Quem vê de fora uma mãe amamentando seu bebê, não imagina as dificuldades que podem estar envolvidas no aleitamento materno. Os contratempos, muitas vezes, são tantos que, por falta de informação a respeito, muitas mulheres acabam desistindo de amamentar.
Além disso, elas ainda acabam entrando em contato com alguns mitos que podem trazer ainda mais estresse e dificultar o processo. Neste artigo falamos sobre como lidar com as dificuldades da amamentação e, ainda, desmistificamos uma questão de muita relevância: a prótese de silicone atrapalha o aleitamento materno? Siga a leitura para conferir!
Dificuldades na amamentação mais comuns: saiba como lidar com elas
A jornada da amamentação é muito particular de mulher para mulher e, por isso, cada uma viverá a experiência de uma maneira única. Algumas mães conseguem passar por esse período com pouquíssimos percalços, mas como os obstáculos a seguir são bastante comuns, confira dicas de como resolver, se esse for o seu caso.
Dor
O ideal, é claro, é que a amamentação não doa e a mulher consiga ter uma experiência confortável. Essa, no entanto, não é a regra — em especial nos primeiros meses. Com a descida do leite (que costuma acontecer até o quinto dia após o parto), os mamilos costumam ficar bastante sensíveis e doloridos.
Aliado a isso está o fato de que, em grande parte dos casos, o recém-nascido não tem a pega perfeita do seio: alguns acabam focando diretamente no bico, enquanto o ideal é envolver com a boca toda a região da aréola.
Além disso, como o neném precisa mamar várias vezes ao dia, o mamilo machucado acaba tendo pouco tempo de descanso até que seja manipulado novamente, o que dificulta a cicatrização e aumenta a dor.
No entanto, isso tudo não quer dizer que você deva simplesmente aceitar a dor: há luz no fim do túnel! É recomendado consultar uma enfermeira obstétrica ou um consultor especialista em amamentação para avaliar o estado da mama, a pega e a posição do bebê para mamar. Esse profissional é o mais capacitado para oferecer dicas de como melhorar a situação.
É importante, ainda, fazer o possível para cuidar dos mamilos e protegê-los de atritos e infecções para que eles se reestabeleçam o mais rápido possível. Limpe-os utilizando compressas de algodão com água, deixe-os secarem naturalmente ou com a ajuda de uma flanela macia. Por fim, use protetores de seio para evitar o atrito da pele com o tecido das roupas, o que pode acabar machucando ainda mais.
Mastite
A mastite é uma infecção das glândulas mamárias, comumente causada pelo acúmulo de leite estagnado nos dutos. Os sintomas são dor intensa no seio, mamas endurecidas, quentes e avermelhadas, mal-estar e até mesmo febre.
Para evitar esse contratempo bastante incômodo durante a amamentação, procure garantir que a mama se esvaziou completamente. Se o bebê não mamou tudo, faça a ordenha manual ou utilize uma bomba tira-leite.
A mesma coisa deve ser feita caso você não possa amamentar o bebê por algum motivo no momento em que o seio se enche de leite: manter aquele leite ali, parado, por muito tempo, é um grande risco para o desenvolvimento da mastite.
Pouco leite
Outra angústia muito comum para grande parte das mulheres que amamentam é a sensação de pouco leite. É importante ter em mente, no entanto, que o peito é fábrica — e não estoque. Isso significa que ele não ficará produzindo e acumulando leite enquanto o neném não mama, e sim, produzirá a quantidade demandada por ele na hora de mamar.
De qualquer forma, é preciso acompanhar com o pediatra o desenvolvimento do neném para descobrir se existe algum sinal de alerta que indique que ele não está mamando o suficiente. Em geral um bebê que faz xixi e cocô com a frequência certa, além de ganhar o peso esperado, é um bebê que está mamando o suficiente.
Vale, ainda, contar com o apoio de um consultor de amamentação para esclarecer suas dúvidas relacionadas ao assunto e avaliar se, por acaso, existe mesmo algum problema do leite.
Quem tem silicone pode amamentar?
Separamos para o final do artigo essa dúvida que é comum a muitas mulheres: quem tem prótese de silicone pode amamentar? E a resposta é SIM.
Quando implantada da maneira correta, a prótese de silicone não compromete nem a produção do leite e nem a sua descida até o bico do peito. É preciso prestar atenção, no entanto, quando a cirurgia realizada envolveu processos de redução de mama, já que esse segundo procedimento pode, sim, interferir na anatomia do seio e na integridade das glândulas mamárias.
Se você está pensando em colocar silicone mas deseja amamentar um dia, não tenha medo! Desde que você escolha uma clínica de confiança e deixe bem claras as suas intenções, a cirurgia pode ser feita com total sucesso sem interferir negativamente em uma amamentação futura.
Para entender ainda mais sobre esse assunto, leia também o nosso artigo sobre prótese de silicone e amamentação.
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