Tipos de olheira: você sabe a diferença? Como tratar?

Você já tentou de tudo: cremes, compressas geladas, produtos com efeito Cinderela, clareadores e… nada! Realmente, nem todos os tipos de olheiras respondem às alternativas de tratamento mais comuns no mercado.

Mas talvez você esteja pensando: “como assim? Tipos de olheiras? Não são todas iguais?” Não, não são e, neste post, você vai descobrir por que tudo o que você tentou até hoje não funcionou.

Que atire a primeira pedra quem nunca acordou com olheiras. E sim, nós todos as detestamos. Afinal, mesmo quando você é jovem, essas marcas ao redor dos olhos nos deixam com a aparência cansada e envelhecida.

Então, prepare-se para descobrir como resolver este problema. Descubra agora mesmo quais desses tipos de olheira prejudicam a sua beleza e como tratá-las.

Quais são os tipos de olheiras?

Nossas características faciais estruturais estão bastante relacionadas à genética e à ancestralidade. Então, a princípio, são características semelhantes às da nossa família.

Porém, elas costumam ir além e estar relacionadas também com os povos dos quais somos descendentes. Assim como africanos tendem a ter um nariz mais largo, árabes e indianos tendem a apresentar olheiras estruturais.

Como tratar as olheiras estruturais?

Por serem causadas por uma depressão na área dos olhos, o melhor tratamento para este tipo de olheira é a redução deste desnível, o que diminui a sombra e o próprio afundamento.

Portanto, um excelente tratamento para a olheira estrutural é o preenchimento com ácido hialurônico.

Vale a pena destacar que, além de reduzir este afundamento, o ácido hialurônico também trata a pele, hidratando-a e estimulando a produção de colágeno.

Outro ponto importante é o reforço à espessura da pele. Com o passar dos anos, a pele tende a ficar cada vez mais fina.

Assim, além de mais suscetível à formação de rugas, ela também fica com os vasos sanguíneos mais visíveis, o que aumenta a coloração da região das olheiras.

O ácido hialurônico desacelera esse processo. Como ele deixa a pele mais espessa, ela não mostra tanto os vasinhos e ainda permanece jovem por muito mais tempo.

Porém, existe um risco no preenchimento com ácido hialurônico. Caso o profissional exagere na quantidade, a pessoa fica com o rosto inchado, como se tivesse acabado de acordar. Este efeito é chamado de pillow face.

Por isso é tão importante buscar profissionais qualificados para realizarem o procedimento. É melhor preencher aos poucos, obtendo um resultado natural, do que exagerar na quantidade.

Entre todos os tipos de olheiras, a estrutural é a que possui o tratamento mais complexo, pois a estrutura facial não mudará ao longo dos anos.

Olheiras pigmentares

As olheiras pigmentares são bem diferentes das anteriores. Afinal, neste caso, o problema ocorre devido a alterações na pele, e não na estrutura facial.

Por alguns motivos, o organismo dessas pessoas desencadeia processos que levam ao acúmulo de pigmento ao redor dos olhos, especialmente na pálpebra inferior. Trata-se de uma hiperpigmentação.

Qual é a causa das olheiras pigmentares?

As olheiras pigmentares (ou melânicas) têm mais de uma causa. Por isso, embora elas possam ser naturais, é importante verificar o motivo de sua ocorrência.

Você entenderá melhor nos tópicos a seguir:

Olheiras pigmentares por causas genéticas

As olheiras pigmentares também estão muito relacionadas à ancestralidade. Portanto, etnias com peles morenas ou pretas tendem a apresentar o problema com maior frequência.

O processo é simples: nosso organismo deposita melanina em nossa pele. É este pigmento que define a nossa cor.

Porém, quando as pessoas têm predisposição genética para esse tipo de olheira, o organismo deposita uma quantidade maior de melanina na região dos olhos.

Vale a pena destacar que as olheiras pigmentares são agravadas pela exposição excessiva ao sol.

Olheiras pigmentares por alterações orgânicas

Nem sempre a olheira é apenas um problema estético. Em alguns casos, ela pode sinalizar também problemas de saúde.

Existem processos inflamatórios que alteram a química do organismo. Diante desse desequilíbrio, os íons de ferro, uma substância presente no sangue, migram para fora dos vasos sanguíneo.

