Quando ela chegou ao mercado, parecia ser uma revolução! A prótese de poliuretano prometia uma série de vantagens em relação às suas concorrentes.
Taxas menores de rejeição e redução na probabilidade de deslocamento da prótese eram alguns desses benefícios. Porém, seu uso não se tornou tão popular quanto se esperava.
Mas por que os médicos não aderiram a esta prótese com tanto entusiasmo? Ela apresenta algum problema? Pode ou não melhorar o resultado do silicone?
Você vai descobrir as respostas para todas essas perguntas neste post. Então, continue a leitura!
O que é a prótese de poliuretano?
Trata-se de um tipo de prótese que possui um revestimento especial. Em sua superfície externa, ela é coberta por espuma de poliuretano.
Portanto, em seu interior, ela contém o mesmo material de outras próteses. Ela é preenchida com gel de silicone de alta coesividade.
Porém, a espuma que reveste a superfície da prótese tem uma textura semelhante à do velcro. Assim, ela se torna super aderente.
Benefícios da prótese de poliuretano
Com este revestimento super aderente, a prótese de poliuretano gruda rapidamente nos tecidos do corpo que a envolvem.
Portanto, a primeira vantagem deste tipo de prótese é o fato de que ela tende a se deslocar muito menos.
A paciente que coloca uma prótese de poliuretano tem, portanto, uma probabilidade menor de que a prótese suba para a região do colo.
Ela também reduz a ocorrência de rotação da prótese, uma complicação bastante rara, mas que pode acontecer em alguns casos.
No entanto, uma das principais vantagens da prótese de poliuretano é a possibilidade de reduzir o percentual de rejeição.
Justamente devido à sua capacidade de aderência, ela diminuiria a incidência de casos em que a pessoa precisa trocar ou até mesmo retirar a prótese.
Desvantagens da prótese de poliuretano
Realmente, os médicos que acompanham pacientes que colocam prótese de poliuretano ficam muito satisfeitos com o resultado.
Porém, apesar de proporcionar esses benefícios às pacientes, este tipo de implante também implica em algumas desvantagens.
Como você viu, a prótese tem a super aderência como sua principal característica. Por isso, apesar dos benefícios pós-operatórios, ela traz algumas dificuldades durante o procedimento.
Próteses com outros revestimentos deslizam mais facilmente entre os tecidos da mama, a partir da incisão.
Já a prótese de poliuretano não desliza desta forma. Ela gruda nos tecidos, fazendo com que sua colocação no local correto seja mais difícil.
Portanto, para que o médico consiga colocá-la na mama, ele precisa fazer uma incisão maior, o que produz uma cicatriz também mais extensa.
A prótese de poliuretano também é mais cara que as outras, além de ser mais perceptível ao toque.
A prótese de poliuretano melhora o resultado da cirurgia?
Para responder esta pergunta, primeiro precisamos definir o que é o resultado da cirurgia plástica. A maior parte das mulheres se refere ao tamanho e formato dos seios após o procedimento.
Então, neste caso, o fato de um implante ser revestido de poliuretano não faz diferença no resultado. O tamanho e o formato das mamas dependerá apenas do perfil e volume da prótese.
Quanto à consistência das mamas após colocar silicone, a prótese de poliuretano provoca uma pequena alteração.
Quando a mulher coloca uma prótese sem revestimento de poliuretano, é praticamente impossível perceber a presença do implante ao apalpar as mamas.
No entanto, a prótese de poliuretano é um pouco perceptível diante da palpação. A consistência dos seios muda, mas a diferença é pequena.
Porém, existe ainda uma terceira possibilidade de avaliação dos resultados. Nesses casos, a paciente se refere ao seu bem-estar e durabilidade do procedimento, com redução na possibilidade de uma rejeição.
A prótese de poliuretano, nesses casos, produz um resultado melhor que o de um implante de superfície lisa. Porém, é semelhante a uma prótese texturizada, como você verá nos tópicos a seguir.
Quais são os outros tipos de prótese de silicone?
Agora que você já conhece os benefícios e desvantagens da prótese de poliuretano, é importante que também saiba quais são as outras opções que os fabricantes oferecem.
Prótese de silicone texturizada
Depois de muitas décadas estudando como o organismo se comporta diante da prótese de silicone, os fabricantes desenvolveram muito os implantes.
Eles perceberam, a partir de inúmeros estudos, que o organismo adere melhor a objetos que têm alguma textura, como acontece também com os tecidos do corpo.
Portanto, eles criaram uma superfície de silicone texturizada para revestir as próteses. Elas possuem ranhuras ou uma aspereza muito leve.
Assim, por dentro elas possuem gel de silicone de alta coesividade, que não é líquido e nem se espalha em caso de rompimento.
Porém, por fora, a concha possui uma granulação ou pequenas rugas que aderem aos tecidos naturais do organismo.
