Você já ouviu a respeito da betaterapia? Se este nome não significa nada para você, não se sinta desinformado. Porém, ela pode ser a salvação de quem sofre com o surgimento de queloides.
Muitas pessoas têm a tendência a desenvolver queloides. Isso faz com que elas tenham receio de realizar procedimentos cirúrgicos, especialmente quando se trata de uma cirurgia plástica.
No entanto, a betaterapia é uma das soluções para solucionar o problema dessas pessoas. Neste artigo, você vai descobrir como esse e outros tratamentos podem ajudar a conquistar uma cicatriz fina e bonita.
Porém, para entender os benefícios da betaterapia, você precisa descobrir por que determinadas cicatrizes se tornam inestéticas. Então, continue a leitura e descubra tudo que você precisa saber sobre esse assunto.
Causas de cicatrizes inestéticas
Em primeiro lugar, uma cicatriz inestética é aquela que apresenta alterações que fazem com que a marca de uma cirurgia (ou de um ferimento) se desenvolva fora de um padrão normal, causando incômodo visual.
Isso pode acontecer por vários motivos. Em alguns casos, o paciente simplesmente não segue as recomendações médicas para o pós-operatório. Ele faz movimentos que causam a abertura de pontos, facilita o surgimento de infecções, usa acessórios não recomendados…
A seguir, vamos falar de algumas dessas causas:
Uso de produtos sem recomendação médica
Existem produtos, acessórios e dispositivos que realmente podem beneficiar a cicatrização. No entanto, eles só podem ser utilizados quando a paciente tem indicação médica.
Um bom exemplo é a paciente que usa fita de silicone sem indicação. Uma amiga conta que teve dificuldades com a cicatrização, usou fita de silicone e o problema foi resolvido. Por isso, ela se questiona “por que o meu médico não me fez usar esta fita?”
Sua cicatrização está ótima, o ritmo está perfeito… mas, ela tem a sensação de que está “perdendo” uma ferramenta incrível para acelerar sua recuperação.
Então, sem recomendação médica, ela entra em um site, compra a fita e começa a usar. De repente, a cicatrização para de evoluir. A ferida não se fecha. Essa situação a torna mais propensa a infecções.
E qual é o problema? A fita de silicone é indicada para pacientes que estão desenvolvendo queloides. Neste caso, o organismo está produzindo mais colágeno do que o necessário, deixando a região da cicatriz do silicone com um volume maior que o normal. A fita serve, justamente, para sinalizar ao organismo que ele precisa reduzir a produção de colágeno.
Quando a paciente com cicatrização normal, que está produzindo colágeno em quantidades adequadas, usa a fita, o efeito é maléfico. O corpo passa a produzir menos colágeno que o necessário, dificultando a cicatrização.
Portanto, essa atitude inconsequente pode fazer com que os tecidos envolvidos sejam danificados, deixando a cicatriz inestética.
Desatenção às orientações médicas
Todas as orientações médicas para o pós-operatório têm um motivo. Quando o médico diz para a paciente permanecer em repouso, não levantar os braços, não dirigir, não fazer exercícios, ele sabe que tudo isso tem impacto na cicatrização.
Porém, quando as mulheres colocam silicone, elas podem subestimar essas orientações. Isso acontece porque elas se sentem tão bem que acreditam que não precisam mais de repouso. Outras se arriscam a tomar sol, por exemplo.
Tudo isso prejudica o processo de cicatrização, causando desde a abertura de pontos até a produção de radicais livres que acentuam e prolongam o processo inflamatório.
Então, não cometa este erro. Siga atentamente as recomendações médicas durante o pós-operatório para reduzir o risco de desenvolver uma cicatriz inestética.
Formação de queloides
O queloide tem um processo de formação diferente das situações anteriores. Sabemos, por exemplo, que a carga genética tem muito impacto na incidência desse problema.
O queloide é um processo de cicatrização alterado, que gera um tecido de formato e tamanho irregulares. Inclusive, ele ultrapassa os limites do corte, tanto lateralmente quanto para cima, formando uma textura em alto relevo.
A causa deste problema, como já adiantamos em parágrafos anteriores, é o excesso de colágeno. É natural que, para recompor os tecidos e cicatrizar, o corpo aumente a produção desta proteína.
Porém, na pessoa com tendência a queloides, esta produção pode ocorrer de maneira excessiva. Como resultado, o corpo forma mais tecido que o necessário para fechar a cicatriz, deixando a aparência de que a cicatriz está “transbordando” a partir do corte inicial.
Este relevo desorganizado, que parece um tecido que borbulhou e se solidificou de forma irregular, forma uma cicatriz bem desagradável. Além do incômodo estético, ela tende a coçar e até mesmo doer.
A pessoa com tendência a queloides pode ter este problema em qualquer lesão que ocorre o seu corpo. Portanto, se ela se arranha, tem acne, faz uma tatuagem ou uma cirurgia, ela pode ter esse problema de cicatrização.