Então, esses íons que saíram nos vasos aderem à pele, deixando-a escurecida. Eles realmente causam uma mancha permanente, que precisa de tratamento para ser eliminada (às vezes, apenas suavizada).

Por isso, se você nunca teve olheiras, mas passou a ter uma hiperpigmentação na área dos olhos, vale a pena procurar um médico.

Se for um problema orgânico, você terá o tratamento para esta condição de saúde. Caso não haja nenhuma doença ou quadro infeccioso, será tratado apenas como um problema estético.

Como tratar as olheiras pigmentares?

Como já vimos, entre todos os tipos de olheiras,  a estrutural é a de tratamento mais complexo. Afinal, até o momento, só existe uma maneira de amenizá-la.

A boa notícia para quem tem olheiras pigmentares é que existem diversas formas de tratamento, desde os cosméticos até os lasers.

Existem muitos cremes e séruns que contribuem para clarear as olheiras pigmentares. A própria vitamina C, presente na rotina de skincare de muitas mulheres, tem esse efeito.

Outros ativos que podem proporcionar um bom resultado são os ácidos kójico, tranexâmico, azelaico, tretinoína e retinol. A niacinamina (vitamina B3) também faz maravilhas para clarear esta região.

O peeling de ácido tioglicólico também é um recurso excelente para o tratamento do tipo de olheira pigmentar. Ele dissolve e solubiliza íons de ferro, proporcionando condições para sua eliminação.

Finalmente, temos a luz pulsada para o tratamento de olheiras pigmentares. Porém, como ela também é importante para eliminar o tipo de olheira vascular, vamos falar sobre ela no tópico seguinte.

Olheiras vasculares

Chegamos ao terceiro tipo de olheira ― a olheira vascular. Ela costuma chamar mais atenção do que a pigmentar, pois deixa a região em volta dos olhos arroxeada.

O que causa o tipo de olheira vascular?

Este tipo de olheira ocorre principalmente quando a circulação sanguínea na pálpebra inferior está prejudicada, o que reduz a oxigenação do sangue nesta região.

Nosso corpo tem um sistema circulatório extremamente complexo. A partir das batidas do coração e com a ajuda de válvulas, o sangue é empurrado e deve circular por todos os tecidos. 

Porém, para chegarem a todos os tecidos, os vasos sanguíneos se tornam cada vez mais finos. Seu diâmetro é tão pequeno que eles são chamados de capilares (finos como um fio de cabelo).   

Às vezes, quando o sangue chega a esses vasos fininhos, não consegue circular na velocidade ideal. Então, ele se acumula, não se renova e a região fica manchada. 

Esse tipo de olheira pode ser arroxeada, azulada ou até mesmo avermelhada. Pode ser permanente ou ocorrer apenas quando a pessoa não tem uma boa noite de sono.

Como tratar o tipo de olheira vascular?

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, existem diversas formas de tratar as olheiras vasculares.

As principais opções são os tratamentos à base de laser e luz intensa pulsada. Compressas geladas também fazem efeito em caso de emergência, embora o resultado dure pouco tempo.

O laser é uma opção bem interessante. A luz emitida por esses aparelhos é atraída pelos pigmentos e, ao atingir a pele, ela os destrói, clareando a região.

Além disso, o laser estimula a produção de colágeno e a renovação do tecido. Desta forma, a pele fica mais firme, espessa e uniforme, o que também evita a formação de rugas.

A luz pulsada é outro recurso excelente para o tratamento de olheiras vasculares. Ela cauteriza os vasos em excesso naquele tecido, e desta forma clareia a região.

Já a carboxiterapia tem efeito contrário. Em vez de cauterizar os vasos e fazer com que desapareçam, ela os dilata, aumenta seu diâmetro, para que o sangue circule com mais facilidade.

Uma pessoa pode ter dois tipos de olheiras?

Não só dois, como os três! A combinação entre os tipos de olheiras, também chamada de olheiras mistas, é mais comum do que imaginamos.

Assim, a pessoa pode ter um olho mais fundo, com pálpebras sombreadas, e também uma circulação de sangue deficitária, que escurece a região.

Observação: o Silicone Center não oferece os procedimentos mencionados no artigo, mas entende que nossas leitoras podem ter interesse no assunto e se beneficiarão com a informação.