A aparência, consistência, formato e firmeza da mama dependem de uma série de fatores. É claro que a expressão genética é muito forte para determinar todos essas condições, mas ela pode ser alterada por acontecimentos ou pelas diferentes fases de desenvolvimento dos seios.
Você sabe que etapas são essas? Neste post, nós contaremos quais são elas. Então, continue a leitura e descubra em qual delas está agora!
Por que os seios mudam com a idade?
Como falamos em outro post, a mama é composta por diferentes tipos de tecidos. Assim, existem as glândulas mamárias, a pele e o estroma, que é formado por gorduras e células conjuntivas, entre as quais o colágeno.
Essas diferentes células sofrem a influência das alterações hormonais que acontecem no corpo da mulher ao longo da vida. Portanto, a produção de substâncias como estrogênio e progesterona causam mudanças no corpo.
Quais são as fases de desenvolvimento das mamas?
Fase 1: Desenvolvimento pré-natal
Mesmo antes de você nascer, suas mamas já estavam em processo de formação. Por isso, no primeiro trimestre da gravidez, o feto já tem a formação de um botão primário.
Já no segundo e terceiro trimestres da gravidez, o feto desenvolve uma glândula rudimentar.
Devido à ação de hormônios como a progesterona e o estrogênio, surgem alguns tecidos que darão origem a algumas estruturas importantes: o sistema ductal, que fará parte da glândula mamária, e o estroma, que vai preencher e dar sustentação às mamas, bem como as aréolas e mamilos.
Fase 2: Mama infantil
O estrogênio continua atuando no tecido mamário até os 2 ou 3 meses depois do parto. Porém, um outro hormônio aumenta logo após o nascimento: a prolactina.
Assim, o aumento desse hormônio causa o desenvolvimento das mamas e pode até mesmo fazer o bebê produzir leite. Quando esse fenômeno acontece, é chamado de “leite de bruxa”.
No entanto, apesar desse desenvolvimento da mama no bebê, logo depois o tecido mamário involui. Por isso, nas crianças, os seios não crescem e o processo de maturação fica paralisado até o início da puberdade.
A única mudança é o alongamento ductal, ou seja, à medida que a menina cresce, os ductos que já estão ali nas mamas se tornam mais longos, proporcionais ao tamanho do corpo.
Fase 3: puberdade
Na puberdade, o organismo da mulher passa por mudanças muito rápidas. Assim, em poucos anos, o corpo de uma menina se transforma completamente.
Nessa fase, que pode acontecer a partir dos 9 anos, ocorre um aumento na produção de estrogênio e progesterona. Então, surge primeiro o broto mamário, que é um carocinho na região do seios.
A partir daí, durante a adolescência, as glândulas mamárias, que sempre estiveram ali, começam a se desenvolver. Elas aumentam sua espessura e, junto com a gordura, modelam o peito e deixam as formas mais femininas.
Nesse período, a menina pode ter dores nas mamas atreladas ao ciclo menstrual. Para algumas, essas dores mamárias cíclicas continuam acontecendo ao longo da vida.
Fase 4: mama adulta
Assim que a puberdade chega ao fim, a mulher tem todas as características da mama adulta. No entanto, do ponto de vista médico, a mama só atinge a maturidade completa após a gravidez e a lactação.
A mudança da mama durante a gravidez é estrutural. Assim, até mesmo os canais galactóforos, que são ductos que levam o leite da glândula até sua saída, no mamilo, aumentam em quantidade.
Já durante a amamentação, a mama varia de tamanho ao longo do dia. Isso acontece porque a mulher produz e armazena leite, mas depois o bebê “esvazia” o reservatório.
Nos primeiros meses, a mama costuma ficar mais cheia. Porém, ao longo dos meses, ela volta gradativamente ao volume que tinha antes da gravidez.
No entanto, mesmo depois da amamentação, leva algum tempo para a mama voltar ao normal. Por isso, os médicos recomendam uma espera de cerca de 6 meses para a colocação de próteses de silicone, por exemplo.
A partir dos 30 anos, a mama começa a mudar bastante. O tecido glandular se torna cada vez mais reduzido, enquanto a quantidade de gordura aumenta.
Fase 4: Menopausa e mudanças na mama
Na menopausa, essas mudanças na mama se acentuam, porque a produção de estrogênio sofre uma grande redução. O corpo também diminui a velocidade de reposição de colágeno, o que deixa os seios mais flácidos, caídos.
O principal cuidado na menopausa é o monitoramento de cistos e nódulos que podem aparecer nesse período. É fundamental fazer a mamografia com frequência, para não permitir que o câncer de mama se desenvolva.
Anomalias congênitas
Algumas mulheres podem nascer com algumas anomalias na região da mama. A maioria das anomalias congênitas se originam ainda no útero, no período pré-natal. Algumas são síndromes raras, já outras, como os mamilos acessórios (politelia) e as mamas acessórias (polimastia) são relativamente comuns, com incidência de 1% a 5% da população.
Durante a sexta semana de desenvolvimento embrionário, a linha mamária se desenvolve ao longo dos lados do embrião, estendendo‑se desde a região axilar até a virilha.
Porém, no desenvolvimento normal, a maior parte dos cumes mamários embrionários desaparece, exceto os dois segmentos na região peitoral, que se tornam mamas mais tarde.
A falha na involução de qualquer porção do cume mamário pode levar a polimastia, com ou sem um complexo mamilo‑areolar. Eles se desenvolvem ao longo da linha mamária e não necessitam de tratamento, exceto se sintomáticos.
Mas, apesar do tecido mamário acessório estar presente desde o nascimento, muitas vezes só é diagnosticado na puberdade, gravidez ou no período de amamentação.
Outro problema bastante conhecido é síndrome de Poland, caracterizada por fatores como:
- ausência de cartilagens costais e uma porção da terceira ou terceira e quarta costelas;
- ausência do mamilo ou mama com hipoplasia acompanhante;
- ausência de gordura subcutânea;
- ausência de pelos axilares;
- ausência do músculo peitoral menor;
- ausência de parte costoesternal do músculo peitoral maior.
Agora você já sabe quais são as fases de desenvolvimento da mama. Descobriu em qual delas você está agora? Conte pra gente nos comentários e compartilhe esse post com as suas amigas também!
Deixe um comentário