Por serem reconhecidos como um forte símbolo de feminilidade, os seios costumam ser uma parte do corpo que causa bastante impacto na autoestima da mulher. Também por isso, é muito comum encontrar quem tenha o desejo de modificar seu tamanho ou formato.
Mas vale, primeiro, entender a anatomia da mama para saber exatamente qual é a sua composição e o que acontece ali dentro. Se você quer saber mais sobre esse assunto, siga a leitura deste artigo.
Anatomia da mama feminina: estruturas externas
Por serem visíveis, as estruturas externas do seio são bastante conhecidas. De qualquer forma, vale explicar rapidamente sobre cada parte dela:
Mamilos
Localizados bem no centro da aréola, os mamilos femininos têm cerca de 0,7 centímetros de diâmetro. Uma de suas funções é permitir a amamentação do bebê, e o processo funciona da seguinte maneira: o estímulo da sucção abre os ductos, permitindo a saída do leite.
Os mamilos são, também, uma importante zona erógena para algumas mulheres: a área, quando estimulada, pode causar excitação sexual e prazer.
- Leia também: Os diferentes tipos de mamilos
Aréola
A aréola é o círculo de pele em cor mais escura, ao redor dos mamilos. A estrutura desse tecido é igual à do restante da pele: há nela presença de glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e folículos pilosos que formam os pelos.
Durante a gestação, as glândulas sebáceas são responsáveis por produzir e secretar na região um líquido oleoso que tem a função de lubrificar a aréola e o mamilo, com o objetivo de evitar as rachaduras que podem ser causadas no local pela sucção do bebê.
Ainda, por ser mais escura e ter textura diferente do resto da pele, a aréola facilita ao bebê, especialmente quando recém-nascido, que encontre o mamilo e se posicione corretamente para a amamentação.
Pele
A pele não é uma estrutura exclusiva dos seios, e sim um órgão que cobre todo o nosso corpo. De qualquer forma, ela precisa ser citada, afinal, é responsável por proteger as mamas contra a entrada de bactérias e outros microorganismos.
Além disso, a pele tem tudo a ver com o aspecto dos seios, já que é responsável pela sua sustentação, por meio das fibras de colágeno e elastina.
É por isso, inclusive, que quem deseja passar por uma mamoplastia de aumento para ter seios mais bonitos precisa redobrar os cuidados com a hidratação do local para evitar, por exemplo, a formação de estrias devido ao estiramento da pele.
Anatomia da mama feminina: estruturas internas
Você pôde ver acima que a parte externa das mamas é ligeiramente simples, com apenas três partes. Mas dentro dos seios encontramos um verdadeiro microcosmo de glândulas e estruturas, com funções bastante específicas. Entenda mais sobre cada uma delas:
Glândula mamária
Para falar da estrutura interna dos seios é preciso lembrar que, apesar da evolução da espécie ao longo dos séculos, nós seres humanos não deixamos de ser animais mamíferos. Portanto, a principal função das mamas se traduzem por meio das glândulas mamárias, responsáveis pela alimentação do bebê.
Ela, inclusive, é formada por outras estruturas menores:
Lobo e lóbulos
As glândulas mamárias são formadas por lobos, que são pequenas estruturas parecidas com uma pequena bexiga ou uma amora. Sua função é produzir o leite, e existem centenas deles em cada mama.
Os lobos se organizam de forma circular em torno do centro da glândula mamária e são, por sua vez, formados pelos lóbulos, que são espécies de pequenos sacos. Sempre que os hormônios determinam que chegou a hora de o corpo da mulher produzir leite, as células que ficam dentro dos alvéolos secretam esse alimento.
Ductos (ou dutos)
Não faria sentido que os lobos produzissem o leite se eles ficassem armazenados ali e o bebê não tivesse acesso, certo? Por isso, as glândulas mamárias contam também com estruturas chamadas de ductos, que se parecem com pequenos canos e tem o objetivo de levar o leite até os mamilos.
