Sabe quando você coloca uma roupa que achou linda na vitrine (ou no corpo de alguém) e, ao se olhar no espelho, não se reconhece? Ela não caiu bem, parece não combinar com seu estilo, você se sente apertada ou, ao contrário, desleixada… A explicação pode estar no Método Kibbe.
Se você ainda não ouviu a respeito dele, continue aqui no post. Trata-se de uma abordagem muito interessante para proporcionar harmonia e, desta forma, destacar a sua beleza.
Então, prepare-se para revolucionar seu conhecimento sobre imagem pessoal e, talvez, o seu guarda-roupas.
O que é o Método Kibbe?
Este método ou sistema foi idealizado, estudado, publicado e divulgado pelo estilista e consultor de imagem americano David Kibbe.
Ao atender suas clientes, ele percebeu que o formato do corpo, considerando a classificação tradicional (triângulo, triângulo invertido, retangular, oval, ampulheta), bem como a escolha de um dos estilos universais, nem sempre eram suficientes para produzir a harmonia perfeita.
Ele começou a observar que, na verdade, as características que nos distinguem vão muito além das proporções físicas. Elas envolvem o tipo de estrutura óssea, maciez ou rigidez da massa corporal, traços do rosto e até mesmo textura da pele e personalidade.
Analisando todos esses elementos, David Kibbe conseguiu agrupar as pessoas em 13 categorias diferentes. Cada uma delas recebeu um nome, que passou a ser conhecido como identidade corporal ou ID de imagem.
David Kibbe defende uma ideia que, para nós, na cirurgia plástica, já é amplamente aceita — a de que a beleza surge quando há harmonia, uma repetição de características pessoais na roupa, na maquiagem, no cabelo…
Portanto, David Kibbe transita no universo do estilo na contramão de muitas outras teorias e especialistas. Ele diz que nosso papel não é disfarçar pontos negativos e destacar os positivos, mas sim abraçar nossa arquitetura corporal com roupas que a favorecem, repetindo suas características.
Não se trata de descobrir como se encaixar em padrões de beleza convencionais, mas entender o que valoriza suas características únicas para replicá-las em roupas, acessórios e penteados, revelando uma beleza natural.
Como é a classificação no Método Kibbe?
O Método Kibbe classifica os tipos de corpos em 5 famílias principais. Por sua vez, essas famílias também têm suas subdivisões, que nos fazem chegar a 13 grupos distintos.
Cada categoria tem recomendações específicas de estilo. Elas vão desde as linhas de roupas, tecidos, padrões, acessórios e maquiagens, todas pensadas para harmonizar e complementar as características individuais de uma pessoa.
Antes de continuarmos, precisamos destacar ainda que o Método Kibbe não se aplica apenas a mulheres. Homens também se enquadram em cada uma dessas categorias e podem se beneficiar com a escolha de roupas e cortes de cabelo mais adequados.
Conheça, agora, cada uma dessas famílias:
Família Dramática
Pessoas da família Dramática possuem uma linha vertical alongada, estrutura óssea proeminente, longa e angular, com uma aparência geral marcante, pontiaguda e sofisticada.
Essas linhas retas, pontiagudas são vistas em vários traços: nariz, queixo, ombros, corpo com tendência a ser bem estreito etc. Alguns exemplos de Dramáticas Puras são a modelo Giselle Bündchen e a atriz britânica Keira Knightley.
Existe ainda uma subdivisão na família das dramáticas, que são as Dramáticas Suaves. Neste caso, elas também possuem uma linha vertical longada e afiada, porém com mais maciez e curvas que a Dramática Pura. Um bom exemplo de Dramática Suave é a atriz Sofia Vergara.
Ao se vestirem, os dramáticos se beneficiam de linhas retas e limpas, tecidos estruturados e uma silhueta que enfatiza a verticalidade, a angularidade, como acontece com os ternos masculinos, blazes femininos, calças e vestidos alongados. Não se beneficiam com roupas cheias de detalhes, rendas e bordados.
