Coceiras, irritações, dores ao urinar… sim a infecção genital pode aparecer de diversas formas, impactando gravemente sua qualidade de vida. Este é um problema extremamente comum entre as mulheres, já que a nossa região íntima não é tão visível quanto a dos homens, permanece abafada sob roupas e pode ter algumas alterações anatômicas que favorecem o surgimento de infecções.
As infecções genitais são um problema significativo para muitas mulheres em todo o mundo. Embora seja quase impossível passar pela vida ilesa a esta condição em alguns momentos, existem medidas preventivas capazes de minimizar o risco e proporcionar uma saúde íntima robusta, reduzindo sua incidência.
Neste artigo, você terá uma visão abrangente sobre as práticas para evitar a infecção genital, desde cuidados com a higiene até o alerta sobre possíveis alterações anatômicas. Quer ter mais saúde íntima? Então, confira o conteúdo.
Por que a mulher pode ter uma infecção genital?
Infecções genitais incluem condições causadas por bactérias, fungos e vírus. Esses microorganismos se instalam no tecido da região íntima, causando uma série de sintomas. Algumas das doenças mais comuns são a candidíase, vaginose bacteriana e infecções sexualmente transmissíveis, como HPV e herpes genital.
A candidíase, por exemplo, é uma infecção fúngica comum que ocorre quando há um crescimento excessivo do fungo Candida. Geralmente, isso acontece quando ocorrem alterações no sistema imunológico, o que leva ao desequilíbrio dos fungos presentes na região, o que permite ao crescimento descontrolado de algumas populações. Uso de antibióticos e gravidez estão entre os fatores que favorecem este quadro.
Já a vaginose bacteriana resulta de um desequilíbrio na flora vaginal, ou seja, a população de bactérias nocivas cresce muito, superando a quantidade de bactérias benéficas. Finalmente, as ISTs são contraídas principalmente através de relações sexuais desprotegidas.
Como evitar a infecção genital por meio da higiene?
Manter a área genital limpa é fundamental para prevenir infecções. Porém, a verdade é que muitas mulheres, especialmente no Brasil, exageram nesta limpeza, o que desequilibra a flora bacteriana e favorece a proliferação de fungos.
Infelizmente, o conhecimento da região íntima é cheio de tabus, e muitas meninas não são ensinadas que a vulva tem um cheiro característico. Este cheiro varia, inclusive, ao longo do ciclo menstrual e, quando o organismo está saudável, ele tende a não ser muito forte. O problema é que a maioria das mulheres quer deixar a região “cheirosa”, perfumada.
Esse é um dos fatores que mais prejudica a região da vulva, eliminando secreções e bactérias que a protegem. Então, a lavagem precisa ocorrer com água fria ou morna, mas sem o uso de sabonetes perfumados ou agressivos. Produtos perfumados e inadequados desequilibram o pH vaginal e alteram a flora vaginal, contribuindo para infecções.
Tomar banho todos os dias é essencial e, em um país tropical, esta prática pode ocorrer até mais de uma vez por dia. No entanto, lembre-se: sua vulva precisa de água e de uma higienização bem feita com as próprias mãos, de forma delicada. Esqueça perfumes e buchas, que agridem e causam atrito.
Durante a menstruação, é essencial trocar absorventes ou tampões regularmente para evitar irritação. O uso prolongado pode criar um ambiente propício para o crescimento bacteriano e levar, inclusive, a condições graves de saúde, como a Síndrome do Choque Tóxico, que pode ser fatal.
Como as roupas podem favorecer o surgimento de infecção genital?
Nosso corpo não foi feito para deixar as mucosas abafadas. No entanto, por questões sociais e de civilidade, nós utilizamos peças que podem ter um impacto direto na saúde genital. Tecidos sintéticos podem prender umidade, aumentando a temperatura e favorecendo o ambiente para bactérias e fungos. Priorize roupas íntimas de algodão, que permitem a circulação de ar e absorvem a umidade.
Evitar roupas apertadas ajuda a prevenir irritação e fornece espaço para a pele respirar. Esses cuidados são especialmente importantes em climas quentes ou durante atividades físicas, onde a transpiração aumenta.
Como a nutrição contribui para evitar infecções?
Uma dieta balanceada, rica em nutrientes que promovem a saúde imunológica, é vital na prevenção de infecções genitais. Alimentos ricos em probióticos, como iogurtes e kefir, sustentam uma flora intestinal e vaginal saudável, que é essencial para combater patógenos.
Manter-se hidratada também contribui para a saúde geral do corpo e ajuda a desalojar toxinas que podem contribuir para desequilíbrios bacterianos. Portanto, capriche na água. Isso vai ajudar tanto os seus rins a funcionarem bem quanto a evitar uma infecção genital.
Como a vida sexual pode influenciar na saúde íntima?
A proteção contra ISTs é uma parte essencial do cuidado com a saúde genital. Usando preservativos consistentemente, o risco de transmissão diminui significativamente. Escutar atentamente ao corpo e discutir a saúde sexual com parceiros também é importante para prevenir infecções.
