Muitas mulheres colocam silicone ainda jovens, antes de terem filhos e amamentar. Mas será que este é o momento certo? Existe risco de hipogalactia?
Se você também tem essas dúvidas ou quer colocar silicone, mas tem medo de a prótese prejudicar a amamentação, não perca este post!
Vamos explicar tudo sobre este assunto. Então continue a leitura!
O que é hipogalactia?
Em primeiro lugar, é importante você entender o que é a hipogalactia. Trata-se de uma dificuldade para produzir leite.
Então, nesses casos, a mãe não produz leite ou tem uma produção insuficiente, que não corresponde às necessidades de seu bebê.
Existe a hipogalactia inicial, que acontece quando o leite não desce logo após o nascimento do bebê e só começa a descer após 72 horas do parto.
Cerca de 17 a 44% das mulheres podem ter hipogalactia inicial. Portanto, é uma quantidade considerável.
Porém, algumas mulheres não têm leite nem mesmo depois deste período. Assim, o bebê precisa ser alimentado através de fórmulas.
O silicone aumenta as chances de hipogalactia?
Definitivamente não. A prótese de silicone não interfere nem na produção de leite e nem na amamentação.
Existem dois motivos principais pelos quais os médicos chegam a esta conclusão:
A prótese de silicone fica atrás da glândula mamária
Afinal, o médico coloca a prótese atrás da glândula mamária ou atrás do músculo.
Então se você observar a anatomia da mama, vai perceber que o silicone não tem como interferir no funcionamento da glândula.
O que pode acontecer, em alguns casos, é uma dificuldade de amamentar por causa de incisões que interrompem os dutos mamários.
No entanto, isso só acontece quando o silicone foi colocado por meio da incisão periareolar.
Neste caso, o médico precisa abrir um caminho entre a aréola e a parte que fica atrás da glândula mamária.
Assim, neste processo, ele rompe dutos, o que no futuro impedirá o transporte do leite desde a glândula mamária até o mamilo.
Porém, os médicos quase não utilizam a incisão periareolar. Atualmente eles dão preferência à incisão inframamária.
Além disso, eles só costumam fazer este tipo de incisão quando a mulher já não pretende ter mais filhos.
Mas como nós sabemos que surpresas podem acontecer, algumas dessas pacientes são surpreendidas por uma gravidez mesmo depois da cirurgia.
Apenas relembrando: não é a prótese que causa a interrupção dos dutos e sim um tipo específico de incisão que é pouco utilizada pelos médicos.
O número de mulheres com hipogalactia é o mesmo
Quando os médicos analisam os dados, eles percebem que a porcentagem de mulheres com silicone e hipogalactia é a mesma das mulheres sem prótese.
Portanto, se a prótese fosse um fator causador da hipogalactia, o número de mulheres com silicone que não conseguem amamentar seria maior.
Porém, como isso não acontece, conclui-se que o silicone não causa hipogalactia.
Quais são as verdadeiras causas da baixa produção de leite?
Neste tópico, você vai conhecer as verdadeiras causas da hipogalactia e vai perceber que o silicone não é uma delas.
Confira!
Glândula mamária pouco desenvolvida
Em algumas mulheres, a glândula mamária simplesmente não se desenvolve de forma completa.
Então desde a sua puberdade, quando as mamas começaram a crescer, até o momento da amamentação não se formou um tecido mamário suficiente.
Assim, quando chega o momento de amamentar, elas podem ter uma baixa produção de leite, que não atende às necessidades do bebê.
Cirurgia para redução ou levantamento das mamas
Diferentemente do procedimento para colocar silicone, a cirurgia para redução de mamas realmente pode afetar a amamentação.
Afinal, neste caso, o médico realmente retira vários tecidos da mama. Entre eles estão a gordura e também parte da glândula mamária.
Além disso, para retirar os tecidos e remodelar a mama, ele precisa cortar muitos dutos. Os nervos também são seccionados e danificados.
Assim, as chances de a mulher não conseguir amamentar após uma cirurgia para redução de mamas são muito maiores.
Para uma mulher que fez a mamoplastia redutora, a amamentação sem complicações é que se torna uma exceção.
Ela só conseguirá amamentar se, durante a cirurgia, o médico conseguir retirar todos os tecidos, provocando poucos danos à glândula e aos ductos.
A cirurgia para levantar os seios, que é a mastopexia, também pode gerar a mesma dificuldade na amamentação.
Por este motivo, muitos médicos recomendam que a mulher espere as gestações para fazer a redução mamária ou o lifting de seios.
No entanto, nem sempre isso é possível, especialmente quando o tamanho dos seios causa uma série de dificuldades funcionais.
