A maioria de nós tem alguma marca no corpo que não gostaria. Pode ser resultado de um acidente, de uma cirurgia, de uma violência… Mas será que é possível ressignificar essas marcas? As tatuagens em cicatrizes mostram que sim.
Por isso, neste post, vamos falar sobre tatuagens feitas para cobrir cicatrizes. Confira!
Cicatriz tatuagem: por que se tornou tão popular?
Em diversos momentos da vida, nós nos deparamos com as marcas que ficam em nosso rosto ou corpo.
Então, convivemos com a cicatriz que nos lembra o tombo da infância, o acidente com o carro, um tratamento doloroso ou até mesmo uma violência.
Embora algumas pessoas convivam bem com esses sinais, outras têm sua autoestima afetada pelas cicatrizes. Assim, uma das soluções para cobri-las é a tatuagem.
Porém, é preciso entender em que situações a tatuagem pode ser feita sobre a cicatriz. Selecionamos algumas perguntas comuns sobre esse assunto para você tirar suas dúvidas:
1. Quanto tempo preciso esperar?
Grande parte das pessoas pode, sim, tatuar sobre uma cicatriz. No entanto, ela precisa esperar o processo de cicatrização chegar a um estágio avançado.
Nós sempre falamos, aqui no blog, que esse processo pode demorar até 18 ou 24 meses. Só então podemos dizer que a região está completamente cicatrizada.
Embora esse seja o melhor momento para a tatuagem, alguns profissionais aceitam realizar o trabalho quando a cicatriz completa 1 ano. Porém, eles avaliam a pele antes de dizer se ela está pronta ou não.
2. Por que eu preciso esperar tanto para me tatuar?
Enquanto o processo de cicatrização não termina, o tecido dessa região passa por mudanças. Assim, o processo de acomodação, e regeneração de células pode interferir no resultado.
O processo de cicatrização se divide em várias etapas. Conhecer cada um deles pode ajudar você a entender melhor o porquê dessa espera:
Primeira etapa de cicatrização: homeostase
Nesta primeira etapa, o organismo tem um único objetivo: parar o sangramento. Então, ele forma uma barreira no local do corte.
Esta barreira, que é o coágulo, depois seca e forma uma casquinha sobre a lesão.
Segunda etapa de cicatrização: inflamação
A inflamação tem o objetivo de defender o organismo de invasores, como as bactérias. Afinal, a abertura do corte pode permitir a entrada de microorganismos.
Portanto, o sistema de defesa produz substâncias para combater esses invasores. Elas também começam a promover o fechamento da lesão por meio da reconstituição de tecidos.
Assim, as células de defesa eliminam as células que morreram durante o procedimento, limpando o local. Isso deixa o caminho livre para a formação de um tecido novo e saudável.
Terceira etapa de cicatrização: proliferação
A fase de proliferação se inicia mais ou menos no quinto dia após a lesão. No entanto, sua duração varia de acordo com a extensão do ferimento.
Assim, se a pessoa sofre um arranhão ou esfolamento, ela durará cerca de 4 dias. Para ferimentos mais profundos, como uma cirurgia, a duração prevista é de 24 dias.
O objetivo desta etapa é construir um novo tecido, mas de forma acelerada. Portanto, o corpo produz realmente muito colágeno.
Essa reconstrução acelerada faz com que a cicatriz fique mais inchada no começo. Porém, com o tempo, ocorre uma redução no volume do novo tecido.
Quarta etapa da cicatrização: maturação
A fase de maturação é bastante longa, podendo chegar a 24 meses. Então, o objetivo do organismo é fortalecer e organizar o novo tecido, deixando-o o mais parecido possível com a pele à sua volta.
Nesse processo, ocorre uma reorganização significativa das fibras de colágeno. O resultado depende bastante do cuidado do paciente com a região lesionada.
A melhor etapa para a cicatriz tatuagem: após a maturação
Quanto mais antiga a cicatriz, melhor o resultado da tatuagem. Em primeiro lugar, porque existe uma aderência maior da tinta aos tecidos bem consolidados.
Além disso, uma cicatriz madura já sofreu todas as alterações em seus tecidos. Então, já não existe o risco de mudanças no formato ou nas cores.
3. Como saber se minha pele já está pronta para a tatuagem?
O primeiro passo é visitar o seu dermatologista. Ele avaliará o processo de cicatrização, que é bastante variável.
A cicatrização depende de características individuais de cada organismo. No entanto, ela também é afetada por fatores como a profundidade do corte ou lesão.
Então, o dermatologista avalia a maturação da cicatriz para reduzir o risco de você se decepcionar com alterações na sua tatuagem.
4. Posso fazer a cicatriz tatuagem sobre queloides?
Sim, você pode. Porém, mais uma vez, a cicatriz precisa estar madura. Normalmente, o tatuador também pede um laudo médico.
Vale a pena lembrar que a tatuagem causa uma lesão que também pode gerar uma reação. Então, é interessante fazer um tratamento para queloides e sempre utilizar pomadas que facilitam a recuperação.
5. A tatuagem sobre cicatriz dói menos ou mais?
A dor não costuma ser muito diferente ou pode ser maior. Na verdade, existem algumas divergências nesse sentido.
Embora alguns profissionais aleguem que a pele da cicatriz é um pouco menos sensível, outros relatam que os pacientes ainda sentem bastante os estímulos nessa região.
Além disso, para cobrir uma cicatriz, geralmente é necessário tatuar uma área em volta.
Também existe o risco de, por ser um tecido novo, a tinta não aderir completamente na primeira vez. Assim, pode ser necessário retocar o procedimento.
Portanto, os tatuadores costumam dizer que a dor é a mesma. O que muda é a resistência de cada pessoa à dor, o que varia bastante.
A importância de evitar uma cicatriz inestética
Algumas cicatrizes são inevitáveis. Quando sofremos um acidente, por exemplo, não é algo que está sob nosso controle.
Porém, é possível conseguir um resultado bastante estético em grande parte das cicatrizes cirúrgicas.
Afinal, o cuidado do paciente é um fator determinante para evitar a formação de cicatrizes inestéticas.
Então, para ter uma cicatriz bonita, é fundamental seguir o pós-operatório à risca.
Esforços antes do período recomendado, negligência no uso de malhas e cintas cirúrgicas ou o descumprimento de orientações quanto à posição de dormir são alguns dos motivos que levam a essas complicações.
Portanto, basta segui-los conforme a orientação médica para ficar com uma cicatriz bonita e discreta.
No caso dos queloides, a complicação é genética. Então, caso você saiba que você tem essa tendência, avise seu médico e faça o acompanhamento pós-operatório.
Quando ele sabe da sua pré-disposição e avalia suas cicatrizes nas consultas pós-cirúrgicas, ele pode intervir rapidamente para favorecer uma boa recuperação.
Assim, no caso dos queloides, ele pode prescrever o uso de fita de silicone, aplicação de corticoides ou mesmo betaterapia.
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