Uma doença pode deixar marcas físicas e emocionais na vida de uma pessoa, e o câncer de mama costuma afetar bastante o psicológico feminino. Isso porque os cabelos e os seios são duas características muito comumente associadas à feminilidade, e uma mulher que passa por uma quimioterapia e por uma mastectomia, em geral, tem sua autoestima afetada.
O recomeço, no entanto, é possível! Atualmente existem técnicas cada vez mais aprimoradas que permitem reconstruir os seios após uma cirurgia de retirada, como a colocação de próteses de silicone e a tatuagem na mama, que é o assunto deste artigo. Faça a leitura para entender mais!
O que é a tatuagem na mama?
A tatuagem na mama é um recurso utilizado com objetivo de reconstrução ou ressignificação do(s) seio(s) após uma mastectomia e se dividem em duas técnicas diferentes:
Tatuagens artísticas
As tatuagens artísticas são realizadas por tatuadores que, de acordo com o gosto da mulher, criam artes para serem aplicadas nos seios que podem ou não cobrir as cicatrizes ou mesmo as mamas inteiras: o importante nesse tipo de procedimento é encontrar uma forma de ressignificar os seios por meio da expressão artística.
Como esse não é um tipo de tatuagem convencional, que envolve tanto uma região delicada do corpo (que já passou por intervenções) quanto dores emocionais, o ideal é procurar por tatuadores especializados.
Um nome famoso é o do artista americano David Allen, e, em seu Instagram, é possível encontrar várias imagens de referência para quem tem interesse nessa técnica.
Micropigmentação de aréola
A micropigmentação de aréola, por sua vez, é um procedimento que pode ser realizado tanto por tatuadores especializados como por esteticistas e cirurgiões plásticos e tem o objetivo de reconstruir essa parte do seio.
Neste caso, a tatuagem não tem objetivo artístico, e sim de recriar aréola e bico (que muitas pacientes perdem com a realização da mastectomia) para que o seio fique o mais parecido possível com o que era antes.
Os resultados se assemelham ainda mais aos seios naturais quando utilizam-se técnicas da tatuagem 3D, o que faz com que o relevo natural da pele e do bico sejam perfeitamente simulados por meio do desenho.
Esse tipo de procedimento pode ser realizado, ainda, em conjunto com outras técnicas de reconstrução como a utilização de enxertos ou retalhos (nos quais se utilizam pedaços de pele de outras partes do corpo para recriar essa parte da mama).
O ideal é que o processo de micropigmentação seja realizado apenas após três meses da última cirurgia da mama, para que a pele esteja totalmente cicatrizada.
Tatuagem na mama é seguro?
É muito comum que pessoas que nunca realizaram uma tatuagem se sintam inseguras quanto à realização de procedimentos como esses, ainda mais no caso de uma mulher que passou por uma doença agressiva em uma área tão sensível do corpo.
Mas, desde que autorizada pelo médico e realizada por um especialista que siga todos os protocolos de higiene e segurança, a tatuagem na mama é segura sim e pode contribuir muito para a melhora na autoestima de mulheres que passaram pelo câncer de mama e pela mastectomia. Muitas pacientes, inclusive, encaram o procedimento como uma celebração da cura.
Vale lembrar, no entanto, que a tatuagem é uma marca permanente na pele e que o processo pode ser fisicamente dolorido, por isso, é importante pensar bem no assunto antes de tomar a decisão. Além disso, é essencial encontrar um tatuador ou outro especialista (no caso da micropigmentação) que te passe confiança e consiga realizar exatamente o que você deseja.
Reconstrução da mama após mastectomia
E já que estamos falando de reconstrução dos seios e autoestima, a prótese de silicone é uma forma totalmente segura para preencher o espaço antes ocupado pelas glândulas mamárias que são retiradas na mastectomia.
Sim: o silicone não é indicado apenas para quem quer aumentar os seios, mas também para construí-los novamente! Só que é importante seguir à risca todas as recomendações dos médicos envolvidos no caso.
Embora algumas pacientes tenham vontade de realizar o implante na mesma cirurgia da retirada, esse método não é o mais recomendado pelos mastologistas e oncologistas, que indicam a colocação pelo menos três meses após a retirada e a completa cicatrização.
No caso de pacientes que precisem passar também por protocolos de radioterapia, é importante esperar a finalização do tratamento, já que ele costuma gerar perda da elasticidade da pele e, portanto, acabar interferindo no resultado do implante.
Se você quer entender mais sobre esse assunto, aproveite para ler também o nosso artigo sobre prótese de silicone após mastectomia.
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