes da cirurgia? Acompanhe outros conteúdos sobre cirurgia plástica, estética, saúde e bem-estar nos nossos perfis no YouTube, Facebook, Instagram e TikTok.

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