Família Natural
O tipo Natural é o que predomina no Brasil. Pessoas deste grupo são caracterizadas por sua aparência descomplicada e estrutura óssea mais larga e robusta, com carnes ainda rígidas e com tendência a formar músculos, mas com uma leve maciez.
No Método Kibbe, esta família se divide em 3 subtipos: Natural Flamboyant (ou Natural Extravagante), Natural Puro e Natural Suave. Variações sutis diferenciam as pessoas de cada um desses subtipos.
Alguns exemplos de Natural Flamboyant são as atrizes Jennifer Lawrence e Grazi Massafera. Elas possuem uma linha vertical alongada, massa corporal firme, terminações em forma de bastonete ou levemente pontiagudas.
Já as Naturais Puras não possuem uma linha vertical tão alongada. Se caracterizam por uma massa corporal atlética e robusta. Ao aumentarem seu peso, tendem a ficar com o corpo mais reto, e não curvilíneo e macio. Temos como exemplos a cantora Lana del Rey, a atriz Jennifer Aniston e Meghan Markle.
Encerrando a Família Natural, temos as Naturais Suaves. Elas tendem a ser menores ou com a linha vertical não alongada, estrutura óssea um pouco robusta. Sua massa corporal pode ser classificada entre o atlético e o macio.
Segundo o Método Kibbe, toda a família Natural exala uma vibe casual. Portanto, nas roupas e acessórios, ela harmoniza muito bem com estilos que apresentam linhas suaves, tecidos fluidos, modelagens próximas ao corpo, mas não justas.
Família Clássica
O tipo Clássico é definido por sua simetria e proporção equilibrada, representando o ideal de harmonia e refinamento. Por isso, quando falamos em algo clássico, é uma forma que reflete equilíbrio e elegância atemporal.
A pessoa Dramática Clássica incorpora uma leve angularidade a essa harmonia. É um grupo bem representado pela atriz Zoe Saldaña.
A Clássica Pura fica exatamente entre os dois extremos, representando o total equilíbrio. Um exemplo igualmente clássico é o da atriz Grace Kelly. Na atualidade, temos também Mélanie Laurent.
Finalmente, o Clássico Suave introduz uma suavidade e uma feminilidade sutil, mantendo o equilíbrio, mas com um pouco mais de maciez corporal. As atrizes Dakota Johnson, Lupita Nyong’o e Marina Ruy Barbosa representam bem esta classe.
No Método Kibbe, as palavras que definem a harmonia da família Clássica — e, portanto, realçam sua beleza — são moderação e equilíbrio. Elas se valorizam com tecidos leves, mas com alguma estrutura. Formas suavemente curvas e ornamentos suaves completam uma imagem coerente.
Família Gamine
Pessoas da família Gamine possuem uma mistura única de traços yin e yang, ou seja, de caracteristicas femininas e masculinas. O resultando é em uma aparência jovial e, às vezes, andrógina. Aliás, a palavra gamine, traduzida do francês, significa criança / garota.
O rosto das gamines tende a ser bastante típico, com olhos grandes e chamativos, geralmente arredondados, que criam uma imagem mais infantil. À primeira vista, é uma das identidades mais fáceis de reconhecer.
Outra característica importante das gamines é que elas tendem a ser mais baixas (característica essencialmente feminina), mas com ossos e estrutura afiados (características essencialmente masculina).
A família Gamine também se subdivide. As Gamines Flamboyant têm a linha mais alongada, mas ainda assim, não costumam ser altas. Algumas de suas características são bem destacadas. Audrey Hepburn era uma Gamine Extravagante. Hoje, um bom exemplo é Lily Collins.
Já as Gamines Puras tendem a ser ainda menores, geralmente consideradas “petites” e com um toquezinho um pouco maior de maciez e feminilidade. A cantora Manu Gavassi e a atriz francesa Audrey Tautou são alguns exemplos.