Desde que os médicos passaram a usar próteses com revestimento texturizado, a quantidade de pacientes com rejeição ao implante caiu drasticamente.
Atualmente, menos de 1% das mulheres precisa trocar ou retirar a prótese de silicone. Alguns estudos mostram uma porcentagem ainda menor, de 0,5%.
Por isso, hoje em dia, a maioria dos médicos coloca a prótese de silicone texturizada em praticamente todas as suas pacientes.
Como a textura evita a rejeição da prótese de silicone?
Sempre que o organismo recebe um corpo estranho, ele reage a esse objeto, produz uma inflamação e tenta blindar os tecidos desse “intruso”.
A primeira tentativa do corpo é de expulsar. Então, quando uma farpa entra no dedo, por exemplo, aquela região fica vermelha, inchada e o organismo tenta retirá-la.
Porém, se o organismo percebe que não consegue eliminar o objeto, ele cria um revestimento para isolá-lo dos tecidos à sua volta.
Você já ouviu a história de como as pérolas se formam? Trata-se de uma ostra que foi “invadida” por um pequeno objeto, como um grão de areia.
Então, ela começa a formar camadas e mais camadas de nácar (ou madrepérola) para envolver aquele grãozinho de areia. Assim, surge uma pérola.
Nosso corpo não funciona de uma forma tão diferente. No entanto, nós não produzimos nácar.
O corpo humano reveste os objetos estranhos com uma membrana composta por diversos elementos. Um deles, inclusive, é o colágeno.
Esta membrana forma uma cápsula em volta da prótese de silicone. Ela sobrepõe camadas e mais camadas até identificar que o objeto está devidamente isolado.
Porém, quando a paciente coloca uma prótese texturizada, ela adere melhor aos tecidos em volta. Isso faz com que o corpo reduza o sinal de alerta para o sistema imunológico e pare de considerar o implante como um perigo.
Assim, o corpo para de formar esta membrana enquanto ela ainda está fininha. Ela não se torna, pelo menos na maioria dos casos, grossa, rígida e capaz de pressionar a prótese.
Dessa forma, não acontece o processo de rejeição. A paciente pode conviver com a prótese por um período praticamente infinito sem a necessidade de trocá-la.
Prótese de silicone lisa
Finalmente, vamos terminar o post falando de um tipo de prótese que ainda existe, mas é cada vez menos utilizado.
A prótese lisa foi a primeira a ser criada. Inclusive, ela existia até mesmo quando os implantes não tinham preenchimento de silicone, e sim de uma solução salina.
Porém, para o organismo, o revestimento liso de uma prótese de silicone é muito estranho. O corpo começa, então, a formar inúmeras camadas de membrana protetora.
São essas camadas que formam uma cápsula rígida em torno do implante, desencadeando um processo de rejeição.
Na primeira etapa, as mamas começam apenas a ficar mais rígidas. É possível sentir a prótese quando se apalpa o seio, o que não é normal.
No entanto, em estágios posteriores do processo de rejeição, a prótese pode ter alterações em seu formato e altura, deixando os seios assimétricos e desalinhados.
Finalmente, a paciente pode ter fortes dores ou até mesmo o rompimento da prótese. Tanto nos casos de alteração do formato quanto de dores ou ruptura, o implante precisa ser substituído.
Como você pode ver, a prótese lisa é a única que ainda apresenta um grau maior de complicações. Todas as outras são extremamente seguras.
Por isso, os médicos praticamente já não usam as próteses lisas. Elas foram substituídas, com inúmeras vantagens, pelas texturizadas.
Vale a pena colocar prótese de poliuretano?
Primeiro, nós explicamos o que são as próteses de poliuretano, bem como suas vantagens e desvantagens.
Em seguida, também mostramos a você quais são as outras opções que os fabricantes oferecem, que são os implantes lisos e texturizados.
Então, resta a pergunta: vale a pena colocar prótese de poliuretano?
Esta é uma resposta bastante individual. Afinal, como sabemos, cada organismo é único e cada pessoa tem suas próprias necessidades.
Porém, na maioria dos casos, os médicos entendem que não é necessário aumentar os custos da cirurgia, gerar uma cicatriz maior ou colocar uma prótese mais palpável na paciente.
Eles observaram, ao longo desses anos, que as próteses texturizadas apresentam taxas de rejeição extremamente baixas, também.
Além disso, desde que a paciente cumpra o pós-operatório da maneira correta, os riscos de deslocamento são quase inexistentes.
Portanto, se as próteses texturizadas já suprem essa necessidade na maioria das mulheres, não é preciso recorrer ao implante com revestimento de poliuretano.
E você, já tinha ouvido a respeito da prótese de poliuretano? Este post esclareceu suas dúvidas sobre este assunto?
Então, não perca nossos próximos conteúdos, também. Siga nossos perfis no Instagram e Facebook para não perder nenhuma novidade a respeito desse tema.
Deixe um comentário