Bombou nas redes sociais: a Geração Z parece envelhecer mais rápido que algumas gerações anteriores, incluindo os Millenials, também conhecidos por Geração Y. Existem muitas explicações para a causa do problema. Uma delas pode ser o inflammaging.
Sim, o Tik Tok, que é a rede social dos jovens, é a que mais está repercutindo este fato. Porém, a discussão não permaneceu somente ali, nos vídeos curtos. Fóruns de debates estão recebendo a opinião de especialistas nesta área, como os dermatologistas.
Em primeiro lugar, eles afirmam que sim — de forma geral, a Geração Z está aparentando mais idade que os Millenials. Porém, eles apontam uma série de fatores que, combinados, levam a esta realidade. Um deles pode ser o inflammaging.
Mas, calma! O termo inflammaging ainda é relativamente novo e você provavelmente ainda não leu muita coisa a respeito desse assunto. Por outro lado, existem muitas outras discussões relacionadas aos padrões de envelhecimento que existem hoje.
De qualquer forma, se você quer saber como o inflammaging pode estar acelerando o seu envelhecimento, continue aqui. Vamos explicar o assunto e você vai entender sua importância não só para a aparência, mas para o bem-estar e longevidade.
O que é o inflammaging?
O termo inflammaging é uma combinação entre as palavras inflamação (inflammation) e envelhecimento (aging).
Esta junção reflete a compreensão de que, à medida que os anos passam, o corpo sofre um processo crônico de baixo grau de inflamação sistêmica. Assim, esses dois fatores potencializam um ao outro.
Se você ainda não entendeu, calma! Nós vamos explicar detalhadamente!
Todos os dias, nosso corpo recebe água, alimentos, ar e realiza uma série de reações químicas com todos esses elementos: transforma comida em energia, gasta oxigênio e devolve gás carbônico ao ambiente, produz hormônios…
Em todos esses processos, o corpo produz resíduos. Se esses resíduos são ruins, como a formação de radicais livres, essas moléculas destrutivas atingem os tecidos, causando uma inflamação de baixo grau, mas que é crônica (persistente), o que danifica tecidos.
Quanto mais equilibrados são esses processos, menos resíduos ruins eles formam no organismo. Por outro lado, se nós colocamos elementos prejudiciais nesta equação (alimentação desequilibrada, falta de sono, estresse, cigarro, álcool), a inflamação se acentua.
Essa inflamação, produzida e mantida ao longo dos anos, é um dos fatores mais significativos no processo de envelhecimento. Ela também é responsável pelo surgimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, Alzheimer, cânceres etc.
O que ocorre dentro do organismo também se reflete do lado de fora. Os danos celulares chegam à pele, destroem os fibroblastos (produtores de colágeno) e aceleram o surgimento de rugas e de flacidez.
Portanto, o inflammaging é um assunto muito sério, pois nos prejudica das maneiras mais profundas e graves possíveis. O envelhecimento externo é apenas uma das diversas formas como essa inflamação se expressa em nosso organismo.
O que a Gen Z tem a ver com o inflammaging?
A Geração Z, ou Gen Z, é aquela formada por pessoas que nasceram entre 1997 e 2010 (em média). Várias delas já chegaram aos 20 anos e, como mostram as análises, muitas vezes parecem mais velhas que os Millenials, que nasceram entre 1981 e 1996.
Desde que esta diferença começou a ser apontada nas redes sociais, dermatologistas e outros profissionais da saúde apontaram alguns fatores que podem estar causando essa aceleração no envelhecimento da Gen Z.
Entre esses fatores, eles falam da exposição às redes sociais, com as quais a Gen Z praticamente nasceu. Portanto, elas moldaram seu conceito de beleza olhando influenciadores mais velhos e tentam replicar este modelo, inclusive com procedimentos estéticos invasivos.
Porém, outro ponto que eles observam é o fato de que a Geração Z tem, possivelmente, hábitos piores que os dos Millenials, que são a geração anterior.
Entre os Millenials, sempre houve uma preocupação maior com a saúde, que se refletiu na adoção de hábitos alimentares mais saudáveis, bem como a prática de exercícios.
A Gen Z parece não compartilhar desta mesma preocupação e está mais acostumada a se alimentar com industrializados, fast food, podem ser bastante sedentários, com hábitos de sono terríveis e uma combinação perigosa de estresse e ansiedade.
O objetivo não é demonstrar que a causa desse possível envelhecimento mais acelerado da Geração Z é causado exclusivamente pelo inflammaging, e sim mostrar que esta é uma questão presente, que afeta a todos nós — incluindo até os mais jovens.
O que o inflammaging tem a ver com você?
Agora que você já contamos o que é o inflammaging, chegou a hora de entender como ele afeta você. Selecionamos alguns fatos importantes sobre ele e como nós podemos interferir em nosso próprio processo de envelhecimento. Veja a seguir:
O que você faz impacta no inflammaging
A boa notícia é que o inflammaging não acontece à revelia, sem que você tenha qualquer controle sobre ele. Embora a inflamação crônica aconteça, em algum grau, entre a maioria das pessoas, nossas atitudes podem acelerá-la ou freá-la.