Obesidade pode causar hipogalactia
O silicone não é um problema para a amamentação, mas a obesidade sim.
Afinal, o excesso de gordura corporal retarda a queda de um hormônio, a progesterona sérica.
Então, devido a este retardo, o leite também demora para descer.
Enquanto isso, para que a criança não fique com fome, a mãe usa fórmulas para alimentá-la. Assim, instala-se um círculo vicioso.
Primeiro a mãe não tem leite. Ela dá fórmula para o bebê. O bebê não suga o peito, que também não tem estímulo para produzir leite.
A obesidade também prejudica a amamentação por outros motivos. Um deles é que as mamas grandes e pesadas dificultam a pegada do bebê ao seio.
Como o bebê não consegue sugar corretamente, o seio também não produz uma quantidade maior de leite.
Então esta produção se torna cada vez menor e insuficiente para alimentar o bebê.
Diabetes prejudica a amamentação
Assim como a obesidade, a diabetes também é uma doença que afeta a descida do leite, retardando este momento.
Então, da mesma forma, instala-se um círculo vicioso que leva a mãe a dar fórmulas para o bebê – e se ele não suga o seio, ela não produz leite.
Síndrome de Shehan
Embora a Síndrome de Sheham seja uma das causas comprovadas de hipogalactia, felizmente esta é uma condição que afeta poucas mulheres.
Na Síndrome de Shehan, a mulher sofre um infarto na hipófise, considerada a glândula mestra que comanda toda a nossa produção de hormônios.
Então, quando esta glândula não funciona da maneira correta, o corpo não produz os hormônios que estimulam a glândula mamária a produzir leite.
Disfunções na glândula tireoide
Assim como a hipófise, a tireoide é uma glândula responsável pela produção de diversos hormônios.
Um desses hormônios é o T3, que interfere na ação de outro hormônio, a prolactina.
Portanto, problemas na tireoide, especialmente na produção de T3, estão relacionados à baixa produção de leite e dificuldades de amamentação.
Tipo de parto influencia a hipogalactia
O objetivo deste tópico não é criticar a mamãe que tem o seu bebê por meio de uma cesariana, seja ela por necessidade ou por escolha.
Sabemos que, em muitos casos, a cesariana é a única opção de parto porque um processo de parto natural exporia a mulher e o bebê a riscos.
Porém, quando a mulher consegue realizar o parto normal, as chances de ela ter problemas com a produção de leite e amamentação são menores.
Isso acontece porque, diferentemente da cesariana com dia e hora marcados, o parto normal ocorre quando o corpo diz que é a hora do bebê nascer.
Então, neste momento, todos os hormônios estão preparados para o parto e para o cuidado com a criança, o que inclui a descida do leite.
Como isso facilita a primeira mamada, neste contato inicial o bebê já suga a mama, estimulando a continuidade da produção de leite.
Na cesariana com data pré-agendada isso não acontece. Portanto, a mulher pode ter mais dificuldade com a produção de leite.
Restos placentários
Enquanto o bebê está dentro do útero da gestante, o corpo inibe o início da produção e liberação de leite.
Isso acontece principalmente porque a placenta produz um hormônio chamado lactogênio. Ele atua como um sinal de espera.
Assim, se durante o parto a mulher expulsa a placenta inteira, o corpo para de receber o sinal do hormônio lactogênio.
Então o organismo entende que está na hora de alimentar o bebê e promove a descida do leite.
Porém, se após o parto ainda ficam restos de placenta dentro do útero, essas partes continuam liberando o hormônio lactogênio.
Desta forma, o organismo fica confuso com os sinais, entende que ainda precisa segurar a lactação e o leite não desce.
Fadiga e estresse pós-parto
Este é um fator ambiental que provoca a hipogalactia.
Quando a mulher se sente muito estressada e cansada no pós-parto, pode haver uma redução na produção de leite.
Inclusive, isso pode acontecer quando ocorre um trauma muito significativo neste período.
Algumas mulheres sentem que o leite para de descer naquele momento e infelizmente nunca mais produzem leite novamente.
Portanto, isso mostra o quanto a mulher também precisa de cuidados na fase pós-parto para que ela tenha plenas condições de cuidar do bebê.
Restrição calórica durante a gravidez e pós-parto
Gravidez e amamentação não são momentos de fazer uma dieta restritiva.
Inclusive, mesmo quando a mulher precisa controlar o peso devido a um quadro de obesidade, sua alimentação deve ser planejada com cuidado.
Não podem faltar à mãe os nutrientes essenciais e em quantidade adequada. Do contrário, ela não conseguirá produzir leite para o bebê.
Agora você já sabe que o silicone não causa hipogalactia e quais são os fatores que realmente desencadeiam este problema.
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