Redução com silicone: como é possível?

Sim, nós sabemos que a redução com silicone parece muito contraditória. Afinal, por que alguém colocaria prótese nos seios se o seu objetivo com a cirurgia plástica é diminuí-los?

O que parece um raciocínio simples é, na verdade, um engano. Não basta reduzir os seios. É preciso deixá-los firmes, em um tamanho proporcional ao corpo e bem modelados, não é mesmo?

Por isso, a mamoplastia redutora com prótese — também chamada de redução com silicone — é uma cirurgia plástica indispensável para atender às necessidades de muitas pacientes.

Fique aqui no post para saber mais sobre este assunto!

Índice

O que é a redução com silicone?

A redução com silicone é uma das cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil. Afinal, existem mulheres que gostariam de diminuir o tamanho dos seios, mas, ao mesmo tempo, não possuem tecido mamário suficiente para realizar o procedimento sem a prótese.

Então, o cirurgião, além de retirar excessos de pele, glândula mamária e gordura, coloca uma prótese de silicone na paciente. Ela tem o objetivo de modelar os seios e dar a eles um tamanho proporcional ao corpo.

Entre as pacientes que mais procuram a redução dos seios, estão as mulheres com diagnóstico de hipertrofia mamária. Elas tiveram, ao longo da vida, um desenvolvimento excessivo das mamas.

Esse desenvolvimento anormal pode acontecer por vários motivos: alterações hormonais, distúrbios glandulares, obesidade e gravidez. Em muitas mulheres, o problema tem causas genéticas.

Ainda entre essas pacientes, existem classificações. Os graus de hipertrofia podem ser avaliados como pequeno, moderado, grande ou a gigantomastia, que é um tamanho realmente muito grande dos seios, que podem ultrapassar 1 quilo de peso.

Vale a pena destacar que nem todas essas mulheres fazem a redução com silicone. Algumas conseguem corrigir o tamanho dos seios com a mamoplastia redutora sem prótese.

Você entenderá o critério de escolha do procedimento mais adequado (com ou sem prótese de silicone) no próximo tópico.

Por que fazer a redução com silicone?

Diferentemente do que muitas pessoas pensam, os seios não são compostos apenas por glândula mamária. As células do tecido mamário dividem seu espaço com o estroma, um tecido conjuntivo, e também com a gordura.

Assim, quando a mulher tem os seios grandes e uma boa parte desta composição é formada por tecido mamário e estroma, o médico consegue reduzir o volume e montar as novas mamas com esses tecidos.

Inclusive, em muitos casos, o médico precisa retirar parte desses tecidos. Ele remove tanto gordura quanto estroma e glândula mamária para chegar a um tamanho de seio proporcional ao corpo da paciente.

No entanto, não é isso que acontece com todas as mulheres. Algumas delas possuem pouco tecido mamário. Grande parte do volume dos seios é formado por gordura.

Então, quando o médico retira a gordura e vai montar uma nova mama, ele não tem tecido mamário suficiente para isso. Ele precisa de um objeto que permita modelar e preencher bem o seio — a prótese de silicone.

Como é feita a redução com prótese de silicone?

Para que a redução das mamas aconteça, a paciente precisa passar por uma série de etapas, tanto em sua avaliação quanto no procedimento.

Pré-operatório da mamoplastia

Toda mulher que sente a necessidade de reduzir os seios precisa, em primeiro lugar, consultar um cirurgião plástico. Este médico ouve as queixas da paciente e avalia suas mamas, primeiramente em um exame clínico.

O exame clínico envolve o registro de medidas e também a palpação dos seios. Neste procedimento, o médico já consegue perceber se a mama é densa (tem bastante tecido fibroglandular) ou gordurosa.

Se a paciente tem a mama predominantemente gordurosa, é mais provável que ela precise de uma prótese na cirurgia de redução. Porém, isso depende de uma resposta: seu tecido mamário é suficiente para formar um seio proporcional ao corpo?

Após esta primeira avaliação clínica, o médico solicita uma série de exames: hemograma, urina, raio X, mamografia ou ultrassom de mamas e eletrocardiograma são os principais.

Esses exames mostrarão, de forma clara, os tecidos que compõem a mama, além de indicarem se a paciente está em boas condições de saúde para realizar a cirurgia com o mínimo de risco possível.

Após os resultados, o médico mais uma vez conversa com a paciente. Com base nos exames e também na expectativa da mulher, ele traça um planejamento cirúrgico.

É importante, neste momento, que a paciente tenha expectativas realistas em relação à cirurgia, sabendo que os resultados são influenciados por diversos fatores, inclusive suas características físicas.

Demarcação das mamas

A demarcação das mamas pode ocorrer tanto no momento da cirurgia quanto no dia anterior, para otimizar o tempo no centro cirúrgico. Os traços são calculados para delimitar a pele que será retirada.

