Enquanto algumas mulheres sonham em aumentar os seios, outras sofrem, de fato, com o problema contrário. Dores, assaduras e limitações funcionais são apenas alguns dos transtornos causados pela hipertrofia mamária.
E você, sabe o que é hipertrofia mamária? Quer saber como solucionar este problema? Então, continue a leitura!
O que é a hipertrofia mamária?
A hipertrofia mamária é uma condição médica caracterizada pelo crescimento excessivo do tecido mamário. Portanto, a mulher desenvolve seios anormalmente grandes.
Porém, não se trata de um aumento dos seios relacionado ao ganho de peso, ao acúmulo de gordura corporal. A hipertrofia é uma condição específica das mamas, que as torna completamente desproporcionais em relação ao corpo.
A hipertrofia pode ocorrer em ambas as mamas. Porém, em alguns casos, leva apenas uma delas ao crescimento anormal. Neste caso, além dos problemas relacionados ao tamanho, a paciente tem também uma assimetria muito visível.
Geralmente, a paciente relata que suas mamas cresceram de forma exagerada desde a puberdade. Porém, o problema também pode surgir em outras fases da vida.
Quais são as causas da hipertrofia mamária?
Como se trata de uma condição que costuma aparecer na adolescência, muitas pessoas acreditam que a hipertrofia mamária ocorre meramente por causa genética, ou seja, a pessoa nasce com genes programados para gerar esse crescimento anormal dos seios.
No entanto, não é exatamente assim. A predisposição genética desempenha, sim, um papel significativo no surgimento da hipertrofia mamária, tanto que ela é mais provável quando existe um histórico de seios muito grandes na família.
Porém, além da genética, alterações nos níveis hormonais, determinados medicamentos e distúrbios endócrinos, além de ovários policísticos e hipotireoidismo contribuem para desencadear ou agravar o quadro.
Entre os medicamentos, vale a pena destacar que o quadro pode ser desencadeado ou agravado por uso de antidepressivos, bloqueadores de receptores de andrógenos e anti-hipertensivos. Portanto, o uso de alguns desses remédios pela população é bastante comum.
Além deles, outras substâncias podem desencadear o problema. Drogas recreativas, como a maconha, estão entre elas. Também podemos destacar o uso de esteroides anabolizantes.
Como a hipertrofia mamária impacta na qualidade de vida da paciente?
Se você tem seios pequenos, talvez só consiga pensar nos aspectos positivos de ser mamas grandes e fartas. Provavelmente, até sonha em aumentar as suas.
Porém, ter seios grandes é diferente de apresentar hipertrofia mamária, uma condição em que o tamanho dos seios é realmente exagerado, anormal e desproporcional.
A maioria das pessoas já se sente desconfortável quando os seios (ou outras partes do corpo) são desproporcionais. No entanto, no caso da hipertrofia, o incômodo vai muito além da estética.
Esses incômodos serão mais ou menos graves de acordo com os níveis desta condição, que você conhecerá a seguir:
Hipertrofia mamária leve (grau I)
Neste quadro, a mulher apresenta mamas maiores que a média. No entanto, ela geralmente não busca tratamento, porque o volume não chega a causar incômodo físico, psicológico ou limitações para o seu dia a dia.
Hipertrofia mamária moderada (grau II)
A hipertrofia moderada já começa a causar alguns incômodos, mas sem que se sintam limitadas em suas tarefas. No entanto, o excesso de volume gera dores na coluna, ombros e pescoço, além da pressão das alças do sutiã.
Neste grau, a paciente pode começar a ter problemas para realizar algumas tarefas simples. Passar roupa e lavar louça são apenas algumas das tarefas que exigem muito da coluna, o que acaba tensionando músculos e gerando um grande desconforto.
Hipertrofia mamária grande (grau III)
Neste grau, as mamas são consideradas realmente muito grandes. Portanto, além de sentir dores de intensidade ainda maior nas regiões que comentamos no tópico anterior, os seios se tornam mais caídos, tendem a apresentar estrias e assaduras frequentes.
Ainda neste grau de hipertrofia mamária, os seios podem chegar até próximo do umbigo. Consequentemente, toda a pele da mama e do abdômen que ficam em contato podem ter assaduras, sofrer infecções e assim por diante.
Gigantomastia (grau IV)
No grau máximo de hipertrofia, os sintomas e dores se tornam ainda mais intensos. Ao longo do tempo, a coluna da paciente sofre danos sérios, como hérnia de disco ou cifose (corcunda).
A mulher que convive com este quadro tem sérias limitações em seu dia a dia. Roupas que vestem bem a parte superior do corpo são escassas, ela tem dificuldade para realizar vários movimentos e praticar exercícios, o que acaba levando a outros problemas de saúde.
Esta condição também costuma causar um impacto negativo à vida social. A insatisfação com a própria imagem, agravada pelas dores constantes, reduz a autoestima e pode ajudar a desencadear a depressão.
