Em um mês tão importante, em que se fala sobre as alternativas para diagnosticar precocemente o câncer de mama, muitas mulheres ficam em dúvida. Afinal, quem tem prótese de silicone pode fazer mamografia?
A importância desse exame ganha destaque. Sabe-se que ele é fundamental para identificar tumores e, quanto antes o diagnóstico ocorrer, maiores são as chances de cura. Portanto, a mamografia salva vidas.
Mas será que a mulher turbinada pode fazer esse exame? O silicone coloca o diagnóstico em risco? Isso é o que você vai saber neste post. Então, continue a leitura!
Quem tem prótese de silicone pode fazer mamografia?
Sim, pode e deve! Os médicos orientam todas as mulheres a fazerem a mamografia anualmente a partir dos 40 anos.
Portanto, com ou sem silicone, esse é um exame importantíssimo, que ajuda a detectar o câncer de mama precocemente, permitindo o tratamento imediato.
Mitos e verdades sobre a mamografia com prótese de silicone
Você já sabe que precisa fazer a mamografia, mas provavelmente tem algumas dúvidas sobre a influência do silicone no resultado desse exame. Então, vamos responder às principais perguntas das nossas pacientes.
O silicone atrapalha a realização da mamografia?
Se a mamografia for feita da maneira correta, não. Afinal, os equipamentos de hoje são muito precisos, e permitem visualizar tumores até mesmo quando pequenos.
Porém, é preciso tomar um cuidado. A mulher com silicone deve avisar o técnico radiologista que tem prótese.
Assim, ele posicionará a máquina corretamente, para aumentar a visualização dos tecidos. Além disso, ele exercerá menos pressão sobre as mamas e utilizará determinados filtros para identificar qualquer anormalidade.
Na primeira parte do exame, o procedimento é normal. Porém, na segunda parte, o técnico aplica a Manobra de Eklund.
Nessa manobra, ele desloca a prótese para fora do campo de imagem. Assim, o equipamento comprime e gera imagens apenas do tecido mamário.
Quem coloca prótese de silicone pode fazer mamografia e exames complementares?
Sim, pode ser necessário fazer exames complementares, como o ultrassom e ressonância magnética. Aliás, isso não acontece apenas com mulheres que colocaram silicone.
Embora a idade para começar a fazer mamografia varie entre os 35 e 40 anos, algumas mulheres ainda têm as mamas muito densas nessa idade.
Assim, elas precisam de outros exames que complementem as imagens da mamografia ou até mesmo tirem as dúvidas sobre um resultado duvidoso.
A mamografia pode romper a prótese de silicone?
Quem já fez mamografia sabe que a pressão sobre as mamas é muito grande. Por isso, o exame pode ser bastante incômodo e até mesmo doloroso.
Porém, as próteses de silicone atuais são extremamente resistentes. Elas não se rompem nem mesmo se um carro passa com a roda por cima delas.
No entanto, caso a mulher tenha uma prótese antiga, que não tinha toda essa resistência, ou um implante desgastado, a prótese pode se romper.
Então, é extremamente importante avisar o técnico em radiologia no momento do exame. Ele reduzirá a compressão para tornar o exame mais seguro.
A posição da prótese tem algum impacto no resultado do exame?
Sim. As próteses colocadas atrás do músculo facilitam o deslocamento pela Manobra de Eklund e portanto, a visualização do tecido mamário.
Porém, mesmo se a prótese for colocada à frente do músculo, é possível visualizar esses tecidos com mudanças na posição do equipamento.
Portanto, fique tranquila. Tanto as adaptações da mamografia quanto os exames complementares permitirão identificar qualquer nódulo a tempo.
A prótese de silicone facilita o autoexame?
Ainda não existem muitos estudos conclusivos sobre o assunto, mas aparentemente, sim.
Alguns autores alegam que, como a prótese projeta o tecido mamário, a mulher consegue detectar nódulos com mais facilidade através da palpação.
Um exemplo foi uma paciente que havia feito vários exames antes de colocar silicone. A ultrassonografia não mostrou nenhum nódulo.
Porém, poucos dias depois do implante, a mulher apalpou seus seios e sentiu o nódulo. Ela voltou ao médico, que solicitou outros exames e, desta vez, detectaram um tumor maligno.
Assim, a prótese de silicone salvou a vida desta mulher, pois facilitou a identificação por palpação. Se ela não tivesse sentido esse tumor, provavelmente teria levado mais um ano para descobri-lo. Poderia ser tarde demais.
A prótese de silicone dificulta o diagnóstico por ultrassonografia?
Assim como no caso da palpação, a prótese de silicone facilita a realização da ultrassonografia. O médico consegue visualizar melhor os tecidos e identificar tumores mais rapidamente.
Existem estudos que mostram que o silicone facilita a visualização de nódulos ou tumores na parte da frente e lateral da mama. É justamente nessas áreas que eles aparecem.
Os tumores atrás da glândula mamária, que fica próxima ao músculo peitoral, são raríssimos. Então, não existem dificuldades para diagnosticar a maioria das anormalidades.
A mulher com prótese tem mais chances de desenvolver o câncer de mama?
Não. Todos os estudos realizados mostram que as chances são as mesmas de qualquer outra mulher. Portanto, não existe motivo para preocupação.
Entre 5 e 10% dos cânceres de mama são causados por fatores genéticos. Todos os outros têm como origem os hábitos.
Como prevenir o câncer de mama?
A melhor forma de prevenir o surgimento do câncer de mama é manter uma vida saudável.
Portanto, alimentação equilibrada, praticar exercícios e manter-se longe de fatores que contribuem para o surgimento de tumores, como o consumo de álcool e cigarro, são as melhores atitudes para evitar esse diagnóstico.
Vale a pena destacar que os exames de rotina não previnem o câncer. Então, qual é a importância deles?
Quando a mulher faz esses exames com frequência, ela detecta o câncer em seus estágios iniciais. Portanto, as chances de sucesso no tratamento são maiores.
Lembre-se ainda de que, embora os médicos orientem as pacientes a fazerem a mamografia a cada ano, em alguns casos esse período precisa ser menor.
Isso acontece quando há diversos casos de câncer de mama na família, indicando a possibilidade de uma tendência genética ao desenvolvimento da doença.
Então, sempre converse com seu médico sobre o seu histórico clínico pessoal e familiar. A partir daí, siga as orientações dele quanto à periodicidade dos exames e consultas.
Agora você já sabe que quem tem prótese de silicone pode fazer a mamografia. Gostou do post? Compartilhe com suas amigas para que elas também fiquem cientes da necessidade de prevenção!
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