Portanto, isso ajuda o médico para que as incisões na paciente sejam feitas com precisão, evitando sobras de pele ou dobras indesejadas. Tudo é milimetricamente calculado.

Aplicação de anestesia para redução com silicone

Nos momentos que precedem a redução com silicone, a paciente recebe a anestesia. A escolha depende de uma série de fatores, desde a saúde da mulher até a previsão de duração e complexidade do procedimento.

Em alguns casos, a equipe médica opta pela anestesia local com sedação. Porém, eles podem recorrer a alternativas mais adequadas às necessidades daquela paciente, como a anestesia peridural ou até mesmo a geral.

É importante lembrar que, durante toda a redução com silicone, a paciente é monitorada por um médico anestesiologista, que acompanha seus sinais vitais, aplica o anestésico de forma segura e consegue intervir em casos emergenciais.

Incisão da redução com silicone

Quando se trata da cirurgia de redução de mamas, a incisão pode ter diferentes formatos. Porém, a mais comum é a incisão em âncora, também conhecida como T invertido.

Na incisão em âncora, o médico faz um corte que circunda a aréola, outro que forma uma linha vertical entre a aréola e o sulco inferior da mama e um terceiro, em formato curvo, que segue o contorno do sulco inframamário.

Esse tipo de incisão permite a retirada de uma grande quantidade de tecido das mamas, tanto de pele quanto de estroma e glândula mamária. Desta forma, ela possibilita uma alteração significativa na forma e tamanho dos seios.

No entanto, além da incisão em formato de âncora, também é possível utilizar outras técnicas. Uma delas forma uma cicatriz em configuração de pirulito ou lollipop: um círculo ao redor da aréola e uma linha vertical.

Uma terceira opção é a incisão em L. que forma um círculo ao redor da aréola, uma linha vertical e outra no sulco inframamário, equivalente a cerca de metade do contorno inferior do seio.

Redução do tamanho das mamas

Após a incisão, o médico utiliza esta abertura para retirar os tecidos em excesso. Portanto, ele remove a gordura, parte do tecido glandular (se necessário), a pele em excesso e também uma porção do estroma.

Se a paciente não precisa de prótese, o cirurgião dá sequência ao procedimento modelando o seio e suturando os locais onde as extremidades da pele se encontram, deixando a mama em um formato muito natural.

No entanto, se a paciente precisa da redução com silicone, o cirurgião coloca o implante no local adequado e monta a mama sobre a prótese. O resultado costuma deixar as pacientes extremamente satisfeitas.

Como o médico define a quantidade de tecido que retira da mama?

A especialização em cirurgia plástica propõe o estudo de diversos temas além das técnicas cirúrgicas. Os médicos que se dedicam a esta área da Medicina pesquisam muito sobre a estética.

Desde o homem vitruviano, desenhado por Leonardo Da Vinci, as pessoas se propõem a analisar as formas do corpo humano e suas proporções.

Portanto, quando o cirurgião plástico define qual é o tamanho do seio “ideal” para uma mulher, ele não se baseia em seu gosto pessoal. Ele ouve as expectativas da paciente e, principalmente, aplica fórmulas matemáticas.

Existem faixas de proporções ideais entre as medidas da cintura, quadril, ombros, tórax e assim por diante. Então, são essas medidas que servem como base para definir o tamanho final dos seios da paciente, bem como a altura deles.

O mesmo critério se aplica à escolha do tamanho da prótese. A paciente define se deseja um resultado mais natural e discreto ou realmente sonha com seios turbinados.

A partir disso, o médico mostra quais são os tamanhos de prótese que proporcionam cada um desses resultados, definindo as melhores opções conforme o desejo de imagem da paciente.

Como é o pós-operatório da redução com silicone?

O pós-operatório da redução com silicone tende a ser tranquilo e com poucas dores, desde que a paciente cumpra as recomendações de seu cirurgião.

Essas recomendações são semelhantes às da mamoplastia de aumento: usar sutiã cirúrgico, restringir os movimentos dos braços nas primeiras semanas, não realizar esforços e nem atividade física

Também é importante dormir de barriga para cima, com os ombros levemente levantados em relação ao tronco, para não gerar tensão na região da cicatriz.

Essas recomendações são as mais básicas e, conforme a paciente se recupera, o paciente começa a liberar seu retorno a atividades como levantar os braços, dirigir, praticar exercícios etc.

Não se esqueça de que um dos maiores segredos para que você tenha o resultado esperado é justamente o pós-operatório. A pressa é a inimiga da perfeição. Então, cumpra o repouso à risca para não colocar sua redução com silicone em risco.

Seguindo essas orientações, você terá um excelente pós-operatório e poderá ver o resultado definitivo do seu procedimento cerca de 1 ano após a redução com silicone.

E você, sabia que algumas mulheres colocam prótese no momento da redução dos seios? Ficou surpresa com essa informação? Quer entender melhor o universo da cirurgia plástica, estética e beleza?

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