Como acelerar a recuperação e ter uma cicatriz bonita depois de colocar silicone? Embora a drenagem linfática após cirurgia plástica seja o procedimento mais recomendado para auxiliar neste processo, o médico pode prescrever também outras opções.
Aliás, não existe apenas um tipo de drenagem linfática. Existem técnicas diversas que ajudam o organismo a eliminar o excesso de líquidos e toxinas, o que é essencial para desinchar no pós-operatório.
Então, se você está planejando colocar silicone e quer saber tudo o que precisa para já começar a se preparar para o período de recuperação, não perca este post!
Vamos explicar tudo que você precisa saber sobre a drenagem linfática após a cirurgia plástica, quando ela é realmente indicada, as diversas técnicas à sua disposição e também outros procedimentos para melhorar a aparência da cicatriz. Prepare-se!
Importância da drenagem linfática após a cirurgia plástica
A drenagem linfática é extremamente importante em diversas cirurgias plásticas. Na lipoaspiração, por exemplo, ela é essencial. Na abdominoplastia, ela pode ser responsável por até 1/3 do resultado do procedimento.
Mas por que a drenagem linfática é tão importante nesses casos? Esta técnica de massagem terapêutica estimula o bom funcionamento do sistema linfático. Então, ela promove a circulação da linfa, o que contribui para eliminar toxinas e excesso de líquidos.
Isso é especialmente importante no pós-operatório, que é uma etapa em que a paciente tende a reter muitos líquidos e ficar inchada. Portanto, esse auxílio terapêutico ajuda a reduzir o inchaço, acelera a aderência da pele e proporciona bem-estar.
No entanto, quando se trata da mamoplastia de aumento, redutora ou na mastopexia (lifting de seios), a drenagem não tem um papel tão decisivo. Por isso, a indicação da drenagem linfática após a cirurgia plástica pode ou não acontecer.
Assim, o médico avalia as condições de suas pacientes caso a caso. Para algumas, eles indicam a drenagem após cirurgia plástica. Para outras, eles recomendam, mas não consideram essencial. Em outros casos, eles preferem que a região não seja tocada ou massageada no pós-operatório.
Então, enquanto você está planejando aumentar os seios, nós sabemos que você é bombardeada com uma série de informações sobre o pós-operatório. Talvez, muitas delas digam para você já contratar o pacote de drenagens linfáticas.
Porém, em vez de se basear no que uma amiga fez, ou até mesmo no que leu em algum conteúdo sobre o assunto, converse com seu médico. Ele indicará o melhor procedimento no seu caso, baseado no seu próprio ritmo de recuperação e padrão de cicatrização.
Tipos de drenagem linfática após cirurgia plástica
Existe mais de um tipo de drenagem linfática. Algumas são altamente recomendadas no pós-operatório, enquanto outras costumam ser realizadas em situações específicas ou até mesmo em uma etapa posterior da recuperação da paciente.
A seguir, nós fizemos uma seleção com as principais opções:
Técnica manual (DLM) de drenagem linfática após cirurgia plástica
Geralmente, esta é a técnica mais recomendada no pós-operatório de cirurgias plásticas. A DLM ajuda a reduzir o inchaço e a prevenir a formação de fibroses e seromas (acúmulo de líquido).
É importante destacar que a drenagem linfática após cirurgia plástica precisa ser feita com movimentos suaves e precisos. Desta forma, ela cumpre sua função, que é estimular o sistema linfático.
Portanto, a DLM acelera a remoção de líquidos e toxinas acumulados no local da cirurgia, o que contribui para uma recuperação mais rápida e eficiente.
Método Leduc de drenagem linfática após cirurgia plástica
O método Leduc utiliza movimentos suaves e rítmicos para estimular o sistema linfático. O terapeuta segue a direção do fluxo linfático natural do corpo, empurrando suavemente a linfa ao longo dos vasos linfáticos e gânglios.
Trata-se de uma opção muito interessante para drenagem linfática após cirurgia plástica pois, além de direcionar o líquido para as áreas onde ele pode ser eliminado com mais facilidade, também previne fibroses.
Técnica mecânica ou pressoterapia de drenagem linfática após cirurgia plástica
Embora a técnica manual seja ideal para a drenagem linfática após cirurgia plástica, nem todos os pacientes estão aptos à DLM. Isso pode acontecer devido a uma sensibilidade excessiva ou, em outros casos, à impossibilidade de se deslocar.
Neste caso, a massagem terapêutica não é feita por uma pessoa. A paciente “veste” os diversos compartimentos infláveis de um equipamento que, ao ser acionado, enche e esvazia essas câmaras de ar, pressionando as diferentes partes do corpo de forma rítmica.
Com esses movimentos coordenados, a linfa é movida em direção aos gânglios linfáticos, a partir dos quais ela seguirá para sua eliminação.
A pressoterapia promove a circulação linfática e venosa, ajudando na redução de edemas e na prevenção de complicações como trombose venosa profunda. Como você pode ver, ela não é tão comum no pós-operatório.
Técnica LTF de drenagem linfática após cirurgia plástica
Trata-se de uma técnica específica de drenagem linfática que combina tanto conceitos de terapia manual quanto o uso de tensão mecânica em tecidos cicatriciais.
Parece complicado? Vamos descomplicar! É uma técnica desenvolvida especialmente para reorganizar as estruturas dos novos tecidos que estão se formando na região da cicatriz, desenvolvendo também sua flexibilidade e funcionalidade.
Drenagem linfática após cirurgia plástica com auxílio de ultrassom
A fibrose após uma mamoplastia de aumento é um evento muito raro. Este problema, que é relativamente comum após uma lipoaspiração, por exemplo, sequer aparece nas pequisas que tratam de complicações após o silicone.
