Não existe uma regra geral e perder os cabelos pode ser difícil para pessoas de ambos os sexos. Porém, em grande parte das vezes, a alopecia tem um impacto emocional maior sobre a mulher, pois nosso cabelo é um símbolo de feminilidade através do qual também demonstramos a nossa personalidade.
Por isso, se os fios começam a cair, é natural que fiquemos preocupadas. Se a queda se tornar acentuada, o problema é ainda maior. Quando aparecem áreas inteiras da cabeça descoberta, a autoestima e confiança podem ser profundamente afetadas.
Mas e você, sabe o que é a alopecia, o que causa este problema, como diagnosticá-la e tratá-la? Continue a leitura para saber mais!
O que é alopecia?
A alopecia é uma condição caracterizada pela perda de cabelo em áreas específicas do corpo. Ela costuma ocorrer principalmente no couro cabeludo, mas pode adquirir uma extensão muito maior.
Em alguns pacientes, este problema se manifesta com o surgimento de pequenas áreas de afinamento do cabelo. Este quadro pode evoluir ou não para a perda completa dos fios.
Existem diversos tipos de alopecia, cada um com suas particularidades e causas. Saiba quais são elas:
Alopecia androgenética
A alopecia androgenética também é conhecida como calvície padrão. Trata-se da forma mais comum e afeta tanto homens quanto mulheres, sendo influenciada por fatores genéticos e hormonais.
Alopecia areata
A alopecia areata é uma condição autoimune. Portanto, o sistema imunológico do organismo do paciente ataca os folículos capilares, resultando em áreas circulares de queda de cabelo.
Alopecia totalis e universalis
Ambas são variações mais severas da alopecia areata. A primeira tem como resultado a perda total de cabelo no couro cabeludo e a alopecia universalis causa a queda de pelos em outras partes do corpo, podendo chegar à perda total.
Outros tipos de alopecia
Outros tipos incluem a alopecia cicatricial, que envolve a destruição dos folículos capilares e formação de cicatrizes, e a alopecia traumática, causada por traumas físicos ou tração excessiva dos cabelos.
A compreensão dos diferentes tipos de alopecia é fundamental para determinar qual é o tratamento mais eficaz para cada caso específico.
O que causa alopecia?
A alopecia pode ser causada por uma variedade de fatores, desde herança genética, alterações hormonais, funcionamento inadequado do sistema imunológico e até mesmo questões ambientais. Saiba mais sobre cada um deles:
Fatores genéticos
Os fatores genéticos desempenham um papel significativo na alopecia androgenética, a forma mais comum de calvície. Determinados genes são capazes de afetar a sensibilidade dos folículos capilares aos andrógenos, ou seja, de hormônios sexuais masculinos como a testosterona.
Nos homens, essa sensibilidade gera aquela calvície típica de padrão masculino. Então, ocorre a retração da linha capilar e afinamento dos fios no topo da cabeça.
Já a calvície de padrão feminino é diferente. Ela não provoca essa retração da linha capilar ou o prolongamento da testa. O cabelo começa a se tornar cada vez mais fino e ralo de forma difusa por todo o couro cabeludo.
Fatores hormonais
Os hormônios também têm um impacto profundo na saúde do cabelo. Por isso, as flutuações hormonais podem desencadear ou agravar quadros de alopecia.
Um exemplo é a gravidez, período em que muitas mulheres experimentam um aumento no crescimento do cabelo devido aos altos níveis de estrogênio. No entanto, após o parto, a queda deste hormônio pode levar à perda de cabelo.
Outras condições hormonais, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), também podem causar perda de cabelo devido ao desequilíbrio hormonal.
Fatores imunológicos
Doenças e quadros autoimunes acontecem quando o sistema imunológico age de forma desorientada, atacando células do corpo como se elas fossem invasores ou inimigos. Um exemplo de doença autoimune é o diabetes juvenil (tipo 1), em que as células de defesa atacam as do pâncreas, impedindo que o corpo produza insulina.
No caso da alopecia areata, ocorre um processo semelhante. Porém, o sistema imunológico ataca os folículos capilares. Consequentemente, ocorre queda de cabelo em áreas específicas.
A alopecia areata pode evoluir para alopecia totalis ou universalis. As razões exatas pelas quais o sistema imunológico ataca os folículos capilares não são completamente compreendidas, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais contribuem para o problema.
Fatores ambientais
Os fatores ambientais também são cruciais para a queda de cabelo. Tanto o estresse físico quanto o emocional, quando severos, podem desencadear uma condição chamada eflúvio telógeno, onde um grande número de folículos capilares entra na fase de repouso.
Se os folículos param de produzir cabelo, não há fios para repor os que caem no processo natural de renovação do organismo. O resultado é o afinamento do cabelo e o espaçamento entre os fios. Visualmente, percebe-se que o cabelo está cada vez mais ralo.