Precisamos entender, definitivamente, que o inflammaging é causado pelos excessos que cometemos ao longo da vida, pelos hábitos que contrariam as necessidades do nosso organismo.
Portanto, do que o corpo precisa? De atividade física? Então, não dá para ser sedentário sem inflamar o organismo. Precisamos de fibras? Então, não é possível comer apenas refinados e esperar uma boa saúde. Precisamos de sono? Passar as noites maratonando séries não vai produzir mais saúde e podemos extrapolar esses exemplos para todas as nossas necessidades físicas.
O fato é que o ser humano não muda suas necessidades básicas: água, sono, exercício físico, alimentação saudável (pouco industrializada, preferencialmente natural e integral), não fumar, reduzir açúcar e bebidas alcoólicas etc.
Tudo que nós fazemos e que vai contra essas necessidades aumenta a reação inflamatória do organismo e acelera o envelhecimento. Tudo que fazemos de acordo com essas necessidades equilibra o nosso organismo e diminui o ritmo de degradação do corpo, por dentro e por fora.
Seu intestino é a chave para desinflamar o organismo
Tanto o processo de inflamação quanto de desinflamação do organismo passam pelo intestino. É lá que moram bactérias responsáveis por uma série de funções do nosso corpo, que produzem até mesmo substâncias que interferem na nossa saúde mental.
Portanto, tudo que você precisa fazer com seu organismo, comece pelo intestino. Procure reequilibrar as bactérias porque, se há um desequilíbrio (disbiose), o corpo não consegue absorver nem mesmo os nutrientes da alimentação e se torna adoecido.
Isso tem impacto tanto internamente quanto externamente. O colágeno que os fibroblastos da sua pele produz é o mesmo que se torna essencial para o bom funcionamento das articulações, para formar massa muscular e assim por diante.
Quando, por uma disbiose intestinal, o seu corpo não consegue fazer a digestão adequada, surgem ou se acentuam problemas como a dificuldade para emagrecer, falta de energia, prisão de ventre e até mesmo depressão.
Portanto, não brinque com o seu intestino. Coloque no seu corpo aquilo que faz realmente bem a ele e, aos primeiros sinais de uma possível disbiose, procure um médico e corrija o problema.
O que acontece por dentro, reflete por fora
Aqui em nosso blog, nosso tema principal é silicone. Porém, como nós realmente cuidamos das nossas pacientes, em todos os sentidos, fazemos questão de trazer informações importantes sobre saúde, bem-estar, qualidade de vida…
Mas você sabe como nós, mulheres, somos. Temos a preocupação com a saúde, mas não podemos negar o quanto a beleza é importante para nós.
Por isso, é possível que você esteja pensando: “como o inflammaging afeta a minha pele? De que forma ele contribui para o meu envelhecimento?”
Em primeiro lugar, é essencial entender que o envelhecimento da pele é um sinal de alerta. Ele mostra que esses processos estão acontecendo internamente no organismo.
Então, se assim como a Geração Z, você começa a perceber um surgimento acentuado de rugas, pense que é uma oportunidade para fazer algumas mudanças na sua rotina enquanto ainda é tempo.
Pense que, para manter-se jovem, sua pele enfrenta dois desafios: o primeiro é produzir elementos que contribuem para a integridade da pele, sua elasticidade e firmeza. Alguns exemplos que você conhece são o colágeno e a elastina.
O segundo desafio é neutralizar os danos em células ou estruturas da pele, como os fibroblastos, que são as nossas pequenas fábricas de colágeno.
Quando nós produzimos o estado de inflamação no organismo, nós impedimos o corpo de realizar essas duas tarefas. Em primeiro lugar, nós destruímos o colágeno, a elastina e muitas outras células.
Um exemplo de como isso acontece é quando nós comemos açúcar. Sim, este alimento que faz parte da nossa rotina, apesar de delicioso, não tem nada de inocente.
O aumento do açúcar (glicose) no sangue causa uma resposta inflamatória do organismo. Ele ainda desencadeia uma reação chamada glicação, que é quando uma molécula instável se une a uma célula ou proteína, como o colágeno, e o destrói.
Além disso, quando o organismo está ocupado em combater a inflamação, ele focará seus recursos nesta tarefa, e não em combater os danos à pele. Assim, o estresse oxidativo atinge as nossas células, levando ao envelhecimento.
Entre os resultados, nós temos o aumento de rugas na face, flacidez e ressecamento da pele, entre outros. A pele ainda pode se tornar mais amarelada, sem viço, descamar e apresentar coceira.
Agora você já sabe o que é o inflammaging, como ele afeta seu processo de envelhecimento e como frear este processo. Gostou do conteúdo? Então, siga nossos perfis no Instagram e Facebook para não perder outras novidades e informações importantes para o seu autocuidado.
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