Embora seja extremamente rara, é importante que você saiba que existe uma chance ínfima de esta complicação ocorrer. Neste caso, a paciente precisa realizar drenagem linfática com auxílio de ultrassom, que melhora a qualidade da pele e reduz as irregularidades.
Linfotaping na drenagem linfática após cirurgia plástica
O linfotaping não costuma ser utilizado no pós-operatório imediato. No entanto, esta técnica pode complementar a recuperação em estágios posteriores.
No linfotaping (bandagem linfática ou kinesiotaping), o profissional aplica fitas adesivas especiais sobre a pele do paciente. Posicionadas em pontos estratégicos, elas reduzem o inchaço, melhoram a circulação linfática e aliviam a dor.
Aparelhos de endomassagem na drenagem linfática após cirurgia plástica
Assim como o lifotaping, os aparelhos de endomassagem também podem ser bastante úteis na fase mais tardia da recuperação. No entanto, não utilize este método sem uma avaliação e liberação do seu cirurgião plástico.
Cuidados com a drenagem linfática após cirurgia plástica
Mesmo nos casos em que seu médico indicar a realização de drenagem linfática, é muito importante tomar alguns cuidados. Não se aventure nas mãos de pessoas desqualificadas. Procure um profissional devidamente certificado em drenagem pós-cirúrgica.
Afinal, a drenagem pode contribuir muito com a sua recuperação, eliminando o excesso de líquidos e proporcionando as condições ideais para a cicatrização e aderência dos tecidos.
Por outro lado, manobras muito pesadas, que mobilizam demais a pele, podem ter o efeito contrário. Neste caso, elas prejudicam os tecidos, pioram a condição da lesão e comprometem a cicatrização.
Lembramos, mais uma vez, que nas cirurgias nas mamas, inclusive a colocação de silicone, nem sempre o médico recomenda a realização de drenagem. Portanto, sempre siga as orientações do seu cirurgião plástico.
Outros procedimentos que favorecem a recuperação e cicatrização
Quando se fala em aumento das mamas, a maioria das pacientes não enfrenta nenhuma complicação no pós-operatório. A recuperação é tranquila, elas quase não sentem dor e a cicatrização ocorre normalmente.
Porém, uma parcela pequena das mulheres pode, sim, ter problemas com a cicatrização. Isso acontece principalmente quando elas já possuem uma tendência à formação de queloides.
Quando se trata de um queloide, o corpo tem uma reação exagerada no processo de cicatrização. Assim, ele produz uma quantidade exagerada de tecido para fechar a região da lesão. Esta nova pele ultrapassa as bordas da incisão, tanto lateralmente quanto ao formar um relevo.
Outro problema que também pode acontecer, mas não é frequente, é a cicatriz hipertrófica. Neste caso, o tecido cicatricial não ultrapassa lateralmente as bordas da incisão. Porém, a cicatriz pode ficar feia e mais grossa que o normal.
Em todos esses casos, o seu médico pode recomendar desde procedimentos muito simples, como uso da fita de silicone, como aplicação de corticoides e betaterapia. Quer conhecer melhor cada um deles? Veja os próximos tópicos!
Fita de silicone
A fita de silicone é um recurso utilizado quando a paciente começa a apresentar os primeiros sinais de queloide ou a formação de uma cicatriz inestética. Ela veda a área da incisão, aumenta a umidade da região e sinaliza ao corpo que ele não precisa produzir tanto colágeno.
Embora o colágeno seja muito importante para o processo de cicatrização, sua produção em excesso gera cicatrizes feias. Portanto, quando o médico percebe que isso está acontecendo, ele recomenda a fita para frear a síntese desta proteína.
Então, mais uma vez, preste atenção e não siga recomendações que não sejam do seu médico. Pode ser que, para uma amiga com queloide, a fita de silicone tenha sido ótima. Se você tem uma cicatrização normal e usa esta fita, ela prejudicará o fechamento da incisão.
Injeções de corticoide
Outra opção para o tratamento de queloides é a aplicação de triamcinolona (um tipo de corticoide). As injeções com essa substância costumam ser bastante eficazes para reduzir a espessura, vermelhidão e coceira dos queloides.
Como os corticoides diminuem a inflamação, eles ajudam o organismo a sair do estado de alerta máximo desencadeado pelo sistema imunológico. Assim, o corpo reduz a produção de colágeno na área da cicatriz e, consequentemente, diminui também a formação de tecido fibroso.
Geralmente, os médicos prescrevem essas injeções, que são aplicadas diretamente no queloide, em intervalos de 4 a 6 semanas. A duração do tratamento e, portanto, a quantidade de injeções, dependem da resposta do organismo de cada paciente.
Betaterapia
Assim como a drenagem linfática após cirurgia plástica, a betaterapia é um dos procedimentos que o médico pode prescrever neste período de recuperação.
Trata-se de uma forma de radiação que inibe a proliferação de fibroblastos, ou seja, impede a multiplicação de células que produzem tanto colágeno quanto tecido cicatricial.
Mais uma vez, trata-se de um procedimento que só faz sentido quando o corpo produz colágeno e tecido cicatricial em excesso. Ele é totalmente desnecessário nos casos em que a cicatrização ocorre normalmente.
Agora você já sabe que, quando se trata da mamoplastia de aumento, a drenagem linfática após cirurgia plástica nem sempre é necessária. Quer saber mais sobre o universo da beleza, estética e saúde da mulher? Então, siga nossos perfis no Instagram e Facebook.
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