Utilização da betaterapia no tratamento de queloides
A betaterapia não é a única alternativa para ajudar pacientes com queloides. Existem outros tratamentos que também podem contribuir para o controle desta cicatriz. Alguns exemplos são a fita de silicone, as injeções de corticoides etc.
Porém, devido à sua eficácia, a indicação da betaterapia precisa ser considerada caso a paciente comece a apresentar esse tipo de problema de cicatrização.
A betaterapia é feita através de um aparelho que emite radiação. Mas, calma! Trata-se de uma radiação leve, que atinge apenas a área em tratamento e não coloca a paciente em risco.
Quando a paciente realiza a betaterapia, o terapeuta utiliza uma placa metálica radioativa, composta por Estrôncio-90 (Sr-90). Essa placa é colocada em contato direto com a região da incisão.
O técnico marca o tempo em que a pequena placa permanece sobre um trecho da cicatriz e, passado este tempo, ele dá sequência na porção seginte e assim por diante.
A pessoa não sente nada durante a aplicação da radiação. Porém, essa radiação reduz o depósito de colágeno, retificando a pele e tornando a região da cicatriz mais plana.
Geralmente, a sessão de betaterapia dura cerca de 40 minutos. Se a paciente já sabe que tem tendência a queloides, o médico costuma orientá-la a iniciar o tratamento rapidamente, em um período que varia entre 24 e 48 horas após a cirurgia.
Algumas pacientes conseguem solucionar o problema em apenas 4 sessões. Outras vezes, ela pode precisar 10 ou mais. Isso dependerá muito de seu quadro.
Eficácia da betaterapia no tratamento de queloides
A betaterapia tem um nível de eficácia muito alto no tratamento de queloides. Pacientes que realizaram este tratamento, costumam ter recidivas (novo crescimento de queloides) em apenas 10 a 30% dos casos.
Esse é um prognóstico excelente, considerando o fato de que outro tratamento, a injeção de corticoides, costuma ter recidiva em cerca de 50% dos casos.
Tratamentos aliados à betaterapia
A boa notícia é que, para aumentar a eficácia no tratamento de queloides, o médico pode orientá-la a combinar terapias. Atualmente, as mais utilizadas são:
Fita ou bandagem de silicone em conjunto com a betaterapia
É natural que as bordas de lesões, como as incisões de uma cirurgia, percam água e se tornem mais ressecadas. Quando isso acontece, o organismo recebe o sinal de que precisa resolver este problema produzindo mais colágeno, que retém água e evita o ressecamento.
O problema é que, diante deste sinal, existem organismos que produzem uma quantidade exagerada de colágeno. Então, para que isso não aconteça, é preciso garantir que a incisão não fique ressecada.
A fita de silicone tem esta função. Ela fecha completamente a cicatriz, impedindo que os tecidos da borda percam água. Desta forma, ela reduz a produção de colágeno. Mas, lembre-se: isso só é benéfico para quem produz colágeno em excesso.
Se a sua cicatrização está normal, jamais use a fita de silicone, pois isso dificultará o fechamento da incisão. Retorne ao médico para as consultas de acompanhamento e, se for necessário, ele mesmo indicará a necessidade de uso da fita.
Como já mencionamos, o médico pode aliar os dois procedimentos: recomendar o uso da fita de silicone e também sessões de betaterapia.
Aplicação de corticoide e betaterapia
É natural que, após a cirurgia, o corpo inicie um processo inflamatório. Um dos resultados deste processo é justamente sinalizar ao corpo a necessidade de aumentar a produção de colágeno.
Portanto, se a paciente está desenvolvendo queloides (ou já demonstrou esta tendência em outras cirurgias), o médico pode recomendar a aplicação de injeções de corticoide.
Como o corticoide reduz a reação inflamatória do organismo, ele limita a produção de colágeno, fazendo com que a pele disponibilize apenas a quantidade necessária para uma cicatrização segura.
Por esse motivo, aliado à betaterapia, o corticoide é um dos melhores tratamentos para evitar a formação de queloides ou revertê-los.
Crioterapia aliada à betaterapia
Embora nem sempre seja lembrada quando se fala em queloides, a crioterapia também tem sido cada vez mais utilizada para combater este problema. No entanto, sua indicação costuma ser feita apenas para o tratamento de cicatrizes pequenas.
Neste procedimento, a paciente recebe uma aplicação de nitrogênio líquido em uma temperatura extremamente baixa na área da cicatriz. O congelamento faz com que as células daquela região morram.
Nos dias seguintes, o corpo simplesmente elimina essas células mortas, o que reduz o relevo da cicatriz.
Agora você não só sabe o que é betaterapia, mas também quais são os outros procedimentos utilizados para combater os queloides.
Mesmo que você tenha tendência a queloides, não precisa ter medo de ficar com uma cicatriz inestética! Marque agora mesmo a sua consulta com os especialistas do Silicone Center e eles farão todo o acompanhamento para que você tenha não só uma cirurgia tranquila, mas uma ótima recuperação. Agende já!
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