Cada lobo conta com seus próprios ductos finos, que se encontram, então, formando os ductos calibrosos. Esses, por sua vez, se juntam para formar os ductos lactíferos que levam o leite até a superfície da pele, no mamilo.
Ampolas
Uma frase comumente dita quando o assunto é amamentação é “o peito não é estoque, é fábrica”, e ela é verdadeira. O objetivo das glândulas mamárias é produzir leite, e não armazená-lo indefinidamente, e por isso, o alimento é produzido a partir da estimulação da sucção do bebê — de forma que a produção se adapte ao ritmo das mamadas.
Mesmo assim, existe uma pequena necessidade de estoque para que o leite que está sendo produzido fique armazenado até o momento do bebê mamar — e é aí que entram as ampolas, também conhecidas como seio lactífero.
Extensões do ducto lactífero, as ampolas são partes alargadas que ficam atrás da aréola, para possibilitar um pequeno armazenamento de leite. Mulheres em período de amamentação conseguem perceber facilmente o quanto elas se enchem durante a produção e são esvaziadas ao longo da mamada do bebê.
Gordura
Agora que você já conhece todas as estruturas que estão por trás da produção de leite, chegou a hora de entender os outros componentes que fazem parte da anatomia das mamas femininas.
Assim como em diversas outras partes do corpo, a gordura também está presente nos seios, representando parte de seu volume e envolvendo os lobos das glândulas mamárias, preenchendo os espaços entre eles.
As células de gordura dos seios tendem a aumentar com o passar dos anos, e esse é um dos fatores responsáveis pela perda da consistência da mama com o avançar da idade. A partir dos 30 anos o tecido glandular já começa a diminuir, dando espaço para cada vez mais gordura.
É por isso, inclusive, que antes dos 35 anos a mamografia não é recomendada para identificação de câncer de mama: porque o excesso de tecido glandular torna a região muito densa e dificulta a visualização de um possível nódulo.
Estroma
O estroma é um tecido conjuntivo que também faz parte da anatomia da mama e ajuda em sua sustentação. É formado por uma substância viscosa, fibras e células, o que origina a combinação perfeita para segurar os seios.
Músculos
Atrás de tudo isso, entre os seios propriamente ditos e as costelas, ficam localizados os músculos peitorais, que têm funções como:
- participam da movimentação dos braços;
- ajudam a estabilizar os ombros;
- quando fortalecidos, podem melhorar a postura e até mesmo a aparência dos seios.
Sistemas circulatório e linfático
Por fim, como em todo o resto do organismo, as células da mama também precisam de oxigênio, nutrientes e de realizar a eliminação do “lixo” gerado, o que é realizado por meio de uma rede de vasos sanguíneos e linfáticos que passam por ali.
Onde fica a prótese de silicone?
Agora que você já entendeu a anatomia da mama, se tem o desejo de aumentar os seios com uma prótese de silicone, provavelmente está se perguntando onde, afinal, no meio de tudo isso, fica o implante.
A resposta é: depende. O silicone pode ser posicionado nos seios entre os músculos e as glândulas mamárias, no que chamamos de posição subglandular, ou, ainda, atrás dos músculos, de maneira submuscular.
Na imagem abaixo, confira o esquema de uma prótese de silicone na posição subglandular:
Existe, ainda, uma técnica chamada dual plane, na qual parte do implante se localiza atrás do músculo e parte não. Essas questões devem ser devidamente discutidas com o médico especialista, porque implicam em diferentes resultados e cuidados pós-operatórios.
É importante ter em mente, no entanto, que a mamoplastia de aumento (quando realizada por profissionais especializados em clínicas de referência) não causa qualquer prejuízo à estrutura do seio e, consequentemente, não traz dificuldades na amamentação. Portanto, mulheres que têm o sonho de colocar silicone mesmo que no futuro queiram amamentar, podem fazer isso com tranquilidade.
Quer entender mais sobre essa cirurgia? Então aproveite para ler também o nosso artigo sobre cuidados com a prótese de silicone: antes e depois e tire todas as suas principais dúvidas sobre o assunto.
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