Finalmente, temos as Gamines Suaves, com uma maciez bem visível e que costuma aparecer nas bochechas, quadris, seios e boca, como acontece com Larissa Manoela e Florence Pugh.
Eles brilham em estilos que misturam elementos femininos e masculinos. Como têm uma linha vertical curta, elas desaparecem em roupas muito largas e desestruturadas.
Gamines podem brincar com peças ajustadas, cortes horizontais na silhueta, cores e texturas diferentes. Devido às características masculinas, harmonizam com definição — nada de tecidos muito fluidos ou formas soltas.
Família Romântica
Finalmente, chegamos à família Romântica, que se destaca por formas suaves e curvilíneas, com uma essência feminina e sensual. Eles se harmonizam com estilos que abraçam e realçam suas curvas naturais.
Elas se subdividem em dois grupos. As Românticas Teatrais são baixas, com uma linha vertical encurtada. Embora sejam curvilíneas e com massa corporal macia, elas possuem alguns pontos com maior angularidade e definição, como nos ombros, dedos, queixo, joelhos etc.
Vale a pena destacar que, neste caso, a angularidade é suave. Não é uma estrutura pontiaguda como nas dramáticas ou nas gamines. Um exemplo é a atriz Mila Kunis.
No extremo desta escala, temos as Românticas Puras. Elas revelam o ápice da suavidade e feminilidade, com ossos curtos, estatura baixa, pés e mãos pequenos, linhas fluidas e detalhes delicados, como acontece com a Kate Winslet e com a Drew Barrymore.
A beleza da família Romântica é extremamente valorizada com tecidos bem leves, marcação na cintura e ornamentação, especialmente em torno do rosto. Ficam muito bem em roupas justas, que marcam o corpo, embora nem sempre se sintam confortáveis para usar um estilo mais sensual.
Como aplicar o Método Kibbe?
É importante destacar que cada família do Método Kibbe oferece uma abordagem única para o estilo, permitindo que indivíduos de diferentes tipos corporais encontrem a expressão de moda que verdadeiramente ressoa com sua identidade pessoal.
Portanto, uma pessoa pode escolher qual estilo ela usará — elegante, tradicional, casual, criativo, romântico, sensual. Porém, ela tem a possibilidade de adaptar esse estilo às recomendações adequadas para sua identidade corporal, o que valorizará ainda mais a sua beleza.
Embora seguindo linhas de estudo completamente diferentes, os cirurgiões plásticos já aplicam conceitos semelhantes ao Método Kibbe há muito tempo. Eles buscam a proporcionalidade e a harmonia. Por isso, costumam adaptar perfis e volumes de próteses, por exemplo, considerando o biotipo de cada paciente.
Assim, quando se trata de uma paciente extremamente magra, com poucas curvas, ele possivelmente não indicará uma prótese grande, desproporcional ao corpo. Ele a orientará a utilizar um perfil mais discreto, preservando a harmonia.
Já uma paciente mais voluptuosa e cheia de curvas pode, sim, ter seios fartos, com colo bem marcado e obter uma silhueta proporcional. Mesmo sem conhecer o Método Kibbe, os princípios da harmonia são os mesmos e respeitam o biotipo de cada mulher.
O mesmo se aplica a outras cirurgias plásticas e procedimentos estéticos. Um profissional qualificado orienta seus pacientes, desde o pré-operatório, mostrando que o resultado é condicionado a diversos fatores, inclusive características étnicas.
O que importa é que, quanto mais você conhece o seu corpo, mediante abordagens distintas, mais você consegue tomar decisões corretas, seja ao se vestir ou optar por um procedimento estético.
Gostou do post? Já conhecia o Método Kibbe e conseguiu ter uma ideia de qual é o seu tipo de corpo? Quer ver outros conteúdos como esse, que falam de beleza, estética, saúde e muitos outros temas que nós amamos? Então, siga nossos perfis no Instagram e Facebook para não perder nenhuma novidade!
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