Além disso, somos cada vez mais expostos a substâncias químicas nos ambientes onde vivemos. Também podemos estar sujeitos a tratamentos agressivos, uso excessivo de ferramentas de calor e traumas físicos como tração ou fricção repetitiva. Tudo isso pode danificar os folículos capilares e causar alopecia traumática.
Fatores nutricionais
Não poderíamos deixar de destacar os fatores nutricionais. Deficiências em nutrientes essenciais, como ferro, zinco, e vitaminas do complexo B, podem enfraquecer os cabelos e levar à queda. Uma dieta equilibrada é crucial para manter a saúde dos cabelos.
Doenças crônicas, como diabetes e problemas de tireoide, também podem influenciar a saúde capilar, destacando a interconexão entre a saúde geral e dos cabelos.
Quais são os sintomas da alopecia?
Os sintomas variam conforme o tipo de alopecia, mas geralmente incluem perda de cabelo em áreas específicas ou por todo o couro cabeludo.
Na alopecia androgenética, ocorre afinamento gradual e retração da linha capilar. Na alopecia areata, surgem áreas circulares sem cabelo. Alopecia totalis e universalis resultam na perda completa de cabelo no couro cabeludo e corpo, respectivamente.
Alguns pacientes relatam coceira, queimação ou sensibilidade no couro cabeludo antes da queda mas, na maioria das vezes, é a queda de cabelo que os leva ao consultório médico.
Na dúvida, procure sempre orientação profissional e inicie o tratamento o mais rápido possível.
É possível tratar a alopecia?
O tratamento da alopecia varia de acordo com o tipo e a gravidade da condição, bem como as causas subjacentes. Existem várias abordagens terapêuticas que podem ser utilizadas isoladamente ou em combinação para obter melhores resultados.
A indicação de cada uma delas, bem como sua combinação, depende principalmente das causas do problema. Veja as opções a seguir:
Medicamentos
Os medicamentos são frequentemente a primeira linha de tratamento para a alopecia. Dois dos medicamentos mais comuns são o minoxidil e a finasterida.
O minoxidil é um vasodilatador tópico que estimula o crescimento dos cabelos e retarda a queda. É amplamente utilizado no tratamento da alopecia androgenética e pode ser encontrado em concentrações de 2% e 5%. O minoxidil é aplicado diretamente no couro cabeludo e deve ser usado continuamente para manter seus efeitos.
Já a finasterida inibe uma enzima (5-alfa-redutase) que converte a testosterona em di-hidrotestosterona (DHT). Não se preocupe com esses nomes complicados. Basta saber que se trata de um hormônio que contribui para a calvície de padrão masculino.
Diferentemente do minoxidil, a finasterida é tomada oralmente e demonstra eficácia principalmente em homens. Mulheres, especialmente em idade fértil, geralmente não a utilizam ou limitam a dose devido aos potenciais efeitos colaterais.
Terapias tópicas
Atualmente, já existem diversas terapias tópicas para tratar a alopecia. Corticosteróides são frequentemente usados para tratar alopecia areata. Eles ajudam a reduzir a inflamação e a resposta imunológica que ataca os folículos capilares.
Outro tratamento tópico é o uso de imunomoduladores, como o difenciprona (DPCP), que provoca uma leve reação alérgica no couro cabeludo. Desta forma, ele faz as células de defesa desviarem sua atenção para a alergia, deixando de atacar os folículos capilares.
Tratamentos cirúrgicos
Para casos mais avançados ou quando os tratamentos médicos e tópicos não são eficazes, as opções cirúrgicas podem ser consideradas. A cirurgia de transplante capilar é a mais comum, pois o médico implanta folículos capilares saudáveis, removidos de uma área doadora, nas áreas calvas.
Existem duas técnicas principais de transplante capilar: a Transplante de Unidade Folicular (FUT) e a Extração de Unidade Folicular (FUE). A FUT envolve a remoção de uma faixa de pele com folículos capilares, enquanto a FUE envolve a extração individual de folículos.
Você provavelmente já viu muitos homens falarem de implante capilar, mas este também é um tratamento disponível para mulheres. Afinal, se a queda de cabelos impacta sua autoestima, é muito importante solucionar este problema com todos os recursos possíveis.
Terapias complementares
Outras abordagens podem incluir a terapia com luz laser de baixa intensidade, que estimula a atividade celular nos folículos capilares, promovendo o crescimento. Micropigmentação capilar, que cria uma ilusão de cabelos mais densos ao pigmentar o couro cabeludo, também é uma opção para aqueles que desejam melhorar a aparência estética sem intervenção cirúrgica.
Agora você já sabe o que é a alopecia, quais são as suas causas e também as principais alternativas de tratamento. E se você gosta de acompanhar conteúdos assim, que falam de beleza, estética, cirurgia plástica e saúde feminina, siga nossos perfis no Instagram e Facebook. Você vai amar!
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