Caso a mulher não tenha um parceiro fixo, é importante ficar ainda mais atenta a esses cuidados e não flexibilizar o uso do preservativo. Testes regulares para ISTs proporcionam uma maneira eficaz de detectar e tratar infecções precocemente, antes que surjam complicações sérias.
Qual é a importância do acompanhamento ginecológico?
Os cuidados para prevenir infecções genitais incluem exames ginecológicos de rotina, que ajudam a detectar alterações e infecções em estágios iniciais. Essas consultas também permitem uma discussão aberta com um profissional sobre quaisquer preocupações ou sintomas desagradáveis.
Os exames de prevenção, como o Papanicolau, são essenciais para monitorar a saúde cervical e detectar precocemente possíveis anormalidades que podem indicar infecções. Esses exames também apontam riscos mais severos e, por isso, precisam ser realizados anualmente ou conforme a orientação do seu médico.
Lembre-se ainda de que, mesmo que os seus exames ginecológicos estejam em dia, você precisa procurar o médico caso note algum sintoma incomum. Não espere a data prevista da consulta chegar caso tenha coceiras, ardência, pruridos, dores, descamações, vermelhidão ou corrimento diferente do normal, principalmente se for malcheiroso.
Você sabia que alterações na vulva podem favorecer infecções genitais?
Geralmente, quando vamos ao ginecologista, ouvimos uma série de perguntas. Entre elas, o médico pergunta: “Sente dor ao urinar?” ou ainda “Sente dores durante a relação sexual?”. Porém, mesmo com esses questionamentos, poucos profissionais alertam as mulheres sobre o fato de que elas podem ter uma alteração anatômica.
Algumas mulheres possuem pequenos lábios com um tamanho alterado, que se projetam além dos grandes lábios. Esta característica cria áreas onde a umidade e o calor se acumulam, favorecendo infecções. Nesses casos, é muito comum que elas enfrentem o problema de forma recorrente, a menos que optem pela ninfoplastia.
A ninfoplastia é uma cirurgia que reduz os pequenos lábios, eliminando o desconforto persistente ou infecções crônicas resultantes dessa anatomia. A cirurgia pode melhorar o conforto diário e reduzir significativamente o risco de infecções, além de proporcionar benefícios estéticos e até mesmo sexuais.
Trata-se de um procedimento rápido, realizado no regime de hospital-dia, que permite que a paciente volte para casa no mesmo dia. Embora seja uma região de grande sensibilidade, o que torna o pós-operatório um pouco desconfortável, a recuperação é rápida. Os benefícios para o bem-estar superam em muito esse breve incômodo temporário.
O que nossas pacientes sempre perguntam sobre a ninfoplastia?
1. O que é ninfoplastia?
A ninfoplastia é uma cirurgia plástica íntima que reduz o tamanho dos pequenos lábios ou corrigir assimetrias. Esta alteração visa conforto e aparência melhorada, mas seu principal foco é o benefício funcional.
2. Quais são os benefícios da ninfoplastia?
Além de questões estéticas, a ninfoplastia pode aliviar desconforto durante atividades físicas, relações sexuais e o uso de roupas apertadas, além de facilitar a higiene, reduzir assaduras e infecções.
3. A ninfoplastia pode ajudar a prevenir infecções genitais?
A ninfoplastia resolve, com bastante eficiência, as infecções causadas devido às questões anatômicas. Ao reduzir os pequenos lábios, ela diminui a acumulação de umidade e calor, o que contribui para um ambiente menos propício ao crescimento de bactérias e fungos.
Porém, a paciente precisa manter ainda cuidados com a higiene e o sistema imunológico fortalecido, pois a fragilidade nesses aspectos também favorece o surgimento de infecções.
4. Quem é a candidata ideal para a ninfoplastia?
Mulheres que experimentam desconforto físico ou têm preocupações estéticas significativas com seus pequenos lábios são candidatas potenciais. Uma avaliação médica adequada é essencial.
5. Qual é o tempo de recuperação da ninfoplastia?
A recuperação geralmente leva de uma a duas semanas, durante as quais a paciente precisa cumprir repouso e seguir as orientações médicas quanto à higienização do local. Também é preciso evitar roupas e até mesmo posições que abafam ou apertam a região íntima.
6. A ninfoplastia é dolorosa?
O procedimento é realizado sob anestesia, mas pode haver um pouco de desconforto durante a recuperação, pois se trata de uma região muito sensível. No entanto, esse incômodo pode ser gerenciado com analgésicos prescritos.
Entender o procedimento e suas implicações ajuda na tomada de decisão informada, garantindo que a cirurgia atenda às expectativas e necessidades individuais.
Compreender essas questões e buscar orientação médica garantem que você esteja capacitada a tomar decisões conscientes sobre a saúde íntima. E como você sabe que as suas amigas podem sofrer com este problema em vários momentos da vida, mande o link do artigo para elas. Assim, elas vão receber um conteúdo importante e você ficará com o link salvo no seu WhatsApp para consultar sempre que desejar.
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