Elas também relatam assaduras frequentes entre as mamas, abaixo delas e no contato da lateral do seio com o braço. Portanto, a pele dessas regiões fica dolorida e ferida, o que permite a entrada de bactérias e a infecção dos tecidos.
Portanto, como você pode ver, o tratamento da hipertrofia mamária não é uma questão apenas estética. Trata-se de uma necessidade que visa melhorar o bem-estar e a qualidade de vida da mulher.
Vale a pena destacar, ainda, que a obesidade não causa a hipertrofia mamária. A obesidade aumenta o volume das células de gordura de todo o corpo, incluindo os seios. A hipertrofia causa o aumento das células do tecido mamário, que é diferente.
No entanto, a obesidade pode agravar os transtornos causados pela hipertrofia, ou seja, sua exacerbação. Manter um peso equilibrado é sempre o ideal para a saúde, em todos os sentidos.
Porém, não podemos negar que, para uma mulher com hipertrofia mamária, pode ser difícil manter o peso adequado, pois o tamanho dos seios dificulta bastante a prática de atividade física.
Como tratar a hipertrofia mamária?
O tratamento da hipertrofia mamária envolve a realização de uma cirurgia plástica para retirar o tecido em excesso. No entanto, antes mesmo deste procedimento, é preciso investigar profundamente as causas e, se possível, eliminá-las.
Isso ocorre porque, em alguns casos, o fator que levou ao crescimento do tecido mamário pode continuar atuando no corpo da paciente e promovendo o aumento dos seios. Um exemplo é o distúrbio hormonal.
Portanto, nesses casos, o primeiro passo é corrigir este distúrbio, solucionar a causa desta alteração, para que os seios não voltem a aumentar após a cirurgia plástica.
No entanto, em muitos casos, os médicos relatam que a hipertrofia mamária é idiopática. Isso significa que ela surge sem uma causa identificável. Assim, à medida que o profissional retira o excesso de tecido, o problema está solucionado.
Como é a cirurgia para reduzir as mamas?
A mamoplastia redutora é a cirurgia plástica indicada para corrigir a hipertrofia mamária. Este procedimento não apenas reduz o tamanho e o peso dos seios, mas também visa melhorar a sua forma e posição.
Após a mamoplastia redutora, a paciente finalmente tem o alívio de sintomas físicos e psicológicos associados a seios excessivamente grandes. Vamos explicar cada detalhe deste procedimento:
Como é feita a mamoplastia redutora?
Após uma criteriosa avaliação médica e exames pré-operatórios, o cirurgião marca a mamoplastia redutora. Ela deve ser feita em ambiente hospitalar para garantir a segurança da paciente.
Geralmente, o médico utiliza anestesia geral durante a redução das mamas. Ele inicia o procedimento fazendo incisões nos seios. O padrão da incisão varia dependendo do tamanho e forma dos seios, bem como da quantidade de redução desejada.
A técnica mais frequente, especialmente nos casos de mamas muito grandes, inclui a incisão em forma de “T” invertido, que circunda a aréola, desce verticalmente até a base do seio e segue a curvatura da dobra mamária.
Após fazer as incisões, o cirurgião remove o excesso de tecido mamário, gordura e pele. Em alguns casos, ele inclui a lipoaspiração para remover o excesso de gordura das áreas adjacentes.
Assim que o médico remove o tecido mamário e remodela os seios, ele fecha as incisões com suturas. Isso não apenas reduz o tamanho das mamas, mas também melhora sua forma e elevação.
O cirurgião calcula a quantidade de tecido que precisa retirar para que os seios se tornem proporcionais ao resto do corpo da paciente, aliviando os desconfortos físicos que já mencionamos e melhorando a autoestima da mulher.
Como é o pós-operatório?
O pós-operatório da mamoplastia redutora é bem mais complexo do que o da cirurgia para colocar silicone. Afinal, na redução mamária o médico faz várias incisões, retira tecidos e remodela os seios. Ocorre um extenso processo de cicatrização, tanto internamente quanto externamente.
Após a cirurgia, é comum haver inchaço e hematomas. Esses incômodos são reduzidos gradualmente, especialmente quando a paciente segue as recomendações médicas, cumpre o repouso e usa o sutiã pós-cirúrgico.
As cicatrizes serão permanentes, embora melhorem ao longo do tempo. Com o cuidado adequado, a pele se torna muito semelhante à de seu entorno, tanto na cor quanto na textura.
A recuperação completa pode levar várias semanas, período em que as pacientes devem evitar esforço físico. Elas podem e devem caminhar dentro de casa, levantar os braços após duas ou três semanas, mas sem exageros.
Os seios continuarão desinchando ao longo de alguns meses, mas chegam a um resultado bem próximo do final cerca de 60 dias após o procedimento.
Agora você já sabe o que é a hipertrofia mamária, o que ela causa na vida das pacientes e como corrigir o problema. Gostou do post? Acredita que ele pode ajudar alguma amiga que sofre com seios grandes demais? Então, envie o link para ela e aproveite também para seguir nossos perfis no Instagram e Facebook.
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